TODO PROFESSOR É UM ETERNO APRENDIZ



TODO PROFESSOR É UM ETERNO APRENDIZ

Quando assumi o trabalho de Articuladora Pedagógica fiquei muito ansiosa e preocupada, pensando em como elaborar aulas para 40 alunos de 14 turmas diferentes levando em conta os estilos de aprendizagem de cada um e como criar atividades com tanta diferenciação pedagógica. Meu maior receio era não saber lidar com tantos problemas de aprendizagem, e com isso terminar por deixar os alunos frustrados e desmotivados gerando uma carga emocional negativa em todo o grupo.

Como psicopedagoga percebi que o meu primeiro trabalho com esses alunos seria conquistar a sua confiança e trabalhar a autoestima e autoimagem que eles têm de si próprios. Eles só precisam de mais atenção, mais carinho e podem muitas vezes não mostrar o resultado que se espera, porém, cada um vai crescer de acordo com suas possibilidades. Para tanto, faz-se necessário fazer intervenções pontuais, ir avaliando constantemente esses alunos e fazendo registros sistemáticos de seus avanços, entraves e dificuldades.

Com o uso da diferenciação pedagógica, respeitando os diferentes estilos de aprendizagem do grupo, as aulas transcorrem de modo mais vibrante, em constante movimento de trabalho e alegria. Afinal, desta forma,  todos se vêm como capazes e inteligentes.

Tenho aprendido muito, pois esse trabalho depende muito da empatia que se tem com esses alunos. Não adianta ter um material maravilhoso e não acreditar que realmente se pode fazer com que estes alunos avancem. Passar isso pra eles é primordial! É preciso ensinar o caminho e deixá-los caminhar por ele ou até mesmo deixar que vá descobrindo atalhos. É preciso afirmar todos os dias que eles aprenderão e vibrar com cada progresso.

Após 28 anos nesta profissão, e só agora trabalhando com alunos com dificuldades de aprendizagem e com tantas diferenças pedagógicas, finalmente compreendi que ser professor é viver o desafio cotidiano de ser aprendiz, porque só ensina quem aprende. Essa é a base do fenômeno da produção de saberes, uma vez que o ensino é um caminho de duas mãos. Em uma delas, estão as atividades didáticas; na outra, estão os esquemas do pensamento dos estudantes e isso todo o professor devia saber para melhor trabalhar com seu aluno.

Professora NEUSA DA SILVA NARDELI


Autor: Neusa Da Silva Nardeli


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