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BRINCANDO É QUE SE APRENDE

ARTIGO

BRINCANDO É QUE SE APRENDE

 Por: Eleir Maria da Silva

        Lucélia de Oliveira Lucas

 Vivemos atualmente em uma sociedade em que as crianças em sua maioria, já não vivenciam mais as brincadeiras de outras épocas. Isto devido principalmente aos avanços tecnologicos, altos indices de violência infantil e o avanço da ignorância por parte de algun pais e educadores. É triste saber que muitas escolas não possuem em seu currículo a disciplina de educação física, ou mesmo a "recreação", simplesmente por acharem que esse tipo de ensinamento e descartável.

            O brincar na educação infantil tem a mesma importância que estudar, pois a brincadeira contribui de forma significante na formação do caráter do individuo.

             É preciso que as escolas tenham esse entendimento e invistam mais nas brincadeiras e dinâmicas para suas crianças, já que estas em sua totalidade as preparam para o futuro.

            Isto já esta cientificamente comprovado, que brincar desenvolve: a coordenação motora, a integração com o grupo, a locomoção, o raciocínio, a motivação, a criatividade, a comunicação entre outros.

            Brincar é um momento sagrado. É através das brincadeiras que as crianças ampliam seus conhecimentos sobre si, sobre o mundo e sobre tudo que esta á sua volta. 

            É necessário entender o quanto é importante a criança cair, se ralar, tropeçar, rir á toa, correr...enfim, ser feliz, pois tudo isso prepara as crianças para o futuro, onde as mesmas terão que enfrentar os desafios da vida adulta, e assumir compromissos semelhantes aos das brincadeiras.

            Na brincadeira, é possível crescer, aprender e criar. É brincando que a criança forma sua personalidade.

            Nesse contexto a brincadeira não deve ser vista como uma função de preparar as crianças para o mundo, mas numa atividade real que acontece no “agora”. Quem vive, vive intensamente o momento, esta crescendo, aprendendo, criando e se transformando a cada experiência e a cada descoberta: o brincar transforma (FRIEDMANN, 1992).

            A tradição das brincadeiras vem ultrapassando gerações e gerações, espalhando-se por diferentes culturas e países. No entanto ainda é necessário uma verdadeira cruzada em favor de um resgate dos jogos e brincadeiras populares, pois os mesmos estão em extinção. E esse resgate pode ser feito de duas maneiras: nas aulas de educação física, e em gincanas recreativas, que deveriam ser muito mais freqüente nas escolas de hoje.

            Não são apenas as crianças que se beneficiam das brincadeiras. Os adultos e adolescentes também podem extrair grandes lições, afinal, todos nós temos uma criança dentro da gente e está mais do que comprovado que rir faz bem a saúde e estende a longevidade humana. Então, vamos brincar!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENJAMIN, Walter. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Editora 34, 2002.

BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos Contos de Fadas. 16ª Edição. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

Educação infantil no Brasil: Situação atual / MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Departamento de Políticas Educacionais. Coordenação Geral de Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF/DPE/EDI, 1994. 44p.

FRIEDMANN, Adriana. A arte de brincar. Petrópolis: Vozes, 2004.

MACGREGOR, Cynthia. 150 jogos não competitivos para crianças. São Paulo: Madras, 2004.MOYLES, Janet R. Só Brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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