OS PROCESSOS COGNITIVOS ENVOLVIDOS NO ATO DA LEITURA
Segundo Jeferson Ferro e Juliana Bermann (2008), os alunos deveriam ler o texto, identificar as formas verbais e assim aproveitar para aprender o vocabulário necessário para falar sobre o tema, pois o texto é um mero exemplo da linguagem que se quer ensinar.
O texto fala sobre algo ou alguém que existe no mundo, e de acordo com os autores, o “objeto” do texto, deverá por sua vez estar ligado de alguma forma ao leitor. O leitor tem sua visão de mundo e é com ela que ele irá abandonar o texto. Portanto, se não houver uma encontro entre o mundo em que está na cabeça do leitor e o mundo que está o texto dificilmente haverá comunicação e se não houver comunicação não haverá aprendizado.
Os autores afirmam que o processo de leitura depende basicamente da capacidade dos leitores reconhecerem uma multiplicidade de sinais linguísticos e usarem seus mecanismos de processamento de linguagem para ordenar esses sinais.
Essa abordagem parte da superfície do texto e pressupõe um conhecimento sofisticado da língua sem mencionar como o leitor chega ao seu significado.
Em contraposição a essa abordagem, os autores nos apresenta a shema theory, que ao invés de conceber o significado a partir da superfície linguística do texto, defende que o entendimento do mesmo se efetiva a partir de um conhecimento prévio de mundo, fazendo o caminho inverso, ou seja, trabalhando com a bagagem de conhecimento que o leitor traz consigo para o texto a fim de extrair seu significado.
Os processos cognitivos envolvidos no ato da leitura são difíceis de serem precisados cientificamente. Nessa perspectiva no século passado Vygotsky investigou a formação de conceitos na mente e as relações entre pensamento a sua concretização na forma de palavras, concluindo, concluindo que a linguagem verbal não é um pressuposto genético do pensamento, mas sim um produto da consciência humana.
