SÓ COM O TEMPO



O tempo me ensinou, eu era ainda tão moço...

Coisas que eu jamais imaginava

Um dia viesse a aprender.

E tampouco pudesse viver.

 

Do amor, imaginava, eu muito receberia

E pouco teria que dar. Com a morte

Eu não contava. Sendo ainda tão jovem,

A ela eu não interessava.

 

A  sorte faz o destino. Assim eu pensava.

Nela sim, eu acreditava. Se era destino,

Pra que me preocupar?

E a vida continuava.

 

Amigos? Com eles sim, eu contava.

Eram sinceros, disso eu tinha certeza.

Por isso quebrei a cara. Não a deles;

Quebrei a minha.

 

Passada a mocidade, chegada a velhice,

Pra mim - oh! que feliz idade!

Aprendi que o amor não será tudo,

Se tudo você não der.

 

A morte prefere a todos e chega sem avisar.

A sorte é de quem a tem. Mas quem?

Entre todos os amigos, poucos são os amigos.

 

Amor eu só tive um. Filhos, meu amor me deu muitos.

Amigos, fiz alguns. E aos filhos dos meus filhos,

Ensino que o tempo, é sempre o melhor professor.

 

Autora: Junia Pires

 2012 

 

 

 

 



Autor: Junia Pires Falcao


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