Consumismo: ignorância é fundamental



Certo dia a Educação teve um lapso de autoconsciência e disse a Economia: “... prezada necessidade do Ser, do que adianta os indivíduos terem dinheiro se não tem Cultura para te acompanhar?” É a este problema que nosso escopo se debruçará.  Caso algumas palavras estejam excessivamente repetidas, peço-lhes ‘encarecidamente’ aos intelectuais (?), clemência! Em tempos hodiernos, ‘ignorância é fundamental’.

O Brasil no decorrer dos anos tem se transformado em uma das principais economias do mundo. Muitos esforços admissíveis foram constituídos. Os empenhos principiaram com o início da ‘democracia’. Os presidentes, FHC e Lula, muito colaboraram para tal empreendimento. A presidenta Dilma, segue a mesma cartilha com cores alternadas.

O crescimento exacerbado focado apenas para economia capitalista necessita dentre outros mecanismos, da atitude consumista da população. A esta se incumbe o papel de fazer a economia girar; não por acaso as moedas vivem a sumir de nossas mãos e o cidadão fica atado às contas privadas e públicas que são facilitadas ilusoriamente pelos governos e empresários de diversos níveis. Tudo muito simples. Há investimentos, exportações, importações e busca de equilíbrio financeiro.

Nessa breve estratégia política assentada, onde entra a Educação? Pergunto-te: precisa? É sabido que quando os alicerces educacionais são de baixo escalão, inclusive; Ético e Moral, os resultados costumam ser catastróficos. O que um macaco faz com cem reais? Esta pergunta já traz em seu seio a resposta aos gastos vaidosos.

Quando os governantes excitam demasiadamente a economia sem estimular em primeiro lugar a Cultura, o país tem muito a perder. O primata citado logo acima gosta de banana porque sabe o que fazer com ela. É instintivo nele. Equilibrar o consumo material não é algo inato no ser humano devido a suas paixões desordenadas. É preciso se educar, o que não ocorre sem prévio conhecimento de causa e efeito. Gasto no quê, para quê, por que, serve pra quê, necessito de; que utilidade real trará? O que são essências e o que são futilidades? Humanos comuns; pensam e, logo desistem. Vivem de fantasias infantis.

Vamos há alguns exemplos que inequivocamente nada tem haver com os seres racionais do planeta Terra (?). Nas casas santas, dizem, oremos! Direi: PENSEMOS! A lógica do raciocínio pede Cultura antes de ‘dar dinheiro’ ao povo. Defendo esta ideia. Quando isto não ocorre, vejamos: boa parte tem automóvel, porém falta consciência. Perdemos qualidade de vida por inúmeros fatores (óbvio que há seus convenientes). Tenho carro do ano, mas pago aluguel. Tenho 1 celular de mil reais, não compro livros. Cuido do corpo, não da mente. Uso roupas, perfumes e bugigangas. Fujo de reflexões sobre. Há também os ‘diferenciados’; têm 2 carros, celulares, duas motos, 3 casas, uma chácara? 1 sítio, 2 ranchos, vestes, cosméticos, ninharias. Outros, milhões; bilhões de bens materiais, mas não tem Cultura Intelectual e nem o básico ético que se junta a uma espiritualidade típica de seres inferiores. ‘Sou, mas não sei SER! Eis a questão!’

Quando vão ao exterior, respeitam a cultura francesa, inglesa, etc., e desrespeitam o Brasil. Jogam lixos em locais apropriados por lá; aqui, arremessa na rua ou em qualquer lugar. Acolá, sabe respeitar as leis, cá é promíscuo. Viaja para tirar fotos sem desenvolver conhecimento. Consome coisas que sempre ficarão na estante da sala e nunca em seus raciocínios. VIVA a economia! Os empréstimos! Créditos indesejáveis! A casa própria que nunca tomo posse, que será minha daqui a 40 anos! Aos eletrônicos que levo ao banheiro quando vou defecar! As calcinhas comestíveis! Os meios de transporte particular que não tenho aonde estacionar! Oh! Curvem-se aos refrigerantes, doces, carnes gordurosas, sal, cigarro, drogas! Aos dispêndios medianos e aparentes. VIVA! VIVA!

Quando se finda um texto todo cuidado é pouco, dizem os especialistas. Em suma, deve estar claro que estive a argumentar sobre as ações humanas que dizem respeito à síndrome de Gabriela, aquela muito conhecida: ‘... eu nasci assim eu cresci assim vou ser sempre assim’. Ou seja, não mudo, assumo minha estupidez e faço questão de ser o que sempre fui; um sujeito que não valoriza a faculdade criativa de pensar por si mesmo com qualidades nobres. Sendo assim a culpa do que tu és, é toda sua. Porque, ‘... ser chique é ter Educação’. Disse a consultora Glória Kalil. Nisto ela tem razão! Fica mais difícil quando nos falta o que não temos. Se até algumas mulheres que lindam com moda, tem bom senso, por que certos políticos teimam em não usá-lo? Quando me recordo das teorias filosóficas de Hobbes e Maquiavel, confesso ter sérias razões para desconfiar das ondas do mar. É que o impulso ainda pulsa. Execrada natureza humana. As serpentes passam longe de nós.

“Om Co Tô? Quem Co Sô? Prom Co Vô?” (‘palhaço Surubim’ - Artista Cênico).


Autor: Bessani, Dinaldo


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