A PRÁTICA DA PESQUISA CIENTÍFICA E SUA APLICAÇÃO NOS ESTUDOS ESCOLARES



A PRÁTICA DA PESQUISA CIENTIFICA E SUA APLICAÇÃO NOS ESTUDOS ESCOLARES

           O homem por natureza possui a capacidade de observar o meio em que vive e buscar formas de interagir com ele, seja buscando soluções ou interpretando seus fenômenos. Optar por trabalhar com projetos de aprendizagem é importante , pois desde já o aluno estará aprendendo e se envolvendo com os primeiros passos da iniciação científica. Também, porque entende-se que aprendendo a organizar um projeto, o estudante estará tendo que aprender a se organizar, constituindo isso um importante processo para a construção da sua autonomia, estando fazendo necessariamente uso da pesquisa em sala de aula e isto significa mover-se na insegurança; pois com a pesquisa estaremos nos arriscando a ensinar o que talvez não saibamos. A respeito disso Moraes (2002) enfatiza que: A pesquisa em sala de aula constitui-se numa viagem sem mapa; é um navegar por mares nunca antes navegados; neste contexto o professor precisa saber assumir novos papéis; de algum modo é apenas um dos participantes da viagem que não tem inteiramente definidos nem o percurso nem o ponto de chegada; o caminho e o mapa precisam ser construídos durante a caminhada.

           Segundo Severino (2007) a atividade de ensinar e aprender esta intimamente vinculada ao processo de construção do conhecimento, pois ele é a implementação de uma equação de acordo com a qual educar significa conhecer; e conhecer, por sua vez, significa construir o objeto; mas construir o objeto significa pesquisar.

    Os alunos de uma escola possuem todas as capacidades para interpretar fenômenos e problemas O que importa é como são estimulados, na construção do conhecimento.

        Vale ressaltar que quando o aluno é estimulado adequadamente sendo valorizado e respeitado, seu desenvolvimento é pleno. Segundo: Koche (1997) o homem e um ser jogado no mundo condenado a viver sua existência. Por ser existencial tem que interpretar a si e ao mundo em que vivem atribuindo-lhes significações. Cria intelectualmente representações significativas da realidade. A essas representações chamamos conhecimento.

Quando o significado da palavra pesquisas tem por definição o termo: ato ou efeito do mesmo, investigar e estudos minuciosos e sistemáticos com fim de descobrir fatos relativos a um campo do conhecimento.

Assim possa concluir que a pesquisa seja à busca do conhecimento e um aluno tem vários meios de chegar a ele, pois pesquisa em investigação e assim o educando pode investigar desde dia-dia até livro, computador e até mesmo professores e outros membros da sociedade. Mas fica uma curiosidade a escola pratica isso?A resposta é sim, pois quando o professor da um trabalho de consulta em livros ou um relatório de um texto ou filme o aluno esta praticando a pesquisa, porém nem sempre correto é aí em que o educador promove a formulação do conceito de pesquisa para o jovem. Geralmente quando as crianças ou jovens e adultos chegam à escola ele possuem um conhecimento denominado de senso comum. No decorrer dos anos escolares, do material didático e envolvidos em sua jornada ele adquiriu um novo conhecimento denominado conhecimento cientifico este por sua vez é mais refinado ou articulado possuindo inúmeras possibilidades dando ao individuo mais autonomia em suas decisões. Hernandez (1998) afirma que, aquilo que se aprende deve ter relação com a vida dos alunos e professores, ou seja, deve ser interessante para eles. O que não quer dizer, como a tradição da escola ativa preconizou, “partir somente dos interesses dos alunos” e muito menos do que “gostariam de estudar ou saber”. O aluno deve perceber a relevância do estudo, associado à valorização do seu eu e das necessidades especiais. O trabalho com projetos de aprendizagem e pesquisa proporciona exatamente isso, aprender coisas que tem relação com a vida dos alunos e professores, exigindo do professor uma postura diferenciada, a de orientador e mediador da aprendizagem. Entendemos que o professor deve e pode interferir na escolha dos temas trabalhados, mas de vez em quando pode deixar o aluno escolher, sempre sob sua orientação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

MORAES, R. Educar pela pesquisa: exercício de aprender a aprender. In: MORAES, R. LIMA,V.M.R. (Orgs.). Pesquisa em sala de aula: tendências para a educação em novos tempos. PortoAlegre: EDIPUCRS, 2002.

Estudos e formas pedagógicas. Proposta curricular para o Ensino Médio de Biologia 2º grau. 3 ed. São Paulo, SE/CENP, 1992.

HERNÁNDEZ, F. Transgressão e Mudança na educação: os projetos de trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998.

KOCHE, José Carlos. Fundamento de metodologia científica: teoria da ciência prática da pesquisa. Petrópolis, Vozes, 1997.

FREIRE Paulo. Educação como Pratica da Liberdade 23º ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1999

DEMO Pedro. Pesquisa: Principio Cientifico e Educativo 13º ed. São Paulo. Cortez, 2006. 

DEMO Pedro. Desafios Moderno da Educação. 8º ed.. Vozes.Petrópolis, Rio de Janeiro 1999. 

DEMO Pedro. Educar pela Pesquisa. Autores Associados.Campinas São Paulo, 2005. 

 JANTSCH P Ari. Bianchetti Lucídio.Interdisciplinaridade:para além da filosofia do sujeito.Vozes.Petropolis. Rio de Janeiro.1995

SEVERINO,A, Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientifico. 23 ed.rev e atual.São Paulo. Cortez 2007

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Autor: Gilziane Urzedo Dos Santos


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