Espera
Era outono,
folhas cobriam o chão escuro,
Olhar atento nos ponteiros do velho relógio de parede,
Ainda tem uma garrafa,
Um Porto e as taças a nos esperar.
Da janela,
A mesma luz solar que tanto nos acordou,
Doces anos, eterno tempo.
No refletir do espelho,
Vejo alguém,
De cabelos grisalhos,
Algumas marcas,
Em frente, sou eu.
Tão esperançoso,
Com o mesmo sorriso,
Espero dizê-las,
As palavras que ensaiei,
Quando partiu,
Outrora me fizera feliz,
Agora sinto a vida escapar.
Saudade é o que sinto,
O sorriso provocado por sua chegada,
Olhos entregue a amargura das lágrimas
Ao dizer-te adeus,
O velho rádio ainda funciona,
Guardo pilhas,
Para a dança que me prometeu.
O Esperar ,
Só o esperar,
Árdua labuta,
O amor.
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