Marcha Verde e o Saara Marroquino
Em 6 de novembro de cada ano, o povo marroquino comemora o aniversário da Marcha Verde que coincide com trigésimo sete aniversário. Esta Marcha é vista como um evento indelével e incomparável, que chama atenção dos árabes e dos ocidentais.
Todos aqueles que votaram desta marcha verde aguardaram uma certeza, a questão do Saara foi resolvida.
Em 6 de novembro de 1975, havia cerca de 350 mil marroquinos, homens e mulheres, de todas as classes sociais e tendencias políticas, mobilizados no âmbito da iniciativa do falecido rei Hassan II, para recuperar o Saara, até então ocupado pela Espanha, numa Marcha pacífica levando fotos do rei e alcorão, livro sagrado dos muçulmanos.
Alguns participantes deste evento histórico haviam aguardado algo tão forte na memória . Como a melhor viagem de suas vidas, recordou, Kamal Chaouki, presidente dos voluntários desta Marcha, quando entrevistado pelo jornal Le Soir. Ele tinha 23 anos na época. Trata de uma viagem inesquicível no qual Omar Fariat participou, contando com grande emoção.
Para mim, a marcha verde representa um dos maiores eventos da história de Marrocos, um passo importante na luta para consolidar sua integridade territorial e unidade nacional, mas também é uma forma exemplar da vontade popular, conjugada com a política visionária de Sua Majestade o rei Hassan II, constituindo o melhor caminho para chegar as províncias do Sul, sem confronto nem guerra.
Confirmando o que foi dito pelo ex-primeiro ministro, presidente fundador do encontro nacional de independente [INR], Ahmed Osman, na margem de uma entrevista com o jornal Le Soir.
Ele foi nomeado na época pelo rei Hassan II para comandar e estar na frente da marcha.
O problema do saara é resolvido desde 1975.
Comemorando-a a cada ano, o povo sarauí a considera como uma oportunidade para o povo marroquino recordar estes momentos históricos.
Mas também para alguns outros justificar a marroquinidade do saara e os laços existentes entre o povo unista desta região e as dinastias.
Em relação aos marroquinos residentes no exterior frança, Belgica e até na américa latina, como no Brasil. Muitos apoiam as resolução da Onu. Elas visam dar um ponto final ao diferendo, com base nas negociações entre as partes.
Um plano de autonomia para esta região é, apresentado pelo conselho real consultativo para os assuntos saranianos, durante a visita ao Brasil em 2006, tratando com a diplomacia brasileira os desdobramentos desta questão e meios para encontrar umq saída a um diferendo que durou mais de 37 anos.
No entanto, parecem inútil as reveindicações e manifestações que surgem do ponto de vista dos participantes nesta histórica marcha verde de 1975, porque o tribunal Internacional havia posicionado favoravelmente a Marcha verde.
Assim as portas do Saara ficaram juridicamente e legalmente abertas, todos reconhecem o Saara, ele pertence a Marrocos desde a aurora dos tempos. O que falta agora é ocupar o território.
Segundo Ahmed Osman, um dos autores e achetectos da estratégia, não precisa mais falar. Porque não há mais problemas do Saara! Isso foi acertado e definitivamente em 14 de novembro 1975, com assinatura formal do Acordo de Madrid, fazendo parte do acordo parte da Carta da ONU, que se preocupa dos casos contenciosos e litígios de descolonização, resultando em negociações diretas. O que foi até então respeitado e mantido.
O sr Osman tem sido surpreso, ao dizer que ele ficou ainda mais atordoado, de assistir a um desvio da questão, tomando direções outras, notadamente á missão confiada ao enviado da ONU, Christopher Ross.
Perante a comunidade internacional, é um "erro" falar do Saara, como se fosse um caso de exceção, ou de especificidade, enquanto ajustiça internacional tinha considerado como parte integrante do Reino desde 1975.
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário-
Autor: Lahcen El Moutaqi
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