Desenvolvimento do Conceito de Ciência em Carl Hempel.



Desenvolvimento do Conceito de Ciência em Carl Hempel.

Epistemologia.

Estudioso professor da Universidade de Princeton Estados Unidos da América, ele desenvolveu com fundamento na Filosofia duas classificações específicas em Ciências, com a finalidade de orientar os estudos epistemológicos.

O primeiro grupo denomina-se de Ciências Empíricas e aplica se em especial as Ciências da Natureza, fundamenta-se essencialmente no estudo da natureza, o que pode ser exatamente comprobatório, quando se chega a uma compreensão dos fatos, pela analise em questão.

Usa se como procedimento científico o seguinte caminho epistemológico, nas Ciências Empíricas o que se procura descobrir, em primeiro lugar por meio da hipótese levantada, descrever pela observação e predizer as ocorrências dos fenômenos em referência os aspectos em estudos.

As determinações dessas Ciências têm que ser exatamente comprovadas com os fatos, tais quais apresentam a ser, só aceitáveis quando forem logicamente evidentes, quanto ao estudo particular de cada fato em observação. A chamada aplicação do método empírico puro.

A evidência aqui o método não pode ser dedutivo, mas tão somente indutivo, a compreensão não pode ser resultada da aplicação de algum princípio intuitivo.

 Usa se a experimentação, por meio da observação sistemática, o resultado tem que necessariamente ser exato do ponto de vista da sua verificação a regularidade dos fatos.

A outra natureza de Ciência a que se formula como não empírica, ela dispensa pela sua própria essência ou lógica natural, qualquer procedimento sensível ao mundo da experiência.

 Desenvolve se nO plano naturalmente abstrato, aplica se nesse campo, não a lógica indutiva, como a referência semelhante já citada, mas procedimentos da dedução silogística e verificação dos princípios da identidade, herdados da formulação helênica grega.  

É uma ciência construída no plano da abstração, convencionada a seus princípios de identidade e ressalvada na lógica da não contradição, aquilo que é evidentemente certo.

O princípio objetivamente correto, inquestionável do ponto de vista da referência do seu fundamento epistemológico, ao que deve ser analisado a cada momento no seu devido tempo histórico.

 Trata se nesse caso do desenvolvimento da lógica Matemática e da mesma, como uso aplicado a outras ciências, exemplo a Engenharia, aos modelos cofatoriais da Química e suas fórmulas, a Biologia etc.

Mas Hempel cria uma terceira divisão não pacífica ao próprio mundo empírico, com as seguintes características, em outros dois campos específicos: Ciências Naturais e Ciências Sociais ou Ciências Humanas.

A crítica elaborada por outros teóricos a esse princípio  deu se  em razão, de Hempel não ser naturalmente objetivo, não rígido, não tendo em essencial uma linha objetivamente clara ao campo da diferenciação, algo mais construído sobre suspeita de hipótese.

Em uma definição até certo ponto simplificada podemos dizer a definição de Ciências Naturais, aquelas que estudam tão somente o conjunto de coisas que referem especificamente ao mundo da natureza orgânica e inorgânica das coisas, o que compõe a própria natureza, define Hempel e especifica objetivamente: a Física, a Biologia e a Química.

Mas a grande questão, a definição das Ciências Sociais, porque elas não estudam os elementos da natureza, mas a relação do homem com ele mesmo e dos outros homens com outros homens e ainda dos homens com a natureza.

A grande pergunta quais são essas relações que tipo de objetividade é possível, o estudo se desenvolve no plano da subjetividade no mundo das ideologias.

 É muito difícil qualquer classificação epistemológica, porque o estudo origina no plano da produção da cultura humana desenvolvida pelo fenômeno da linguagem.   

O homem age no mundo, produz cultura na sua ação no mundo, sendo que esse fenômeno não é por natureza objetivo, quando a natureza da cultura não tem significado de correspondência à verdade.

 Então aquilo que se denomina de cultura classifica se de produção da anti cultura, o que podemos dizer que o homem produz a contra cultura e tenta explicar o mundo por meio dela. Ideologia pura das significações das coisas nas relações humanas no mundo.

 Ou seja, um mecanismo de mera ilusão como classificar essa relação de Ciência quando na verdade é uma anti Ciência o que é comum no mundo epistemológico.

Mesmo assim a partir dessas ponderações ele classifica Ciências Sociais: a Sociologia, a economia, a Antropologia a História etc, desenvolvendo suas formas de análises com se fossem possíveis medi-las empiricamente, um erro fatal de acepção.

O que poderia ser classificada com Ciências das ideologias chega se, por exemplo, vários entendimentos da Revolução francesa, mas não se pode chegar várias conclusões de um exame de DNA, do mesmo modo da Matemática, dois multiplicado por três é igual a seis, esse entendimento é entendido como  certo em qualquer parte do mundo.

Diante dessa classificação fica sem sentido a etimologia do termo, devido a natureza especifica de cada Ciência,  a igualdade do entendimento e procedimentos científicos.

 O que dificulta se a natureza do procedimento desenvolvido por Hempel percebe se que ele teve boa vontade solucionar essa questão, mas no mundo prático não ajudou praticamente nada em referencia o que é da natureza de cada Ciência.

 Pelo contrário prejudicou muito as Ciências numa classificação equivocada de equivalência de duas Ciências tão díspares.   O que se trata especificamente do mundo científico classificado como método empírico, campos distintos não coadunáveis as mesmas lógicas.   

Edjar Dias de Vasconcelos.

  


Autor: Edjar Dias De Vasconcelos


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