Trabalho de Arte



         O presente artigo apresenta trabalho como é idealizado o conceito de criatividade, de configuração a conformar um potencial educativo aplicada à arte na formação do pensamento no ambiente escolar, ampliar uma breve análise da origem do termo capacidade criadora e os principais conceitos. O estudo é complementado com a participação de cada aluno do 5º ano “C” alunos da professora Wanda a qual fez um projeto e cada uma deu sua contribuição tanto na sua pesquisa e seu trabalho realizado em sala de aula feito por eles com diferentes definições tipos de artes também acerca da criatividade, tais como as pinturas em tela mosaicos, concepções relativas aos processos produtivos de cada aluno relacionados ao pensamento e respeitando a sua identificação divergente, inferindo que há uma bipolaridade: primeiro entre imaginação e pensamento, depois entre pensamento divergente e convergente, afirmando a relação dicotômica por que perpassam os conceitos.

 INTRODUÇÃO


          O papel da capacidade criadora é na formação escolar do educando com o processo de escolarização em massa que caracterizou a democratização do ensino ao longo do século XX. No final do século XIX e início do século XX as concepções relativas à infância estavam sendo radicalmente modificadas nesse período em função dos resultados obtidos com a afirmação da Psicologia como ciência escolar.
        A atividade criadora ou criatividade foi conceituada por Vygotsky como “toda r ealização humana criadora de algo novo, quer se trate de reflexos de algum objeto do mundo exterior, quer de determinadas construções do cérebro ou do sentimento, que vivem e se manifestam apenas no próprio ser humano” (1982:7).Vygotsky esclarece que é exatamente a atividade criadora das mulheres e dos homens que faz com que a espécie humana possa projetar-se no futuro, transformando a realidade e modificando o presente. Imaginação ou fantasia é como ele denomina esta atividade do cérebro humano
Vygotsky explica que a Psicologia atribui a estas palavras um significado diferente daquele que o senso comum costuma lhes emprestar.          Geralmente, imaginação e fantasia estão associadas ao irreal, a tudo aquilo que não se ajusta à realidade e que carece de qualquer valor prático. No entanto, para a Psicologia, a imaginação – base de toda atividade criadora – se manifesta em todos os aspectos da vi da cultural, possibilitando a criação artística, científica e técnica.

Arte é a velocidade humana conectada a amostras de resolução estética, fenômeno por artistas a partir de percepção (inteligência), emoções e idéias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um significado único e diferente.

A arte apresenta-se através de diversas formas como, a plástica, música, escultura, cinema, teatro, dança, arquitetura etc.

Para os povos primitivos, a arte, a religião e a ciência andavam juntas na figura, e originalmente a arte poderia ser entendida como o produto ou processo em que o conhecimento é usado para realizar determinadas habilidades. Para os gregos, havia a arte de se fazer esculturas, pinturas, sapatos ou navios.

Obs.; As pinturas rupestres acreditam o que fazia de pinturas eram a crença para atrais os animais.

Mas na verdade o que é arte- hoje só é arte a criação, produção expressão humana que tiver valor estético da imaginação.

A palavra imaginação foi empregada inicialmente, no século XVIII, como um termo que compreendia a totalidade dos processos mentais. Porém, em função da influência de valores clássicos, perpetuando oposições tradicionais, principalmente entre juízo e imaginação, o termo imaginação manteve a correspondência com a faculdade formadora de imagens com diversas formas Os objetos são decomposto como se estivesse abertos, e podendo ser visto um exemplo é a cubista.

História movimento cubista   1907 a 1910 sobre todos ângulos simultaneamente ex espelho quebrado.

O marco inicial do Cubismo ocorreu em Paris, em 1907, com a tela Les Demoiselles d''Avignon, pintura que Pablo Picasso levou um ano para finalizar. Fases do Cubismo: - Cubismo cézanniano (entre os anos de 1907 e 1909) - é a fase que dá início ao Cubismo. Período marcado pela forte presença das obras de Paul Cézanne. - Cubismo Analítico (entre os anos de 1910 e 1912) - fase marcada pela união dos trabalhos criados separadamente por Picasso e Braque. - Cubismo Sintético (entre os anos de 1913 e 1914) - fase marcada pelo uso de formas decorativas e cores marcantes. Cubismo no Brasil Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, não encontramos artistas com características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram  nesta época.


Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte (1997,p.41):
“A imaginação criadora permite ao ser humano conceber situações, fatos, idéias e sentimentos que se realizam como imagens internas [...]. É a capacidade de formar imagens que torna possível a evolução do homem e o desenvolvimento da criança; visualizar situações que não existem mas que podem vir a existir abre o acesso a possibilidades que estão além da experiência .

 Conforme Barbosa (1998), a idéia de “livre expressão” foi interpretada, na ação pedagógica, sugerindo a atividade livre e a criação espontânea como uma reação aos modelos rígidos do ensino de arte do final do século XIX e início do século XX. Nesse sentido, qualquer atividade mais “tradicional”, por exemplo, utilizando modelos, repercutia como atitude descontextualizada dos novos moldes educacionais influenciados pelo movimento do escolanovismo.A idéia de imaginação concebida inicialmente como uma faculdade produtora de imagens à semelhança do real é questionada a partir do século XVIII, estabelecendo-se um novo paradigma: ao da imag inação numa condição oposta a razão. Se a imaginação é uma faculdade errante, filha da espontaneidade e da inspiração está ligada mais a emoção que a razão, numa perspectiva cartesiana.

Como aponta Vygotsky (1982,p.31-32), a imaginação criadora é motivada pela capacidade de fantasiar  a realidade.

Herbert Read apresenta, em seus estudos sobre a educação através da arte, concepções sobre o pensamento criativo e a imaginação infantil. É uma constante em seus estudos, a defesa da idéia de espontaneidade e livre-expressão na atividade artística infantil, como é possível verificar na citação  a seguir.

Segundo Read (1986, p.29):

“[...] precisamos tomar muito cuidado para não atribuir valor terapêutico demasiado a essas formas de expressão livre que desejamos incentivar como parte de nossos métodos educacionais.[...] À parte qualquer outro aspecto da questão, os desenhos de uma criança, produzidos como uma atividade espontânea, são evidências diretas de sua disposição fisiológica e psicológica [...]”


Segundo Lowenfeld (1970,p.61), um dos estudiosos que contribuíram para a difusão da idéia da criatividade, no contexto da Arte-Educação:

“A arte e capacidade criadora sempre estiveram intimamente ligadas. Durante anos, o programa artístico nas reflexão das escolas públicas, tem sido a fortaleza da criatividade e, com freqüência, as experiências de arte e a atividade criadora significam a mesma coisa. Entretanto, com o interesse crescente na criatividade e o grande número de pesquisas, nessa área, tornou-se muito claro que é possível ter um programa artístico nas escolas, o qual não seja, automaticamente de natureza criadora. A criatividade está se tornando uma preocu pação vital para muitas pessoas: precisamos compreender o processo que envolve a evolução da capacidade do pensamento criador das crianças”.
A simbolização primitiva deu inicio ao surgimento da arte, que possibilitou  ao homem defini-la como auxilio mágico à exploração do mundo. Portanto, de acordo com Vázquez (1978,p.79):

De acordo com Menezes (2006), a arte na educação do sensível é realizada por intermédio da conexão entre a emoção e o intelecto, o que permite a unidade entre o ser

e a arte. Neste sentido, a arte assume uma intermediação na educação dos sentidos,

Revelando a sua função educativa e transformadora:

 Com isto, a função da arte na escola está vinculada a fornecer instrumentos artísticos que promovam o desenvolvimento da expressão humana, o que legitima a formação da personalidade e da sensibilidade.

 Conforme apresentado por Porcher (1973), o ensino de arte é uma forma de proporcionar um prazer estético no contato com um objeto, com uma forma ou uma emoção que desenvolve aptidões emocionais e artísticas que propiciam a formação do homem. A criação artística desempenha um papel significativo no desenvolvimento da formação cultural do aluno, pois oferece condições dele exercitar a sua expressão pessoal através da linguagem corporal, que enaltece os sentimentos e a sua personalidade.

Neste sentido, a criação artística está intimamente ligada às vivências pessoais e à forma como cada um reage diante das situações de conflito e prazer.

Por isto, é uma ação que envolve as impressões internas do aluno com as impressões do meio exterior e, neste envolvimento entre o ser e o mundo, a criança exercita o seu domínio sobre a realidade e ficção. Isto quer dizer que a criação artística é um espaço que permite à criança interferir na realidade através da materialização do seu pensamento.

Arte pré-hist´rica(c.25000-3000ª.c.)

Desenvolveu-se entre o Paleolítico Superior e o Neolítico, onde apareceu as meras manifestações que podem ser considerados como arte. No paleolítico o homem, dedicado à caça e vivendo em cavernas, praticou a chamada arte rupestre. No  Neolítico tornou –se sedentário e desenvolveu a agricultura, com sociedade cada vez mais complexas onde a religião ganhou importância. São exemplos os momentosmegaliticos e uns iniciam a produção artesanal na forma de vasos de cerâmica e estatuetas.

        No entanto a Idade Moderna inicia no Renascimento, período de grande esplendor cultural na Europa. A religião deu lugar a uma concepção científica do homem e do universo, no sistema do humanismo. As novas descobertas geográficas levaram a civilização européia a se expandir para todos os continentes, e através da invenção da imprensa a cultura se universalizou. Sua arte foi inspirada basicamente na arte clássica greco-romana e na observação científica da natureza. Entre seus expoentes estão Filippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante

  Porém a arte Contemporanea é a entre meados do século XIX e o início do século XX se lançaram as bases da sociedade contemporânea, marcada no terreno político pelo fim do absolutismo e a instauração dos governos democráticos. No campo econômico, marcaram esta fase a Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo, que tiveram respostas nas doutrinas de esquerda como o marxismo, e nas lutas de classes. Na arte o que tipifica o período é a multiplicação de correntes grandemente diferenciadas. Até o fim do século XIX surgiram, por exemplo, o realismo, o impressionismo, o simbolismo e o pós-impressionismo.

 Todavia a psicologia da arte é a ciência que estuda os fenômenos da criação e apreciação artística desde uma perspectiva psicológica. A arte é, como manifestação da atividade humana, suscetível a ser analisada de forma psicológica, estudando os diversos processos mentais e culturais que ocorrem durante a criação da arte, tanto em sua criação como em sua recepção por parte do público. Por outro lado, como fenômeno da conduta humana, pode servir como base de análise da consciência humana, sendo a percepção estética um fator distintivo do ser humano como espécie, que o diferencia dos animais. A psicologia da arte é uma ciência interdisciplinar.

“Por conseguinte, criar livremente não significa poder fazer tudo e qualquer coisa a qualquer momento, em quaisquer circunstâncias e de qualquer maneira. Vemos o ser livre como uma condição estruturada e altamente seletiva, como condição sempre vinculada a uma intencionalidade presente, embora talvez inconsciente, e a valores a um tempo individuais e sociais. Ao se criar, defini-se algo até então desconhecido. Interligam-se aspectos múltiplos e talvez divergentes entre si que a uma nova síntese se integram”.

Na perspectiva de Rogers, uma pessoa é criativa dentro da sua individualidade e na relação com outros indivíduos e circunstâncias de vida. Com essa proposta há a inclusão do contexto, como participante do processo criador, migrando a concepção do ambiente anteriormente citado, o universo inatista das aptidões, para um processo criador que é influenciado pelas correlações estabelecidas com o meio, em que o indivíduo, potencialmente criativo está inserido.

Segundo Novaes (1977,p.24), Rogers proporcionou uma grande contribuição para o campo da criatividade:

“[...] reforçando a tese da auto-realização, motivada pela premência do indivíduo de se realizar, de exprimir [...]. Assim, para Rogers, uma pessoa é criativa na medida em que realiza suas potencialidades como ser humano”.

CONSIDERAÇÕESFINAIS

Este artigo apresentou um material para que se analisem as capacidades criadoras e os conceitos os trabalhos dos alunos colocados em práticas sobre a capacidade. Verificou-se que os conceitos sobre a “capacidade” estabelecem diferentes concepções, configurando a sua natureza interdisciplinar. Para tanto, o conceito de capacidade e  criatividade proporciona distintos demarcações que são seus característicos, como o conceito de aptidão e de desenvoltura.

investigo também que a concepção de criatividade se deposita numa bipolaridade: inicial entre idéia e pensamento, depois entre pensamento divergente e convergente, afirmando a relação dicotômica por que perpassa o conceito, dispondo, em maneiras transitoriamente opostas, os processos de criação e os processos da inteligência, enquanto pensamento lógico formal.

  Os diferentes conceitos analisados refletem as concepções presentes, relativos ao papel da educação através da arte e do desenvolvimento da criatividade como um dos objetivos do ensino de arte.

 É possível concluir que criar e ser criativo depende do desenvolvimento e do estímulo, de maneira a possibilitar a estruturação de um conhecimento que habilite a produzir sua própria representação artística, nas mais diferentes linguagens.

     A educação através da arte constitui um importante meio para o desenvolvimento da criatividade e  capacidade do cultivo do conhecimento estético, através do conhecimento da produção artística consagrada e da  elaboração de uma expressão estética pessoal.

Palavras – chaves: Capacidade criadora, Arte, Inspiração, Reflexão

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1Wanda Maria Pessoa de Lima Gaspari. Rua Guadalajara 121, Edifício American Tower, Jardim das Américas, CEP78060-624, Cuiabá, Mato Grosso, (65)8416-1391, [email protected], Docente da Escola Estadual Souza Bandeira;

 Graduada em Pedagogia nas series iniciais Faculdades Integradas Cândido Rondon UNIRONDON (Cuiabá – MT)

 Especialista na Educação Infantil pela UFMT (Cuiabá – MT)

Especialista na Educação Supervisão e Gestão Escolar Faculdades ICEE (Cuiabá – MT)

 Graduada em Curso Superior de Tecnologia Design de Interiores pela Universidade de Cuiabá UNIC (Cuiabá – MT)

 Mestrando em Educação – Unifaterffir - Cuiabá




Referências  Bibliográficas
BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. Arte-educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspectiva: Secretaria da Cultura, Ciências e Tecnologia do Estado de São Paulo, 1998.

BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte. Vol. 6 (1ª a 4ª série). Brasília: MEC/SEF, 1997. 130 p.

BRONOWSKI, Jacob. Arte e conhecimento: ver, imaginar, criar. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

DOBRÁNSZKY, Enid Abreu. No tear de palas. Imaginação e gênio no século XVIII: uma introdução. Campinas, SP: Papirus, 1992.

KNELLER, George F. Arte e ciência da criatividade. São Paulo: IBRASA, 1973.

LOWENFELD, Viktor. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo: Mestre Jou, 1970.

NOVAES, Maria Helena. Psicologia da criatividade. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1977.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 3. ed. e 5. ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1983 e 1986.

READ, Herbert. A redenção do robô: meu encontro com a educação através da arte. São Paulo: Summus, 1986.

SAUNDERS, Robert. A educação criadora nas artes. São Paulo: AR’TE, 1984. V.3, n. 10, p.18-23.

TORRANCE, Ellis Paul. Criatividade: medidas, testes e avaliações. São Paulo: IBRASA, 1976.

VYGOTSKY, L.S. Imaginación y el arte en la infancia. Madri: Hispanicas, 1982.
Dentre os apreciação proporcionados, tem especial relevância a origem da demonstração “criatividade” anexa à reflexão criadora e a habilidade de fantasiar a realidade, enquanto f ontes do processo criador.


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