A INTERDISCIPLINARIDADE E O CONHECIMENTO



A INTERDISCIPLINARIDADE E O CONHECIMENTO 

Nas jornadas escolares e na historia do desenvolvimento das teorias da educação, uma das grandes batalhas foi contra a fragmentação do conhecimento e a visão cartesiana do professor como detentor do conhecimento e o aluno como passivo que recebe e agradece no melhor estilo hierárquico. Assim este modelo de educação batizado com inúmeros nomes tradicionalista, bancário e outros colocam o educador como ferramenta primordial, porem como propagador do conhecimento pronto e não construtor. Assim segundo Demo (2005), o professor define-se como orientador do processo de questionamento construtivo no aluno. Aula é apenas suporte secundário desse processo.

Portanto, fica claro que a educação propriamente dita rasga as praticas pedagógicas engessadas ao livro didático onde o professor é propagador e o aluno captador passivo dos termos e teorias em uma linha direta e pratica de trabalhar aonde tudo vem pronto e vai pronto, sem direito a interações externas. Desta maneira a escola perde sua finalidade de instituição de conhecimento para propagador e formadora da ignorância. Afirmo isso, pois é a realidade mundial, desta maneira podemos explicar o insucesso dos estudantes ao sair da educação básica e ingressar no mercado de trabalho ou universidade.

Mas não há apenas lamentações, pioneiro da velha guarda e recrutas destemidos inovam e transforma a educação arcaica e primitiva no que chamamos de educação construtivista inovado revolucionadora, aquela que no primeiro momento assusta e que poucos adotam, mas que ao contrario trás uma gratificação profissional e intelectual plena. A base inovadora deste trabalho é a pesquisa como ferramenta da construção do conhecimento utilizando como elo desta corrente a interdisciplinaridade, a palavra já defini tudo a interação entre as disciplinas curriculares desta forma a uma interação acadêmica cientifica na construção do conhecimento que será oferecido e construídoem um Calderade informações onde os ingredientes principais é coletividade, interação, inovação pesquisa, valorização produzindo uma nutritiva refeição consumida por todos desde os gestores ao aluno, lembrando que a coletividade é feita por vários reagentes, alunos, professores desafiadores, escolas inovadoras e pais compromissados.

            Demo (2005) escreve que: educar pela pesquisa tem como condição essencial primeira que o profissional da educação seja pesquisador, ou seja, maneja a pesquisa como princípio científico e educativo e tenha como atitude cotidiana. Não é o caso fazer dele um pesquisador “profissional”, sobretudo na educação básica, já não o cultiva em si, mas como instrumento principal do processo educativo. Não se busca um, profissional da pesquisa, mas um profissional da educação pela pesquisa. Decorre, pois, a necessidade de mudar a definição do professor como perito em aula, já que a aula que apenas ensina a copia é absoluta imperícia.

No contexto educacional, fica claro a urgência do novo do inovador, desta maneira o educar verdadeiro parte da pesquisa do oferecer inúmeros conhecimentos para o trabalho e construção do indivíduo, assim Jantsch e Bianchetti (1995) afirma que: o  ato de ensinar é o processo de transposição do saber posto,é essencialmente um processo de deslocamento do saber para estruturas, que , especialmente em estágios que correspondem ao inicio da vida escolar, agem ao nível de coordenações sensíveis, motoras ou representativas.

Desta maneira “ensinar” vai além da concepção de dar ao sujeito bagagens pré destinadas que vieram de uma hierarquia de cima para baixo onde manda quem pode obedece quem tem juízo. O educador não pode e nem deve ser livresco escravo do livro didático e do famoso planejamento anual onde em alguns dias de planejamento bem no início do ano letivo na famosa semana pedagógica o professor na sua plena execução trabalhista e a escola na sua rigidez arbitraria, solicita o planejamento anual. Que em um modelo geral se resume em objetivos, metodologias e conteúdos que serão ministrados e sem saber ou em plena consciência o educador se engessa nele. É uma atrocidade ao conhecimento afirmo pelo motivo que sem nunca ter trabalhado na instituição ou mesmo com a turma o professor planeja o futuro de um ano letivo e depois na sua maioria ou tenta ou é obrigado pelo sistema a trabalhar tudo que planejou, assim vão os anos, e aquela turma vai sendo jogada de nível a nível. Vejamos, não sou contra os livros didáticos, porém como já analisamos o professor tem a de ser pesquisador criar seu material, conhecer os alunos valorizar suas experiências. E assim planejar ações para contemplar o desenvolvimento do conhecimento que vem para somar, transformando o sujeito de passivo a critico construtivista. Que pesquisa, cria e interage com o conhecimento na sua realidade transferindo o aprendido na teoria para o mundo pratico, pois conhecimento nunca é demais e sempre é útil, o que aprendemos nas séries iniciais são fundamentais para prosseguirmos degraus seguintes, tanto é que a base da educação são os anos iniciais.

O conhecimento é muito amplo para ficarmos restritos ao espaço da escola, sufocando e minguando o educando em seu franco crescimento intelectual, limitando em questões burocráticas e sistemáticas, que de modo geral vem para ordená-los sistematicamente por opressão sua permanência e atenção dentro de sala de aula assim criamos “repetidores” do sistema e não intelectuais do mundo. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Estudos e formas pedagógicas. Proposta curricular para o Ensino Médio de Biologia 2º grau. 3 ed. São Paulo, SE/CENP, 1992.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e Mudança na educação: os projetos de trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998.

KOCHE, José Carlos. Fundamento de metodologia científica: teoria da ciência prática da pesquisa. Petrópolis, Vozes, 1997.

FREIRE Paulo. Educação como Pratica da Liberdade 23º ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1999

DEMO Pedro. Pesquisa: Principio Cientifico e Educativo 13º ed. São Paulo. Cortez, 2006. 

DEMO Pedro. Desafios Moderno da Educação. 8º ed.. Vozes.Petrópolis, Rio de Janeiro 1999. 

DEMO Pedro. Educar pela Pesquisa. Autores Associados.Campinas São Paulo, 2005. 

 JANTSCH P Ari. Bianchetti Lucídio.Interdisciplinaridade:para além da filosofia do sujeito.Vozes.Petropolis. Rio de Janeiro.1995

SEVERINO,A, Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientifico. 23 ed.rev e atual.São Paulo. Cortez 2007 


Autor: Gilziane Urzedo Dos Santos


Artigos Relacionados


A PrÁtica Da Pesquisa CientÍfica E Sua AplicaÇÃo Nos Estudos Escolares

Pesquisa E Seus BenefÍcios Ao Educando E Educador

Resumo Do Texto A RelaÇÃo Escola/sociedade Como Eixo Estruturador Do CurrÍculo

O Processo Avaliativo Do Ensino E Aprendiz EducaÇÃo Infantil

A Pesquisa Como Descoberta E Como PrincÍpio Educativo

Democratização Da Educação

Ser Professor...