Educação a Distância: o presente e o futuro.
Educação a Distância: o presente e o futuro.
É difícil falar sobre o presente e o futuro da Educação a Distância sem falar sobre o seu surgimento, para que se possa entender seu contexto e mensurar suas tendências, mediante ao avanço que vem acontecendo nesta modalidade de ensino.
A Educação a Distância, doravante tratada como EaD, surgiu devido à necessidade de profissionalizar milhões de pessoas, que, por sua vez, não podiam freqüentar um espaço de ensino presencial, por diversos fatores, sobretudo, no período pos-guerra, onde as cidades necessitavam ser reconstruídas com rapidez.
No ano de 1904, algumas escolas internacionais criaram cursos por correspondência, inicialmente, através do material impresso. O Instituto Monitor (1934) e o Instituto Universal Brasileiro (1941) foram os precursores da EaD no Brasil; o primeiro, com o curso de rádio-técnico; o segundo, com cursos de supletivo do ensino fundamental e médio, e cursos profissionalizantes, tais como corte e costura, cabeleleiro dentre outros.
Conforme surgiam as tecnologias, a educação a distância ganhava mais espaço e aperfeiçoamento. Da exclusividade do material impresso, passou a ser transmitido pelo rádio, posteriormente pela televisão até chegar onde estamos hoje, graças ao advento da internet.
Pensava-se que EaD era um meio mais fácil para quem queria fazer um curso profissionalizante, licenciatura ou bacharelados ou até mesmo uma pos-graduação latu sensu sem maiores comprometimentos e dedicação. Entretanto, é uma visão errônea da proposta desse tipo de ensino, pois o mesmo não se caracteriza pela facilidade do conteúdo proposto e sim pela sua acessibilidade.
A cada dia as pessoas atraem mais atribuições para si e, consequentemente, sobra menos tempo para se qualificar, fazendo com que elas optem por meios alternativos e é a isso que é atribuído o crescente aumento de cursos à distância em todo o país. São inúmeras as facilidades, dentre as quais merecem destaque: fazer o próprio tempo e estudar sem sair da comodidade de sua casa. Rompem-se as fronteiras geográficas e excluem-se as discriminações sociais, todos numa mesma atmosfera independente da classe social, receptores de uma mesma educação.
O crescimento da EaD está atrelado aos avanços tecnológicos, quanto maiores os recursos disponibilizados, maior será o número de pessoas alcançadas. Segundo Pimentel (2006; p. 55):
EaD é uma modalidade educativa que vai além da mera difusão de informações. Pressupõe objetivos definidos, uma proposta pedagógica consistente, mecanismos de recepção e avaliação, tudo isso estruturado a partir das necessidades do educando. Construir um planejamento educacional em EaD é estabelecer uma ponte entre a teoria e a prática. Nada melhor do que fazer um diagnóstico da realidade para selecionar e organizar os conteúdos de aprendizagem, escolher os meios e as atividades mais adequadas e definir como avaliar o ensino.
O educando que se adéqua à proposta pedagógica da EaD, define objetivos, metas a serem atingidas. E necessário que se tenha muita disciplina, planejamento e organização para lograr êxito nessa modalidade de aprendizagem. Pensando nisso que as corporações estão preferindo pessoas com formações feitas à distância, pressupõe-se que esses profissionais tenham as características acima descritas.
A tendência é cada vez mais forte a favor do ensino a distância, tendo em vista que as universidades estão facilitando a adesão de estudantes em seus campi/polos, através da EaD, abrindo turmas dos mais diversos cursos. Pessoas que sonham em se profissionalizar em determinada área que não seja oferecida na modalidade presencial dentro do seu alcance, escolhem fazer um curso a distância, pois os gastos serão bem menores do que se elas tivessem que se deslocar para outras cidades para fazê-lo, não precisará gastar com aluguel, alimentação e transporte, ou mesmo que precise dos dois últimos, serão custos ínfimos quando comparados aos que poderiam ser. Ademais, muitas vezes, estes cursos presenciais impedem que as pessoas trabalhem por inconveniência do horário, ele pode não coincidir o com o turno do descanso. Procurarem outro emprego é viável, mas não há garantias que o encontrarão, se pararem de trabalhar não terão como suprir as suas necessidades básicas, portanto, o mais certo é ingressarem em um curso à distância, que proporcione flexibilidade aos horários.
Nesse tipo de ensino, a pessoa torna-se autodidata, protagonista do seu aprendizado. Reconhece que será um profissional quão bom quanto maiores forem os seus esforços para aprender.
Fontes de pesquisa:
http://www.youtube.com/watch?v=KsvQttYUA_Q
https://www.youtube.com/watch?v=Frrnfi_PG0U&feature=player_embedded
https://www.youtube.com/watch?v=LRhNSfjp0ds&feature=player_embedded
https://www.youtube.com/watch?v=g0iTrQFuaCE&feature=player_embedded
Educação a distância / Nara Maria Pimentel. - Florianópolis :
SEAD/UFSC, 2006
