Relatório: Razões Para Morrer



SILVA, Andressa S; GUBOLIN, Breno Sfórza V; LEMOS, Mayele F; COSTA, Pedro Henrique M.

"O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera." (Benjamin Franklin)

INTRODUÇÃO

Durante a aula de filosofia no dia 14 de novembro de 2012, foi proporcionado visita a sala de leitura com acesso a revistas específicas sob a orientação da professora especialista Andressa S. Silva. O grupo escolheu a reportagem intitulada Razões para Morrer de Flávio Paranhos, porque foi um tema que chamou muito a nossa atenção, falando sobre razões para morrer e antes de ler a reportagem, não sabíamos o que a reportagem iria dizer, e esse assunto é algo que acontece muito e todos os dias, então é isso que nos chamou a atenção e influenciou na escolha da reportagem.

RAZÕES PARA MORRER

“A teimosia em tratar que nos caracteriza e da qual tanto nos orgulhamos é retratar na insistência em passar uma sonda nasogastricas numa pessoa que não quer que resiste até quando pode e que protesta dizendo: Que selvageria! Que Violência! Não respeitam o cidadão” (p. 32). O grupo entendeu que o doente não é muito respeitado quando não quer se tratar, sendo praticamente “violentado”, ou seja, é obrigado a colocar uma sonda nasogastrica, quando quer ficar esperando a morte, por saber que talvez não tenha a cura e queira morrer em paz.

“O desejo do solitário anônimo de ser deixado em paz esbarra numa característica animal particularmente animal humana, que é a base de toda moral, a empatia. Simplesmente não conseguimos profissionais da Saúde ou não, ficar impassíveis ante o sofrimento próximo. A palavra próximo aqui é chave, pois ninguém interrompe o jantar por conta da notícia de mais uma bomba no Oriente Médio, no Jornal Nacional. Mas se testemunhas um senhor jogado na rua quase morrendo, a maioria de nós desviará de seu caminho para, pelo menos, chamar uma ambulância e esperar que chegue” (p. 33). O grupo entendeu que a maioria das pessoas sendo 99,9%, passará por um mendigo e não ajudará sendo que 0,01% apenas em gesto de solidariedade ligará para uma ambulância e esperará ela chegar para socorrer o mendigo doente.

“No Contexto da  Bioética, remete a noção de autonomia do paciente. Que nem sempre que ser  paciente. Pode preferir, em plena posse de sua consciência, com seu raciocínio perfeito (e até se dado o luxo das ironias, como no caso do solitário anônimo), não ser importunado pelos homens; suas maquinas e suas drogas de manutenção da vida a todo a isto. Mesmo a custa do prolongamento do sofrimento daquele a quem deveríamos estar justamente protegendo disso” (p. 34). O grupo entendeu que o “paciente” não querendo ser paciente reflete como sua consciência e seu raciocínio que não quer ser importunado pelos homens, pelas suas máquinas e pelas suas “drogas” de manutenção da vida, sendo que deveríamos estar protegendo-o disso.

CONCLUSÃO

Após a realização do trabalho, o grupo aprendeu que na sociedade atual, sendo, rico, pobre ou classe média todos temos razões para morrer, mas com a intromissão de certos homens, maquinas ou remédios, isso não é possível, assim acabamos sendo presos ou internados contra a nossa vontade. Concluímos que a maioria das atitudes tomadas precipitadamente  pelo homem acaba atingindo a todos, e que alguns homens tentando fazer o bem, acaba fazendo coisas contra a vontade dos outros.

REFERÊNCIA

PARANHOS, Flávio. Razões para Morrer. Filosofia Ciência & Vida, ano VII, n.75. São Paulo: Araguaia, 2012. P.32-34


Autor: Andressa S. Silva


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