O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO



ELISEANE ALVES TEIXEIRA

O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Marcelândia – MT

  INTRODUÇÃO

 

A presente pesquisa tem como desígnio demonstrar a grande necessidade do uso do método lúdico no processo de alfabetização na turma da primeira fase do primeiro ciclo da Escola Pública Municipal Santa Terezinha em Marcelândia MT.

           Observou-se que na escola há uma grande necessidade do método lúdico para atender a demanda de alunos com dificuldade de aprendizagem.

          O Objetivo principal é apresentar os benefícios que os professores e seus alunos terão quando souber a real proposta lúdica no Processo Ensino aprendizagem, desta forma, deparou-se com dois objetivos específicos sendo :  O primeiro é identificar as principais dificuldades dos professores quanto a pratica de uma aula lúdica. Procurando de modo facilitador uma forma harmoniosa e produtiva de se administrar a aula. No segundo permitir que através de pesquisa com alunos questionar essa forma de aprendizagem.

            Sendo abordados a contextualização do lúdico no processo de ensino aprendizagem na alfabetização da Escola Santa Terezinha e a importância lúdica  no processo evolutivo da criança.

1.1 TEMA

            O Lúdico no processo de alfabetização na Escola Pública Municipal  Santa Terezinha.

1.2 OBJETIVO GERAL

Apresentar os benefícios que os professores e seus alunos terão quando souber a real proposta lúdica no Processo Ensino aprendizagem.

1.3 OBJETIVO ESPECIFICO

  • Identificar as principais dificuldades dos professores quanto a este assunto e o que os alunos acham de tais aulas. Procurar de modo facilitador uma forma harmoniosa e produtiva de se administrar aulas.
  • Permitir que através de pesquisas que os alunos exponham suas idéias de como seria a melhor forma de eles aprenderem o conteúdo ministrado.

 1.4 PROBLEMA

Qual está sendo o papel do lúdico no processo de alfabetização?

1.5 JUSTIFICATIVA

Durante a realização do estágio, observou-se que na escola Santa Terezinha localizada no Setor Industrial na cidade de Marcelândia, tem uma grande necessidade de métodos dinâmicos para atender a demanda de alunos carentes e com dificuldade na aprendizagem. Por esse motivo precisa-se implantar o método lúdico para que os alunos brinquem aprendendo.

            O uso deste método incentivará os alunos a participarem da aula proposta, de modo que o lúdico não seja só uma brincadeira na sala de aula, mas sim um método diferente e gostoso de trabalhar.

            O trabalho lúdico proporciona aos professores e alunos aulas  prazerosas.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

            Para concretizar as justificativas apresentadas e assim alcançar os objetivos desta pesquisa, este trabalho foi dividido em quatro  capítulos , das quais na primeira fornece um panorama completo da justificativa do lúdico no processo de alfabetização na escola Santa Terezinha e também deixa claro o tema, o objetivo geral, os objetivos específicos, a problematizarão a justificativa e por ultimo a estrutura do trabalho, onde torna claro o que serão desenvolvidos em todos os capítulos deste trabalho.

            No segundo capitulo expõe o referencial teórico, fornecendo a sustentação e a perspectiva do problema proposta. Introduzindo o referencial teórico, faz-se um estudo sobre o lúdico. Deixando-o claro todo o trabalho de pesquisa.

            No terceiro capitulo é apresentado a contextualização da escola pesquisada e a metodologia utilizada no estudo, tendo como base teóricos (Contemporâneo  além de uma análise de dados coletados.

             No quarto capitulo terá o resultado da presente pesquisa,  finalizando com as considerações final do trabalho de modo a legitimar os objetivos pretendidos.

2.  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1   A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO CONTEXTO DA ALFABETIZAÇÃO

            A alfabetização é uma das fase de iniciação da vida escolar da criança, onde ela ainda esta no começo da formação intelectual e pessoal como ser humano na sociedade, e por isso esse inicio não deve ser caracterizado como mais uma rotina para a sua vida, as salas devem sempre ter novidades, assim já será vista com muito entusiasmo pelos estudantes. Se o professor for dinâmico, terá mais facilidade em trabalhar com a arte e o lúdico, as brincadeiras, os jogos, o teatro, a musica, a pintura, a dança, o vídeo, e a confecção de maquetes ou outros instrumentos que sirvam para estimular o ensinar /aprender, estas atividades jamais devem ser deixados de lado pelo docente alfabetizador. O estudo de diversos conteúdos levando os educando para fora da escola terá também uma grande motivação da criança para a busca do saber.    

              A criança desde muito cedo acaba passando por muitas modificações na formação de sua personalidade. Convive com outras crianças, membros de sua família e as pessoas da sociedade onde está inserida, e quando a criança  vai para a escola ela precisa de um professor que sirva de exemplo que a oriente, que possa lhe oferecer  uma educação que sustente a necessidade e interesse da criança estimulando as sua atividades e desenvolvimento da criatividade para a construção de sua autonomia, porque a partir do momento que a criança inicia na escola, o professor e entidade que ela está inserida também vão fazer parte de sua vida e de seu cotidiano. (TRAVALLA e CASAGRANDE, 2007 p. 77) afirma que:

“ A criança é um ser social que nasce com a capacidade afetiva e emocional e cognitiva tem desejos e esta próxima  as pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e forma de comunicação”.

 

O Docente tem de estar sempre fazendo um auto análise de seus trabalhos e os resultados oferecendo a criança técnicas diferentes, para que a mesma se desenvolva por completo.

            Pensar estas formas de inovações e de criatividade de simples acesso na busca de materiais concretos sem nenhuma dificuldade, é apontar para a superação de alguns obstáculos por que passa a educação hoje, são desafios, mas esta é a tarefa dos que querem uma escola viva, atuante, participativa, onde o professor será o agente transformador resgatando a vontade de  aprender da criança. Só assim o processo de construção de uma sociedade, onde menina (o), mulher e homem tenham como base: solidariedade, a cooperação e a reciprocidade. Neste sentido;

“No processo de maturação da criança, o brinquedo, a motricidade, a afetividade e a inteligência estão intimamente ligados. As atividades motoras associadas ao ato de brincar (ludicidade), possibilitam a criança desenvolver suas funções afetivas e intelectuais, destacando se como indivíduos: estabelecem o convívio social, tomam iniciativas próprias e estimulam a criatividade. O brinquedo traduz o real para o mundo infantil. Ao manipular um brinquedo, a criança é tocada pela sua proposta, reconhece coisa, realiza descobertas, experiências, analisa, compara e cria.” (ALÉCIO, 2007 p. 23).

Assim as atividades lúdicas se tornam de fundamental significado no processo de alfabetização da criança, levando ela para a busca do novo e interessante. 

2.2 CONCEITUALIZAÇÃO DO LÚDICO

            O lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer “jogo”, mas a definição do lúdico deixou de ser sinônimo de jogos, pois as implicações da necessidade lúdica extrapolam as demarcações do brincar espontâneo de acordo   com Luckesi (2005) “Brincadeiras lúdicas são aquelas atividades que propiciam uma experiência de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro estando flexíveis e saudáveis”.

            Uma aula com características lúdicas além de jogos e brincadeiras, precisa muito mais de uma atitude do educador educar os educando, trazendo uma mudança cognitiva principalmente afetiva onde o educando interaja por completo com a aula.

            O educador deve aguçar a curiosidade da criança com os desafios do mundo, as viagens pela imaginação o moldar e dar a forma aos diferentes elementos que podem ser transformados em brinquedos.

Segundo NEGRINE (1997, p.83)

“No momento em que os pedagogos em geral se despertarem para atribuir importância as atividades lúdicas no processo do desenvolvimento humano e propor a disseminação de espaço lúdico como forma de concretar está inovadora maneira de pensar pedagógico, nos deparamos com um provável profissão emergente, ou seja, a formação do brinquedista ou do ludoticário como outros preferem denominar” ,

assim sendo o educador deve se transformar em um ludotecário trazendo para o contexto escolar atividades que propiciem um ambiente agradável e acolhedor para  seus educandos fazendo que eles aprendam brincando.

          Como diz DOHME (2003, p. 79)

“Os jogos são importantes instrumentos de desenvolvimento de crianças e jovens. Longe de servirem apenas como fonte de diversão, o que já seria importante, eles propiciam situações que podem ser exploradas de diversas maneiras educativas.”

           Desta forma as atividades lúdicas são de extrema importância para chamar a atenção do educando na transmissão de atividades consideradas por eles como sem importância, ou seja, com pouco significado ou precisão de apreender certo conteúdo.  

2.3 O LÚDICO NA PSICOPEDAGOGIA

 

            Um aspecto importante para se falar do lúdico é as teoriaspiagetianas, que diz que o conhecimento é construído na interação do sujeito com o objeto.  A criança se apodera de um conhecimento se agir sobre ela, pois aprender e descobrir inventar, modificar. Deste modo o contato com o mundo real através de atividades lúdicas é essencial e comprovadamente necessário para o desenvolvimento psíquico - motor. Como ele diz em sua “Epistemologia Genética” que propõe uma perspectiva construtivista onde o sujeito aprende através da ação, com isso o pensamento anterior sobre a alfabetização como processo lúdico é fundamental para que a criança se desenvolva em todas as suas etapas e estágio que ela ultrapassa desde os primeiros passos da vida.

            A criança quando inicia na alfabetização a sua imaginação ainda está no inicio do processo psicológico , onde ela representa uma forma especifica do ser humano de atividade consciente que não está presente na consciência da criança muito pequena e está ausente nos animais. Assim sendo surge o jogo, que é a imaginação em ação.

            “A criança necessita da imaginação do meio físico e social, onde poderá construir seu pensamento e adquirir novos conhecimentos de forma lúdica, onde há o prazer na aprendizagem.” Isso segundo (RAMOS, RIBEIRO E SANTOS,2007 p.39). Através das brincadeiras e atividades como contar e ouvir histórias, dramatizar, jogar com regras, desenhar entre outras atividades fazendo com que expressam suas criações e emoções, a criança cria situações e resolução para os problemas, com ela é capaz de lidar com dificuldades psicológicas, como o medo, dor, perda, conceitos de bem e mal, tudo isso através do meio em que vive e de situações imaginárias.

Segundo SANTIN (1994 pg.21) citado por Alécio .

“ A vida da criança está entregue a sua imaginação, a realidade presente vivida e sentida de maneira direta e imediata. Para ela tudo acontece como se estivesse sempre no reino dos brinquedos sem preocupações e resultados e , muito menos de planejamento.”

Com esse pensamento que o professor alfabetizador irá guiar suas aulas de uma maneira simples e de fácil compreensão para os educando.  sobre a atividade do professor(Lechinhoski e Pichini, 2007 p.118) dizem, “Os adultos, e neste caso principalmente os professores tendem a ver a alfabetização pelo seu ponto de vista, então acham certas coisas fáceis de aprender e outras difíceis: mas será que esse modo de ver facilidades e dificuldades é o mesmo que o da criança?”

            O educador antes de responder está pergunta deve se por no lugar do aluno de alfabetização que vê certas atividades de maneira diferente, pois ele ainda não esta com o consciente formado. De acordo com vigotsky antes de essa visão o brincar é uma atividade humana criadora na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de nossa possibilidade de interação.

       A criança precisa de brincar, por que na brincadeira ela aprende a interagir com o outro. 

          (SÁ , 2007) Observou que algumas crianças apáticas e desinteressadas que brincam pouco e são muito endurecidas tanto física quanto psiquicamente. Elas apresentam dificuldades em se expressar de forma criativa, e de se reconhecerem autoras de suas produções.  Outras crianças, incansavelmente querem brincar, mas não conseguem, por excesso de tarefas ou pela ausência de conhecimento dos pais sobre o assunto.

Algumas vezes professores não conseguem entender “ou não querem”, a timidez e o desinteresse de alguns de seus alunos. Até mesmo aquela criança que fala muito e tem dificuldade na aprendizagem, o educador prefere achar que é preguiça do educando ou que ele é assim mesmo e não vai mudar,  simplesmente desiste do seu aluno sem ao menos procurar a causa de toda desmotivação e até mesmo indisciplina. Esquecendo do oferecer atividades inovadoras e que facilitam a aprendizagem como uma aula lúdica, por exemplo. 

Segundo COSTE (1992, p. 12) na psicologia ativa de Maine de Biram “O eu não se pensa, vive-se em sua própria apreensão... É na ação que o eu adquiro consciência de si mesmo no mundo. É ainda a vontade atuante que determina a vida psicológica... Na consciência bergsoniana, a inteligência é essencialmente pratica.” Com esses pensadores da psicomotricidade  é possível afirmar perante seus estudos sobre a consciência humana que a pratica e a interação com o concreto com o pegar na mão para sentir entender  é necessário para a concepção da realidade.   

2.4   A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR.

            O ato de brincar é  fundamental na formação da  criança tanto para o seu desenvolvimento motor como psicológico, tanto os pais como os professores devem deixar um tempo livre para a criança brincar dando limites de horário e tendo a hora da diversão e a hora da obrigação, sendo essas, prazerosas onde a criança se divirta mesmo na hora da realização de obrigações rotineiras. Esse limite faz com que a criança tenha disciplina, tanto em casa quanto na sala de aula.

MELLO e RAMO,2007 pg 72. diz:

 “Através de atividades lúdicas a criança cria situações imaginária em que se comporta  como se estivesse agindo no mundo dos adultos e quando brinca seu conhecimento desse mundo se amplia, porque, nesta atividade, ela pode fazer de conta que age como adulto age imaginado realizar coisas que são necessárias para operar com objetos os quais os adultos operam e ela não”.

Esse pensamento mostra o quanto é importante a atividade lúdica, trazendo a criança a imaginação do real introduzindo-se na realidade do mundo de maneira que ele perceba o concreto com   “o concreto” em mãos. A criança brinca sem saber o que realmente está aprendendo, e essas brincadeiras acabam formando sua própria personalidade,  construindo nela atitudes de como ser que esta  inserida na sociedade mesmo que por enquanto seja só na imaginação.

            O brincar enxerido no cotidiano escolar do educando além de ser uma atividade que traz o enterrasse do mesmo para a realização das atividades, torna-se também necessário de acordo com Santana (2007), a brincadeira não é apenas uma dinâmica interna da criança, mas uma atividade dotada de um significado social que necessita de aprendizagem. Tudo girara em torno da cultura lúdica, pois a brincadeira que se torna possível quando apodera elementos da cultura para internalizá-los e criar uma situação imaginaria de reprodução da realidade. É através da brincadeira que a criança consegue adquirir conhecimento, superar limitações e desenvolver-se como individuo.” 

O aprender através de jogos e brincadeiras permitem saber o que já é conhecido, quando uma atividade difícil é recebida por meio de jogos e brincadeiras essa se torna fácil de ser compreendida. 

Segundo BORBA (2006, p. 40);

 “A liberdade do brincar se configura no inverter a ordem, virar o mundo de ponta-cabeça, fazer o que parece impossível, transmitir em diferentes tempos-passados, presente e futuro...uma excelente fonte de conhecimento sobre o brincar e sobre as crianças é observa-los brincando.”

Desta maneira as pessoas iram entender o porque de tanto movimento no período inicial da vida escolar da criança, pois nesse tempo eles não param e estão em sua melhor fase de aprendizagem.

       

2.5 O LÚDICO NA FORMAÇÃO DO DISCENTE.

O lúdico é de estrema importância para a formação da criança, pois desde cedo a sua aprendizagem adquirida, é através de brinquedos e brincadeiras introduzidas pela participação dos pais na sua formação inicial. E assim juntamente com a ajuda participativa de todos que o cercam o discente vai se desenvolvendo.

Como diz Emilia :

“as crianças não aprendem simplesmente porque vêem o outro ler e escrever e sim porque tentam compreender que classe de atividade é essa as crianças não aprendem simplesmente porque vêem letras escritas e sim porque essas marcas gráficas são diferentes de outras. As crianças não aprendem apenas por terem lápis e papel a disposição, e sim porque buscam compreender o que se pode obter com esses instrumentos. Em resumo não aprendem simplesmente porque elaboram o que recebem por que trabAlham, cognitivamente como o que o meio lhe oferece”. (FERREIRO, 2000 p. 25).

O ato de aprender a ler se dá de acordo com as necessidades do indivíduo, assim como para saborear uma fruta pela primeira vez tem que se gostar para experimentá-la novamente. É o mesmo caso dos alfabetizando se eles não tiverem interesse em saber a aula, ou se a aula não der esse interesse ao educando, ela não será prazerosa, trazendo apenas o conteúdo sem nenhuma atividade interessante ao olhar do aluno será desprezada pelo mesmo, mas se transformar esse conteúdo em brincadeira ou um jogo que esteja inserido no  cotidiano do educando ai sim se tornará valorosa e prazerosa. (ROSA e NISIO 1999, pg.77) dizem que. “Com as atividades lúdicas espera-se que a criança desenvolva a coordenação motora, a atenção o movimento ritmado, conhecimento quanto a posição do corpo, direção a seguir e outras”. Só através dessas capacidades citadas acima o alfabetizando terá um bom desenvolvimento na escola, pois é através da brincadeira lúdica como o simples “pular corda” que as crianças forma sua coordenação motora, que as vezes os discentes na aula de educação física não sabe a proposta real dessa atividade  essencial  para o desenvolvimento motor da criança.

3.   DESENVOLVIMENTO

 

3.1  METODOLOGIA DA PESQUISA DO LÚDICO.

 

Para a completa interação dos objetivos a serem alcançados, optou-se por fazer uma pesquisa, buscando como resultado, de que forma esta sendo utilizado o lúdico nas salas de alfabetização, realizando esta pesquisa na Escola Publica Municipal Santa Terezinha somente, assim o trabalho será  mais fácil de ser realizado.Desta forma optou-se por uma pesquisa qualitativa, buscando saber como esta a qualidade das aulas da alfabetização.

Através dessa pesquisa qualitativa será feito uma reflexão, até mesmo critica dependendo dos resultados obtidos, pois a pesquisa será participante, desde educando de alfabetização, com entrevistas simples de fácil entendimento pelos mesmos, com questionários para os docentes responderem sobre o que eles pensam do uso do lúdico e se eles fazem uso desta forma de ensino, e para completar um  questionário para a coordenadora pedagógica da escola, que respondera como esta a utilização de aulas lúdica nas salas de alfabetização. 

Após isso será realizada uma observação nas salas de alfabetização para concluir se o lúdico esta realmente sendo utilizado da maneira correta, com jogos e brincadeiras, trazendo aulas que propiciem aos educando a descoberta do conhecimento de maneira prazerosa e de fácil entendimento, resgatando o interesse dos mesmos para o conteúdo a ser ministrado.

3.2  CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA

Escola Publica Municipal Santa Terezinha está situada na Avenida Colonizador José Bianchini s/n 03 km do centro, área Industrial. Cep 78535.000 Marcelândia MT.

A clientela da escola é composta por discentes filhos de funcionários das indústrias madeireiras da localidade próxima, e também por discentes vindos do setor rural, ou seja, dos sítios da região, esses educando chegam a escola através do transporte escolar que é realizado pela prefeitura da cidade. 

Os discentes que freqüentam a escola em sua maior parte são de famílias carentes, muitos são beneficiados por bolsas de assistência do governo coma a bolsa família e enxeridos em projetos sociais como o PETT e o Agente Jovem.

            A equipe pedagógica é composta por direção, coordenação, secretaria de educação, o horário de atendimento é das 07h00minh às 11h00minh e das 13h00minh às 17h00minh. Tendo na modalidade de ensino Educação Infantil e Ensino Fundamental.

            A Escola tem a de missão contribuir para a formação de cidadão critico e consciente de seus direitos e deveres. A ação social desenvolvida pela escola é a doação de cestas básicas para algumas pessoas carentes. Não há bolsa de estudo pela escola, pois é uma escola Pública Municipal. Os alunos recebem a merenda escolar é servida na hora do recreio, é servida tanto para os alunos do matutino quanto do vespertino. Os alunos recebem livros didáticos e alguns materiais escolares. Dispondo de assistência odontológica aos alunos.

A Diretora tem como auxiliares uma coordenadora e um secretário. Não foi adotada uma gestão colegiada.

            A secretaria é composta de um secretário e uma assistente administrativa. O serviço de limpeza é realizado por funcionários da prefeitura. E a vigilância é composta por dois vigilantes.

                                                                           

3.3  O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

 

3.3.1  O aprendizado através do lúdico na visão dos discentes

No inicio da pesquisa de campo fez-se uma entrevista com os educando de alfabetização da Escola Publica Municipal Santa Terezinha, começando com os discentes do período matutino que composta por dezenove alunos dos quais no dia da entrevista estavam presentes treze, que apesar de estarem iniciando a sua vida escolar responderam as perguntas de maneira clara e precisa, expando tudo o que eles apreenderam até o momento.

Na primeira pergunta feita, questiona sobre qual é a aula que o educando mais gosta de fazer, se é a que a professora passa conteúdo no quadro ou as aulas com jogos e brincadeiras.

O primeiro educando respondeu que gosta de brincar no pátio da escola de, pular corda, agacha-agacha e batatinha quente. A segunda entrevista disse que gosta de pintar, escrever, pular corda, brincar de amarelinha, ovo choco e jogar bola. A terceira a responder disse que gosta das aulas de português com desenhos, para formarem palavrinhas e de todos os conteúdos que a professora passa. A quarta respondeu que gosta de brincar de bingo, montar historinhas, pular corda, pular elástico e bambo lê. A quinta disse que gosta de jogar joguinhos que a professora leva para a sala de aula, brincar no pátio da escola de pega-pega, balançar e pique-no-ar. A sexta aparentando ser bem mais desenvolvida do que seus colegas, respondeu que gosta de separar silabas, fazer vizinhos e famílias com o alfabeto e números que a professora passa, mas também gosta de brincar de pular corda, bambo lê, pular elástico e jogar bola. A sétima a responder disse que gosta do conteúdo que a professora passa no quadro sobre como esta o tempo como ela mesmo diz “o tempo hoje esta nublado ou ensolarado”, e de brincar de montar quebra cabeça e jogo da memória. O oitavo entrevistado respondeu que gosta de fazer continha de (+) adição e (-) subtração, jogar bola e brincar de bingo. O nono educando falou que gosta de fazer tarefa do quadro, fazer o cabeçário do dia, brincar de joginhos de contar números, contar maçãs, pega-pega e bolinha de gude. O décimo disse que gosta de formar palavras, brincar de pega-pega, pique-no-ar e esconde-esconde. A décima primeira gosta de brincar de jogo da memória, montar palavras, montar números, quebra cabeça e montar historinhas. O décimo segundo gosta de desenhar bichos, brinquedos, montar quebra cabeça, formar palavras (alfabeto móvel). O décimo terceiro e ultimo educando entrevistado respondeu que gosta de jogar bola, basquete, desenhar e montar o jogo de pares.

Essas são as atividades que os educando matutino mais gostam de fazer, analisando essas respostas vê-se claramente que eles só falam o que fizeram nas aulas do dia a dia, e o principal, a maneira como eles sabem transmitir esse conhecimento adquirido durante o pouco tempo que estudaram. E também deixam explicita que a atividades que eles mais gostam de fazer são jogos e brincadeiras, e outras atividades que a professora passa no quadro, sendo realizadas de maneira lúdica, no jeito de ser transmitida para os educando.

Na segunda pergunta da entrevista fala sobre, se eles se lembrem de como aprenderam a ler e escrever, mas isso se já sabem ler e escrever, pois ainda estão iniciando sua alfabetização e muitos ainda por estarem iniciando a formação do seu consciente ainda não conseguem ler. Alguns responderam que foi com a professora da educação infantil, quando começaram a ver as letrinhas, outros com silábicas como a “do tatu, do bebê, da bola e da bota”, sendo essas palavras que acompanham o dia a dia dos educando, com tarefinhas de pintar letras, como por exemplo, as  do próprio nome, também com a ajuda da mãe em casa.Por alguns educando ainda não souberem ler e escrever, poucos respondeu essa pergunta.

Na terceira e ultima pergunta feita aos educando na entrevista, fala a respeito das aulas do dia-a-dia, se eles gostam das mesmas do jeito que esta, ou se eles gostariam que mudassem algo na sala, ou se tivessem aulas diferentes. Os treze educando que responderam disseram que do jeito que a professora esta dando aulas esta da maneira que eles gostam não perece de mudar nada. Essas foram às respostas dos educando matutino.

No período vespertino foram entrevistados dezessete educando que estava presente no dia da realização da entrevista. Na primeira pergunta as resposta foram semelhantes as resposta dos educandos do período matutino, mas com uma diferença que a maioria dos alunos preferem fazer  o conteúdo do quadro.

 A primeira educando respondeu que gosta de desenhar, assistir filme, pular corda, brincar de pega-pega e de mamãe e papai. O segundo disse que gosta de escrever o conteúdo que a professora passa no quadro, brincar de caçar palavras, jogar bola e jogar basquete. O terceiro gosta de estudar as silábicas, de cantar e da brincadeira do litro. A quarta disse que gosta de escrever o conteúdo do quadro, brincar de boneca, de bambo lê e de jogar basquete. A quinta gosta de brincar de bambo lê, jogar basquete e montar quebra cabeça. O sexto gosta de brincar de pega-pega, esconde-esconde e cobra cega. A sétima gosta de escrever o conteúdo que a professora passa no quadro, estudar a tabuada e jogar bola. O oitavo respondeu que gosta de fazer o conteúdo do quadro, jogar bola, separar silabas, brincar de ovo choco, pega-pega, esconde-esconde, pique no ar, rela ajuda e jogar basquete. A nona  respondeu que gosta de pintar, da aula de capoeira, da aula de musica e de contar. O décimo disse que gosta de desenhar, pintar, escrever, jogar bola, brincar de pega-pega e coelhinho sai da toca. O décimo primeiro disse que gosta de montar palavras (alfabeto móvel) e fazer o conteúdo do quadro. A décima segunda disse que gosta de desenhar, brincar de pega-pega, esconde-esconde, pular corda e de pular elástico. A décima terceira respondeu que gosta de brincar de bambo lê e de cantar. A décima quarta disse que gosta de escrever, desenhar, e de brincar de bambo lê. O décimo quinto disse que gosta de brincar de pega-pega, formar palavras e brincar de avião. O décimo sexto respondeu que gosta de escrever o conteúdo do quadro, de jogar bola, de brincar de subir nas arvores na hora do recreio, brincar de ovo choco, pega-pega, esconde-esconde e de apostar corrida. A décima sétima e ultima discente a responder a entrevista disse que gosta de desenhar, fazer as tarefinhas que a professora passa no caderno e de brincar de bambo lê e pular corda.

Na segunda pergunta sobre se eles se lembravam como haviam aprendido a ler e escrever as respostas foram quase iguais as respostas dos educando do período matutino, também pelo mesmo motivo de estarem iniciando a formação do seu consciente, alguns disseram que foi com musicas, com tarefinhas com a pintura de letras como as do próprio nome.

Outros com joguinhos de letras para formarem palavras, estudando o alfabeto, com apostilas de atividades como as “do chapéu, da escada, da Laurinha e a da árvore” e fazendo a leitura coletiva.

Na terceira e ultima pergunta que fala sobre se eles gostariam que muda se algo nas aulas, alguns dos educando ao contrario dos do período matutino, responderam que sim, eles gostariam que as aulas tivessem mais brincadeiras e de jogar mais bola na quadra.

            Essas foram as respostas da entrevista realizada com os educando do período vespertino que apresentam um comportamento bem mais exaltado do que os educando do período matutino, mas que também deixaram claro que as atividades que eles mais gostam são as brincadeiras e jogos tanto é que na ultima pergunta da entrevista disseram que gostariam que nas aulas houvessem mais brincadeiras.

            Mas muitos dos discentes disseram que a aula do jeito que a professora passa esta bom, que não tem nada para mudar, pois eles têm brincadeiras e atividades na medida certa.  

     

3.3.2   A visão dos docentes sobre o ensino através do lúdico

As duas docentes da alfabetização da escola, responderam um questionário onde deixaram claro o entendimento delas sobre o método lúdico.

Uma das docentes atua em salas de alfabetização há quinze anos é formada em pedagogia e também tem uma especialização. Pra ela o uso do método lúdico é muito importante no processo de alfabetização porque através dessas as crianças conseguem entender melhor os conteúdos a serem passados. Para ela as crianças se interessam e prestam mais atenção e assim participam das aulas, as dificuldades encontradas por ela para ministrar uma aula lúdica é a falta de material concreto, mas acredita que através da aula lúdica pode se alcançar o resultado desejado com mais facilidade do que o método tradicional, ela usa o método lúdico sempre que é possível.

A outra docente atua em salas de alfabetização há oito anos e esta cursando o último ano de pedagogia. Para ela o uso do lúdico através de brincadeiras a criança aprende dês de cedo a memorizar, a socializar, apreende a leitura oral, motora e visual, também as crianças desenvolvem o raciocínio, a coordenação motora, a oralidade, e a socialização entre si. As maiores dificuldades encontradas por ela para ministrar uma aula lúdica é a falta de interesse das crianças, espaços inadequados e falta de materiais. Ela usa o método lúdico diariamente e acredita que através das aulas lúdicas é possível alcançar o resultado desejado mais depressa, diz que inclusive o projeto do bimestre da alfabetização é sobre brincadeiras lúdicas.             

            A coordenadora pedagógica diz que “A ludicidade de acordo com pesquisa é mais um instrumento que o docente pode se apropriar para enriquecer o seu repertorio em relação a sua pratica docente. Esta metodologia sempre é abordada nas temáticas desenvolvidas na escola e enquanto coordenadora, sempre está debatendo com os educadores, especialmente os alfabetizadores da importância do brincar, mas o brincar significativo o qual a criança venha desenvolver habilidades promovendo desta forma a aprendizagem.” E de acordo com as suas observações, o lúdico esta presente diariamente no fazer pedagógico do docente alfabetizador, pois a ludicidade sempre são abordadas na escola através de temáticas, como a de agora que é a pluralidade cultural  e os alfabetizadores adotaram dentro desse contexto as brincadeiras lúdicas para serem trabalhadas.   

 REFERÊNCIAS

 

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FERREIRA, Aurélia Buarque de Holanda. Miniaurélio século XXI escolar. 4 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

LAJANQUIÉRE, Leandro de. De Piaget e Freud: para repensar as aprendizagens: A (psico) pedagogia  entre o conhecimento e o saber. 13 ed. Petrópolis: Vozes, 1992.

LOPES, Vanessa Gomes. Linguagem do corpo e movimento. FAEL/EDUCON. Apostila Normal Superior 3º período, Curitiba, 2006.

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RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma docência de  melhor qualidade. 5 ed. São Paulo Cortez, 2005.

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SANTOS, Santa Marli Pires dos (Org.). Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos 7 ed. Petrópolis, Vozes,1997.


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