Democratização da educação



                               DEMOCRATIZAR PARA TRANSFORMAR

            Segundo Fontenele (2010) a democratização da Educação Escolar, de que falam muitos professores, só haverá, à luz da verossimilhança, quando o Sistema Educacional romper, realmente, com a ideologia de fornecer aos elitizados uma instrução profusa e tendente ao alto prestígio social, restando aos pobres à condição de formações técnica e ou acadêmica, condicionadas, porém, ao pouco valor social. Eis, portanto, a reprodução social de que tanto criticam alguns teóricos imparciais. Então, pode-se concluir que, em não havendo tal modificação, jamais a Educação será condição de mudança, numa sociedade na qual se diz fazer democracia. Levada ao cabo, em verdade, o único ato democrático que há, aos moldes de outras sociedades, é o de votar – tão-somente este, porque nem sequer a escolha de algum representante consiste em ato democrático, uma vez que, para tanto, as regras políticas o fazem, conforme os partidos e etc.

     É fato, a democratização da educação é a melhor e única saída para um desenvolvimento contínuo da comunidade escolar e a sociedade. Assim acreditamos no pressuposto que escola democrática é aquela que democraticamente elege os melhores representantes para a gestão escolar e juntos com a comunidade desenvolvem o PPP Projeto Político Pedagógico da escola e elaborem constantemente projetos eventos e a inclusão, assim é esta é a visão de escola democráticas que temos. Porém a pergunta é: será que este é mesmo o modelo ideal de escola democrática? Infelizmente é o tipo de escola que se arrasta durante anos em todo território brasileiro sem construir um trabalho realmente democrático. O elo fraco desta corrente é o corpo docente que se organiza para democratizar o meio de trabalho, mas se esquece de se democratizar. Assim temos falsas escolas democráticas, pois os professores não são democráticos na sua maioria.

Verdade esta que quando é proposto o desenvolvimento de um projeto com valor para a comunidade e seja plenamente multidisciplinar, que esteja além dos trabalhos de feira de ciências ou seminário, ele é o tipo de trabalho que tem valor social, educacional e que transformar a comunidade assim obter bons resultados. Vejamos o exemplo da horta pedagógica, que poucos trabalham e poucos consomem no sentido pleno da palavra tanto o conhecimento quanto o alimento, neste momento vêm às barreiras, como eu vou trabalhar isso ou aquilo na minha disciplina e assim alguns participam como coadjuvantes na elaboração teórica ou com visitas, sendo que todos poderiam ser os principais personagens desta história.                    

 Ser uma escola democrática é ser pedagogicamente democrática é estar de mãos dadas em uma corrente com um único objetivo exercer a educação em sua plenitude. É dar a escola não só identidade como também atitude, e ter educadores que sejam parceiros por um ideal maior que as relações pedagógicas ou pessoais, que sejam unidas pelo aluno, ele sim é o objetivo do trabalho docente.

 Assim, é de fundamental importância que os educadores se democratizem para abrir portas em prol de novos saberes, respeitando e ajudando uns aos outros na jornada longa e nada fácil do educador. A educação brasileira só vai mudar quando tivermos em nossa mente esta visão, pois teremos uma sociedade pensante que lutara por educação de qualidade e valorização do educador como profissional fundamental de uma sociedade evoluída.

É apenas com esta união que poderemos lutar pelas injustiças sociais e culturais do nosso país onde não teremos alunos e professores em escolas feitas de lona sem plenas condições para trabalho onde não existiram escolas que no ato da matrícula não aceitem alunos com deficiência e os encaminham para instituições sociais, sendo que a inclusão já é lei no Brasil. E neste mesmo país, professores com nível superior recebam em alguns estados e municípios menos que um salário mínimo por jornada de trabalho. Fica claro que as pequenas ações somadas podem mudar e se a mudança, for a uma única escola, não tem problema, pois será menos uma que propagara ignorâncias intelectuais e será mais uma espelhando e servindo de exemplo para novas mudanças.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MACHADO, Sidio. Biologia para o Ensino Médio: volume único. São Paulo: Scipione, 2003.

MORAES, R. Educar pela pesquisa: exercício de aprender a aprender. In: MORAES, R. LIMA,V.M.R. (Orgs.). Pesquisa em sala de aula: tendências para a educação em novos tempos. PortoAlegre: EDIPUCRS, 2002.

Estudos e formas pedagógicas. Proposta curricular para o Ensino Médio de Biologia 2º grau. 3 ed. São Paulo, SE/CENP, 1992.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e Mudança na educação: os projetos de trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998.

KOCHE, José Carlos. Fundamento de metodologia científica: teoria da ciência prática da pesquisa. Petrópolis, Vozes, 1997.

WILLIAM Vesentini. Geografia Geral e do Brasil: Sociedade & Espaço 30º ed. São Paulo Àtica 1999   

Web site :

 

http://genetics-education-partnership.mbt.washington.edu/summary/psum.htm acesso em 09 set. 2011

http://www.infoeducativa.com.br/index.asp?page=artigo&id=274 acesso em 11 set. 2011

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Autor: Gilziane Urzedo Dos Santos


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