CONCEITOS DE ARBORIZAÇÃO URBANA:



       CONCEITOS DE ARBORIZAÇÃO URBANA:

De acordo com os autores (SANTOS; TEIXEIRA, 2001:13) afirma que:

A árvore é o vegetal mais presente na vida e no ciclo histórico do homem. No inicio, era usada como combustível para alimentar as fogueiras dentro das cavernas, passando posteriormente, a ser usado como arma de caça, implemento agrícola, componente das casas e, hoje, está inserido no cotidiano do homem em vários momentos e nas mais diversas formas. Porém, a inserção da árvore no contexto urbano é muito recente na história dos povos.

A arborização urbana diz respeito aos elementos vegetais de porte arbóreo dentro da cidade. As árvores plantadas, em calçadas, fazem parte da arborização urbana, assim como parques e praças sem caracterizar Áreas de Preservação Permanente (APP) e podem ser subdivididos em áreas verdes de uso público lazer e particular. A arborização urbana é de vital importância principalmente nos grandes centros urbanos. (site).

Com uma área verde na cidade, a temperatura é mais baixa, evitando as ilhas de calor, que se formam rapidamente em grandes metrópoles com urbanização intensa como São Paulo e Rio de Janeiro no Brasil, e Nova Iorque, Pequim entre outras.  Geralmente, as ilhas de calor são formadas pela concentração de concreto, pela escassez de áreas verdes e pelo elevado nível de poluição ocasionado, na maioria das vezes, pelos veículos que circulam pela cidade. Portanto, a arborização é de grande importância para a população de uma cidade, pois melhora a qualidade do ar, reduz a propagação do som, e diminui em cerca de 10%, o nível de material particulado. PT. wikipedia.org/wiki/Arborização


O que é arborização urbana:

  

De acordo com (SANTOS, 1997), relata que:

 Compreende-se como arborização urbana o conjunto de terras públicas e particulares com cobertura arbórea que uma cidade apresenta. Ou seja, são todo e qualquer local que tenha uma árvore plantada no perímetro urbano da cidade. Seja ela uma área pública, semi- pública ou particular, bosque, mata ciliar e outros desde que dentro da área urbana (MILANO, 1988 apud SANTOS, 1997:6)

Pode-se dizer que arborização urbana é o conjunto de árvores localizadas no perímetro urbano de uma cidade. Embora muitos achem que arborização urbana é apenas aquela plantadas  pelos órgãos públicos, o conceito inclui também florestas nativas remanescentes no perímetro urbano. E as árvores de componentes da paisagem antrópica tais como árvores de seus jardins e pomares domésticos.

              A importância da arborização urbana:

Microclima:

No caso do ambiente urbano, verifica-se que o acelerado crescimento demográfico, conjugado a outras variáveis do espaço urbano, contribuem de forma significativa nas alterações dos elementos climáticos. A cidade imprime modificações nos parâmetros de superfície e da atmosfera que por sua vez, conduzem a uma alteração no balanço de energia.

Todos os elementos paisagísticos devem ser cuidadosamente tratados a fim de trazer benefícios que interferirão no projeto integrado, visando à melhoria da qualidade do ar, o sombreamento da edificação e adjacências, o controle da ventilação e da umidade. A maior parte da carga térmica de uma edificação provém da radiação solar e da temperatura do ar exterior, sendo necessário um rigoroso controle dos elementos microclimáticos para eliminar o excesso de energia que tornaria inóspito o ambiente construído.

Todo este fenômeno pode ter um diferencial térmico bastante significativo em relação a locais mais arborizados, visto que as árvores interceptam, refletem, absorvem e trans a radiação solar. Uma adequada arborização e uma boa ventilação constituem dois elementos fundamentais para a obtenção do conforto térmico para o clima tropical úmido.

♣ Saúde:

A área verde tem função de se constituir em um espaço social e coletivo, sendo importante para a manutenção da qualidade de vida, por facilitar o acesso de todos, independentemente da classe social, promove integração entre os homens.  A (OMS) recomenda que as cidades tenham, no mínimo, 12 metros quadrados de área verde por habitante, e também como agentes antimicrobianos. Agem ainda contra a poluição atmosférica, sonora e visual.

Têm considerável potencial de remoção de partículas e gases poluentes da atmosfera, e em pesquisas experimentais foram constatados que as cortinas vegetais foram capazes de diminuir em 10% o teor de poeira do ar.

O excessivo som urbano proveniente do tráfego, equipamento, indústrias e construções in terfere na comunicação, lazer e descanso das pessoas podendo afetá-las psicológica ou fisiologicamente (http://www.webartigos.com/articles/9812/1/Arborizacao-Urbana).


    Arborização urbana no mundo:

Segundo os autores Santos e Teixeira, a inserção da árvore no contexto urbano é muito recente na história dos povos, relata que:

Até 1700, este componente vegetal era vista apenas como integrante das florestas que circundavam as cidades, mas os pesquisadores da época já iniciavam estudos sobre a dinâmica de desenvolvimento das árvores nos jardins botânicos em toda a Europa. É a partir de 1800, através da iniciativa pioneira das cidades de Londres e Paris, com seus squares e boulevars, respectivamente, que as árvores foram, definitivamente, introduzidas na malha urbana (SANTOS; TEIXEIRA, 2001:13).

O desenvolvimento urbano na Europa iniciou-se na metade do século XV e o aparecimento da vegetação em espaços públicos ocorreu no século XVII.

Toda cidade importante na Europa, a partir do século XVII, construiu seu passeio ajardinado e arborizado.

 Não só pela beleza ou estética, mas por necessidade para amenizar os problemas causados pela excessiva impermeabilização do solo e materiais que aumentam a amplitude térmica nas cidades.

 

      Arborização urbana no Brasil:

 

Lorenzi (1998 e 2002) apresenta 704 espécies de árvores nativas brasileiras e também  informações importantes para aqueles interessados em reproduzi-las, tais como onde obtê-las, como preparar suas sementes,  tempo de germinação e produção das mudas, além da indicação de quais são as espécies adequadas para a arborização urbana. Também comenta quais delas produzem frutos que podem atrair a avifauna para a área urbana, já que essas normalmente se distanciam em procura de alimentos.

Lorenzi (2002) também explica que as plantas nativas do território brasileiro estão ligadas a história e ao desenvolvimento econômico e social do país. Para o autor a mais antiga relação é com o próprio nome da nação Brasil, de origem do nome da árvore conhecida popularmente como pau-brasil, e cientificamente como Caesalpinia e chinata Lam. Ele reforça ainda que, as árvores nativas que existiam nas ruas, avenidas, praças e jardins das cidades brasileiras eram trazidos de outros países. Trata-se de espécies conhecidas exóticas apesar de o Brasil possuir a flora arbórea mais diversificada do mundo. Ele incentiva o uso de espécies nativas para a prática da arborização, porém, vale ressaltar que nem todas as espécies estão aptas a serem instaladas nas cidades, pois muitas delas apresentam porte de copa muito elevado, e possui raízes volumosas, dão frutos de grandes portes e estão sujeitas a rompimento ou quebra de galhos com facilidade trazendo riscos á população.

O sistema capitalista visa que consumamos cada vez mais, e com isso o ser humano nas cidades vai se distanciando dos vegetais em troca da modernidade, ou seja, cortam as árvores para construir e ampliar as suas residências para obter mais conforto.

Em nosso país, a cidade do Recife foi o primeiro núcleo urbano a dispor de arborização de rua, em pleno século XVII, sendo retomada esta atividade, no século XIX, com forte influencia européia (MESQUITA, 1996) apud (SANTOS; TEIXEIRA, 2001).

Com o surgimento de grande número populacional nos centros urbanos e também das indústrias, as cidades passaram apresentar estrutura e elementos que substituíram as vegetações tais como: asfaltos, edificações, concretos, estruturas metálicas e vidros entre outros elementos que elevam a temperatura causando desconforto nas pessoas, por isso (SANTOS; TEIXEIRA, 2001:16), aborda que a presença do verde foi necessária no meio urbano, entre tanto não ocorreu um desenvolvimento esperado da mesma, pois as condições para seu desenvolvimento eram inadequadas, devido a carência de técnicos específicos.

No Brasil, nos três primeiro séculos, foi uma simples colônia portuguesa, com pequenas aglomerações. É importante lembrar que a própria cultura portuguesa não valorizava a arborização urbana. (MACEDO, 1995) apud (SCHUCH, 2006).

No Recife, no período de ocupação holandesa, houve uma tentativa de reproduzir características próprias de cidades européias, sendo que foram plantadas muitas palmeiras e laranjeiras no pátio do palácio do governador. (MACEDO, 1995) apud (SCHUCH, 2006).

Nos anos de 1930 e 1940 e no período posterior á segunda Guerra Mundial, o Brasil apresentou um aumento razoável da classe média da população:

 Foi à época em que ocorreram mudanças na paisagem, Roberto Burle Marx considerado o pai do paisagismo tropical, artista plástico, pintor e escultor inovaram a paisagem urbana, fazendo nas paisagens urbanas formas diferentes. Fazia uma ligação entre as plantas e os homens, sempre em perfeita harmonia. Foi ele quem projetou vários jardins no Brasil e no exterior, tais como o prédio das Organizações das Nações Unidas (ONU) em Nova Iork, o jardim das Nações em Viena, o Aterro do Flamengo, o Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, o Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte (FLEMING, 1996) apud (SCHUCH, 2006:15 e 16).

O clima urbano é muito diferente do ambiente natural, a amplitude térmica, o regime pluviométrico, balanço hídrico, a umidade do ar, a ocorrência de geadas, granizos e vendavais precisam ser considerados. Nas cidades, devido ao grande número de pavimentações que não permitem o escoamento das águas, resíduos sólidos, despejados tanto das residências como das indústrias poluem e comprometem o solo urbano. Quanto à qualidade do ar, esta fica comprometida pela combustão de veículos automotores e pela emissão de poluentes devido às atividades industriais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 5ª edição. São Paulo: Gaia, 1998.

LORENZI, Harri, Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, São Paulo: Editora Plantarum, 1998.

 LORENZI, Harri, Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. 3ª edição. Nova Odessa, São Paulo: Instituto Plantarum, 2002.

MENDONÇA. Francisco de Assis. Geografia e Meio Ambiente. 8ª edição. São Paulo: contexto 2005. 4. Caminhos de Geografia. O Ambientalismo geográfico engajado na transformação da realidade (segundo momento).

PINHEIRO, Jairo Augusto Nogueira. Artigo: Arborização Urbana, publicado em 02/10/2008 graduado em Meteorologia na UFPA. Disponível em http://www.webartigos.com/articles/9812/1/Arborizacao-Urbana/pagina1.html.  Acesso em 20/11/2010.

SANTOS, Paulo José Ferreira. A PRECPÇÃO DOS MORADORES SOBRE A ARBORIZAÇÃO DE RONDONÓPOLIS-MT UFMT 1997. Monografia (Especialização em Educação Ambiental) – DEGEO/ICHS/ Universidade Federal de Mato Grosso, 1997.

SANTOS, Nara Rejane Zamberlan dos, TEIXEIRA, Italo Filippi. Arborização de Vias Públicas: Ambiente X Vegetação. Santa Cruz do Sul: Clube da Árvore 2001

SCHUCH, Mara Ione Sarturi. ARBORIZAÇÃO URBANA: UMA CONTRIBUIÇÃO Á QUALIDADE DE VIDA COM USO DE GEOTECNOLOGIA. Dissertação (Mestrado em Geomática) - Universidade Federal de Santa Maria-RS, 2006. Disponível em http://cascavel.cpd.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1088 acesso em 26/10/2010.


Autor: Silvia Vieira De Araújo


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