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PERDA OU SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE

PERDA OU SUSPENSÃO DA MEDIUNIDADE

                Uma das coisas que se pergunta de vez em quando, é se o médium pode perder a mediunidade ou se ela pode ser suspensa. Em primeiro lugar se uma coisa nos é dado, pode também ser retirada, depende muito do que vamos fazer, da forma que vamos usar este dom.

                Em primeiro lugar a mediunidade é uma conquista que fazemos através de várias reencarnações. Ninguém é médium de uma hora para outra. Em reencarnações passadas a pessoa pode ter sido mago, adivinho, freira, sacerdote, pastor, feiticeiro, católico, etc. Quase todos trazem a boa mediunidade agora, porque começaram a usá-la de maneira errônea no passado.  Resta agora a pessoa levar a sério este compromisso de ajudar a si mesmo, a Deus e ao próximo da melhor maneira possível. Entretanto o ser humano é ainda muito cabeça dura, faz um belo planejamento na espiritualidade, mas aqui faz tudo errado novamente.

                A perda ou suspensão da mediunidade está no Capítulo XVII, segunda parte, questão 220 de “O livro dos médiuns”

                Quem tem mediunidade, depende dos espíritos para executá-la. Se eles não quiserem, nada será feito, pois trata-se das comunicações com os espíritos. Portanto esta mediunidade pode ser suspensa, na maioria dos casos esta suspensão é passageira. Ocorre por alguns motivos:

                a)Quando o médium passa a ter a mediunidade para interesses pessoais, materiais, frívolas, etc. Ex: Cobrar por consulta mediúnica, chamar os espíritos a qualquer hora e em qualquer lugar para psicografar uma consulta para alguém, arrancar tesouros escondidos, etc.

                b)Quando o médium não aproveita nada do que os espíritos aconselham. Ex: Não lê, não estuda, não faz nenhum curso, não se aprimora, não faz caridade, nem preces faz ou faz esporadicamente, não se melhora, não tem moral, etc.

                Quando os espíritos falam numa mesa mediúnica do seu sofrimento, das suas dores, da situação em que está, o médium sempre acha que é para os outros que o espírito está falando, na verdade está falando para o médium e para todos. É como se o espírito tivesse dizendo: “Olha o que eu fiz de errado no passado, olha o tamanho do meu sofrimento, não faça assim também.”

                c)Quando o médium se torna vaidoso – Ele é o fulano de tal, sabe tudo sobre mediunidade, é procurado pelos espíritos puros, celestes. Ele já aprendeu tudo, não precisa estudar mais o Espiritismo, muito menos a mediunidade. Todo mundo lhe procura, só querem tomar passe com este médium. Isto pode se tornar muito perigoso.

                d)Quando o médium está adoentado, precisa de um repouso para seu corpo físico, está debilitado. A mediunidade neste caso pode ser suspensa para que o físico do médium não seja tão afetado, já que a aproximação dos espíritos provocam uma certa agitação no corpo físico do médium. As mulheres grávidas, por exemplo, deve trabalhar na mesa mediúnica no máximo até os seis meses de gestação.

                e)Quando a pessoa fez um compromisso com os mentores para ser um médium e recuperar os irmãos que ele mesmo jogou na lama. Este médium estuda muito, se aperfeiçoa, trabalha por um bom tempo e depois, simplesmente abandona a mesa mediúnica. Os mentores se afastarão dele, pois eles precisam trabalhar, não são totalmente evoluídos. Em compensação o médium fica com os irmãos que ele mesmo prejudicou, que maravilha! Vão esfolar este pobre médium, não há ninguém para atrapalhar.

                f)Quando o médium vai exercer outra função na mesa mediúnica como dirigente ou doutrinador. Nem um destes dois deve ser médium ostensivo, uma vez que ele pode sofrer mais diretamente os fluídos espirituais, podendo até se incorporar, se não houver um bom cuidado. Nestes casos a sua mediunidade ostensiva pode ser suspensa, embora alguns possam continuar seus trabalhos de recepção normalmente.

                g)Quando o médium passa a executar um outro trabalho na casa espírita. Isto pode ser a pedido dos espíritos ou por livre e espontânea vontade do médium: Exemplo – Ministrar o ESDE, o ESME, Evangelização, etc.

                O que vemos mais comumente é que muitos médiuns abandonam o serviço mediúnico simplesmente por preguiça, alguns abandonam até mesmo o espiritismo. Estes ainda não estão amadurecidos, não entenderam a responsabilidade de levar o trabalho adiante. Este trabalho, na verdade, foi pedido pelo próprio médium quando estava em situação extrema do outro lado. A negligência continua e os futuros sofrimentos virão, sem dúvida.

                Para o médium existem três caminhos:

a)Levar a mediunidade de Jesus, procurando se melhorar, recuperando seus irmãozinhos sofredores, grande parte que o médium mesmo jogou na lama, melhorar muitos e muitos encarnados e desencarnados necessitados, que precisam de apoio, de ajuda para seguir adiante. Muitos se deturparam tanto que se sentem fracos, não querem saber mais de Deus, do mestre Jesus e que precisam vir a força, até que eles se recuperem. É o caso dos obsessores, dos cobradores.

b)Deixar simplesmente a mediunidade de lado e viver uma vida puramente material, cuidando para ser rico, fazendo falcatruas, tirando noitadas, tendo a famosa “vida boa” nesta terra. As cobranças virão futuramente, já que este médium está se entregando aos seus antigos comparsas e reunindo mais alguns perdidos por aí.

b)Usar a mediunidade para o mal – neste caso a deturpação é ainda maior. Este médium trará para si grande número de espíritos inferiores que o ajudam nesta encarnação, mas assim que este médium desencarnar, se tornará escravo destes irmãos. Aí ele sofrerá todas as conseqüências e terá que fazer o que eles ordenarem.  Eles se acham donos deste médium que se tornou muito endividado para com eles.

                Esperamos que todos os médiuns assumam seus trabalhos e ajudem a todos que deles precisarem. Só assim terá um grande alívio futuramente, tanto na vida espiritual como na nova reencarnação.

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