ANÁLISE DO FILME “SIM, SENHOR” SOBRE A ABORDAGEM DE CARL ROGERS



Introdução

O filme “Sim, Senhor”, narra a história de Carl Allen, um homem que apresentava comportamentos e atitudes de sempre dizer “não” aos convites e propostas que as pessoas faziam, mesmo antes de saber do que se tratavam.  Porém ao ser convidado pelo seu amigo, á ir para uma espécie de culto, que ajudava a exercer o “sim” para todas as situações e circunstâncias da vida, Carl resolve seguir adiante esse programa e deste modo, passa a dizer “sim” para tudo que as pessoas promoviam e diante disso, passa a viver em função das situações que não condiziam realmente com suas pretensões.

Análise Crítica

A abordagem de Carl Rogers sobre o termo congruência vai ser descrito como uma precisão entre a experiência e a tomada de consciência, que em outras palavras pode ser entendida como sentimentos e experiências na qual a pessoa vivencia em determinado momento, que estão compreensíveis na consciência.  (RIBEIRO, 2008).

A partir desta breve descrição, percebe-se que os comportamentos de Carl Allen no primeiro momento podem ser descritos como congruentes com seus pensamentos, pois o mesmo vivia de modo obstinado no fato de que precisava viver seu mundo, seu egocentrismo e transmitia de forma clara isso aos outros – ainda que sem a intenção do relato.

No segundo momento no decorrer do filme, ao aceitar responder positivamente para tudo o que lhe surgisse , está agindo de modo incongruente, uma vez que sua vontade de fazer algo, quase nunca está voltada a acordância de seus atos. Apesar de que, após a realização destes, ele sempre se sentia aliviado.

De tal modo este outro termo, “incongruente” nos remete a um novo conceito que vai contra o proposto por Rogers, referindo-se a agir de modo que não somos, e fazê-lo em função dos outros e do que esperam de nós, havendo um distanciamento do eu real (experiência vivida) e do eu ideal (imagem do eu), agregando-se de uma imagem impulsora daquilo que “devia ser”.  (FONSECA)

Deste modo, fica claro que o objetivo do programa foi entendido erroneamente por Carl, na definição de que aceitar, neste aspecto, não é sinônimo de anuir com todos os atos de alguém.

No terceiro momento, após sofrer o acidente e conversar com o “Senhor Sim”, é cognoscível que, ele volta à congruência, porém de forma diferente, logo que, ao aceitar e ceder à mudança, a sua forma de pensar e, no entanto dar chances as novas possibilidades, a novas vivências, resulta numa pessoa melhor e mais sensata, capaz de estar de acordo com pensamentos mais coerentes, menos risíveis e este então passa, a saber, como comunicá-los.   Ora isto, recapitulando, ser congruente nos remete em ser livres e autônomos. (FONSECA)

Entretanto, vivemos sobre uma sociedade alienada, que visa seus interesses individuais e sua própria vida. O segundo momento proposto no filme em relação ao programa, visto como uma “lavagem cerebral” foi uma forma de demonstrar a acriticidade que vem crescendo cada vez mais, e sem dúvida de forma desproporcional, que categoricamente pode ser visto como uma síntese de tudo o que o "american way of life” tem trazido, essa agressão ao ínfimo psicológico de cada um, onde as pessoas passam a dizer "sim" para tudo ininterruptamente em conseguimento desse fato, todos são levados a pensar massificadamente como os dominantes querem.

Referências

 

FONSECA, M.J.M. Carl Rogers: uma concepção holística do homem. Localizado em: .

RIBEIRO,E.C.M. Crianças que se revelam agressivas: um estudo fenomenológico sobre o reconhecimento da agressividade em escolares.  Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto

de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em

Psicologia Clínica e Social, Belém, 2008.

Localizado em: .


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