ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA ESPANHOLA ADOTADOS PARA O ANO DE 2012



O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar os livros didáticos de língua espanhola adotados para o ensino de 2012, tendo como base o material trabalhado em sala de aula na disciplina de Estágio Supervisionado de Língua Espanhola I, tendo como objetivo propor a aprendizagem da língua relacionado com outras aprendizagens, inclusive com a cultura, comunicação e modo de pensar de cada país de língua espanhola.

Foram analisados os livros Síntesis: curso de lengua española: ensino médio dividido em três volumes do autor Ivan Martin. O mesmo apresenta como conteúdos à gramática e textos de vários gêneros e em diferentes países.

Os volumes do livro Síntesis: curso de lengua española: ensino médio é um material organizado de forma adequada com textos atualizados, apresentando muitas ilustrações que chamam a atenção dos alunos e a gramática é coesa com os textos trabalhados, pois cada capítulo das coleções está organizado em torno de um tema geral, ao qual se relacionam subtemas que visam à formação linguística e cultural dos estudantes, como esta no PCN-EM (2000, p. 26):

Torna-se, pois, fundamental, conferir ao ensino escolar de Línguas Estrangeiras um caráter que, além de capacitar o aluno e compreender e a produzir enunciados corretos no novo idioma, propicie ao aprendiz a possibilidade de atingir um nível de competência linguística capaz de permitir-lhe acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para sua formação geral enquanto cidadão.

Os textos apresentados em cada capítulo são de variados gêneros (como diálogos, depoimentos, entrevistas e etc) para o aluno perceber o registro adequado às situações comunicativas, assim como é feito na disciplina de língua materna. Esse método de trabalho faz com que os alunos sejam estimulados a refletir sobre os significados permanentes ao texto e sobre como tais significados estão relacionados com o contexto de sua produção, assim dizem BARROS e COSTA (2010, p. 95):

A seleção dos temas depende dos propósitos do curso estabelecidos em função do perfil e dos interesses da(s) turma(s) e do trabalho que se quer desenvolver. Podem ser temas relacionados a diferentes áreas e campos sociais, direcionados, por exemplo, à reflexão sobre o mundo do trabalho, o meio ambiente, as relações sócio-afetivas, os valores, a cultura, a educação, a política, aos esportes etc. É importante que sejam atuais e instigantes, de modo que suscitem a discussão e estimulem o uso do idioma para transmitir idéias, opiniões e experiências. Deve-se considerar o universo e os conhecimentos que o aluno traz para, a partir de seu contexto linguístico-cultural, levá-lo a outros universos.

Essas produções textuais estão cheias de figuras ilustrativas como também histórias em quadrinhos e vinhetas, que é proposto para a aprendizagem da língua espanhola e que sirva de acesso ao conhecimento de outras culturas. Além disso, espera-se que os estudantes aprendam a distinguir algumas variantes linguísticas. Esses textos apresentam temas atuais, alguns polêmicos, mas todos ligados ao tema estabelecido em cada capítulo para estimular a reflexão e ampliar o senso crítico do discente.

BARROS e COSTA (2010, p. 97) dizem também que:

Deve-se buscar explorar o tema, por meio dos gêneros, com atividades que estimulem os alunos a refletir sobre sua atuação no mundo e sociedade e a valorizar seus conhecimentos prévios e experiências e, ao mesmo tempo, motivem a aprender mais.

Portanto, as atividades de interpretação textual têm como objetivo, propiciar a interação do aluno-leitor com o texto, o autor e o contexto. Durante esse processo, também se valorizam as experiências pessoais e o conhecimento prévio do aluno, podendo assim participar da construção dos sentidos do texto. Esses exercícios fazem com que os alunos não vejam somente o que está explicito no texto, mas também o que está implícito, ou seja, fazendo com que os discentes tentem descobrir o que o autor quis dizer mesmo não estando claramente escrito, levando a uma reflexão mais complexa do que ele espera e que ao mesmo tempo desenvolva o seu raciocínio lógico.

Quanto à gramática, BARROS e COSTA (2010, p. 98) dizem:

A abordagem da gramática deve, portanto, ser de tipo reflexivo e, sempre que possível, indutivo, pensando a forma e as estruturas como instrumentos para a comunicação, fazendo com que o aluno entenda o tema gramatical a partir do uso. Utilizando os conhecimentos linguísticos e discursivos prévios que o aluno possui da língua materna, devem-se incentivar processos de associações entre forma e função e, a partir dessas relações, estimular a construção de regras e a sistematização do conhecimento.

O livro mostra que para o ensinamento da gramática é bom ter conhecimentos da língua materna, pois para o ensino da língua espanhola contribui para o estabelecimento de relação entre elas. As unidades também priorizam a relação com os contextos socioculturais em que se insere, ou seja, parte-se do contexto de uso para que o aluno possa compreender que função determinado aspecto gramatical desempenha nas relações escritas.


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