A FUNÇÃO SOCIAL E EDUCATIVA DA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL



Christiane Maria Costa Carneiro Penha

Gerência de Educação da 6ª CRE/SME – Cidade do Rio de Janeiro

Centro Universitário ABEU

Antonio Ricardo Penha

Ch Penha Projetos Educacionais

INTRODUÇÃO

A sobrecarga, que assola a escola fez aparecer uma educação parcial, que propõe “educação para todos”, sem que isso defina a qualidade dos conteúdos dessa máxima, que formará o cidadão capaz de praticar e transmitir o conhecimento obtido para si e para outros membros da sociedade. Nesse contexto, o ser humano que também é responsável nas questões do Direito e da Justiça Social (pois sem esta consciência ele mesmo se exclui) está convocado a pensar, participando dos debates que efetivamente fará parte da sua vida em sociedade.

É através da sua participação atenta e qualitativa que ele enquanto sujeito conquistará seus direitos legais, oriundos das políticas construídas em benefícios de todos onde se insere agora a Educação Integral, promovida não só por estados e municípios, mas, pelos profissionais de educação, que em sua maioria precisarão se adequar as novas propostas dessa modalidade de ensino.

Objetivo deste artigo é: Informar e dar continuidade ao processo de pesquisa em nosso grupo de trabalho, da relação que existe entre Escola, Professor e Comunidade, dentro da perspectiva das “Práticas em educação integral”, a partir das condições sociais e profissionais, desses elementos (alunos, professores e outros), que fazem parte das escolas que são subordinadas a uma Coordenadoria Regional de Educação/Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de Janeiro.

Podemos afirmar também, que o objeto desta pesquisa é o universo das relações desenvolvidas pelos alunos que são os atores sociais da comunidade escolar mencionada, o que nos parece singular, já que há uma verdadeira fusão entre a escola e a comunidade, como será visto a frente.

O trabalho situa-se numa área de pesquisa qualitativa (interdisciplinar), constituindo uma interface entre a Educação, a Psicologia e a Sociologia e pretende trazer uma contribuição a esse debate.

 Etnograficamente, as informações que buscamos são da ordem e do modo pelo qual os sujeitos envolvidos na pesquisa relatam suas experiências e suas percepções do mundo com relação: escola-violência-comunidade.

A nossa primeira reflexão sobre o fazer pedagógico da escola associada à pesquisa é positiva, e serviu de base para mudar o foco inicial do nosso estudo, que tratava somente da dificuldade de aprendizagem vivida pelo aluno que estuda em escolas situadas nas denominadas áreas de risco.

 Objetivando encontrar outras avaliações e análises para o mesmo estudo, estamos divulgando e submetendo a nossa construção para uma discussão de saberes mais ampla, com a finalidade de fortalecer as questões para estudos posteriores.

 Entendemos com o resultado do IDEB 2011, que o currículo de nossas escolas precisa ser repensado e desenvolvido de modo que não beneficie uma minoria na instituição escolar e sim, que ele promova o desenvolvimento de todos os alunos.

 CONCLUSÃO

Acreditamos ser necessário repensar cotidianamente o tema visando desenvolver um processo de capacitação dos professores e auxiliares, para que isto favoreça o acesso e permanência de todos os alunos na Educação Integral.

Esta proposta não encerra de maneira alguma o nosso trabalho, e a busca por um enquadramento didático pedagógico para nossas escolas melhorando o ensino e aprendizagem.

Obras consultadas

Bendix, Reinhard. Construção nacional e cidadania. São Paulo: Edusp, 1996.

Burgos, M. B. & Randolpho, A. (organizadores). A escola e a favela. Rio de Janeiro: Ed PUC-Rio: Ed. Pallas, 2009.

Brasil. Constituição Federal. 1988.

Carneiro, M. G. C. A Educação e o Estado Novo: a ratificação da ordem dominante e a construção do imaginário político brasileiro. Em Penha, C.M.C.C & Penha, A R.(org). Diferentes Contextos em Educação: Encontros e Adaptações. Rio de Janeiro: Quártica Editora, 2009.

Chrispino, A. & Dusi, M. L. H. M. Uma proposta de modelagem de política pública para a redução da violência escolar e promoção da Cultura da Paz. Rio de Janeiro: Ensaio: aval. Pol. publ. Educ. v.16. n.61/Fundação, out./dez. 2008.

Silvares, A. R. C. & Nogueira, E. S. A. O Trabalho e a Educação Enquanto Agentes de Emancipação Social. EM: Educação e Resgate Social. São Paulo: C&E, 2006.

Teixeira, A.C. de S. Educação Além dos Aspectos Metodológicos. Em Penha, C.M.C.C & Penha, A R.(org). Diferentes Contextos em Educação: Encontros e Adaptações. Rio de Janeiro: Quártica Editora, 2009.


Autor: Antonio Ricardo Penha


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