EMIR SADER: O CENSOR-MOR DE CARTA MAIOR



EMIR SADER: O CENSOR-MOR DE CARTA MAIOR

Sofri censura de Carta Maior. Não reclamei muito, a princípio. Eles pareciam tantos, os donos da verdade, os redatores e editores de Carta Maior, o “Portal da Esquerda” no ciberespaço do Brasil. Que poderia eu contra eles? Acatei a censura de Emir Sader, o mais destacado articulista de Carta Maior e mentor dessa ciberteca. Aceitei que alguns comentários meus não “aparecessem” na Carta. Por exemplo, certa vez perguntei a Emir o seguinte: quantas cidades Lula fundou na Amazônia? Emir não gostou da pergunta. Foi quanto bastou para que ele calasse (deletasse) minha interrogação. Aos leitores de Carta Maior não foi dado conhecer a participação de outro leitor na discussão. Não convinha nenhuma crítica nesse sentido. Eu entendi, sei que o jogo contra o PSDB é pesado. Mas...

Quando a censura calou a manifestação de outros com tantas e tão desafiantes coisas a dizer, percebi que as lacunas da Carta tinham se tornado maiores do que a sua parte escrita. Quando Emir Sader censurou a carta de Antônio Caleari, eu escrevi para  Carta Maior fazendo nova pergunta: se a alguém não é dado o direito de defesa, por que a outrem é dado o direito de atacá-lo? Emir nada publicou, mais uma vez. Não era a segunda vez que isso acontecia. Então, no meu último comentário, eu disse: adeus, amigos.

Na verdade, de amigos não se espera a censura, mas cumplicidade e aceitação. Reconheço que Emir não poderia agradar a todos. Isso, nem Cristo conseguiu. Entretanto, por que esperava Emir que todos agradassem a ele? Mesmo na discordância, Emir devia ouvir seus interlocutores, sem abafar a voz de ninguém, principalmente quando a outros ele permite a crítica infamante, persecutória.

Justamente quando vários articulistas de Carta Maior, entre eles o próprio Emir, acusavam o Supremo Tribunal Federal (STF) de negar a José Dirceu o direito de defesa, de atuar como um tribunal de exceção contra esse ex-ministro, Emir condenou Antônio Caleari ao silêncio, como se nele, Emir, estivesse encarnado o espírito tenebroso de um Joaquim Barbosa.

Não aceitei a condenação de Antônio Caleari. Antes, mais ainda me interessou o livro anatematizado de Caleari. Em sua tese defendida na USP, agora transformada em livro por editora de Portugal (Chiado Editora), Caleari sugere que a “consagrada” historiografia do Holocausto pode não merecer a reverência de uma verdade dogmática. Como se sabe, Deus pode ser negado, mas não o Holocausto. Caleari desafiou esse tabu, questionando a legalidade da repressão lançada desde há muito tempo sobre as “bruxas” que ousam por à luz de um exame livre e crítico esse mito político, explorado como negócio dos mais lucrativos pela “indústria do Holocausto”.

Como se sabe, os judeus adoram o Holocausto. Trata-se de uma marca de distinção, de forma de identidade e integração grupal com que se procura  promover a imagem e a autoimagem e os interesses de grupos particulares. O Holocausto serve de manto para a manobra ilusionista que faz o algoz sionista parecer a vítima de perseguições de que ele, o sionista, na verdade é o agente. Na caçada mortal aos palestinos entregues à fúria assassina dos judeus, o culto do Holocausto serve para identificar os palestinos a perseguidores, e os judeus, a pobrezinhas criaturas que um Hitler de Hollywood faz lembrar eternamente como bodes expiatórios da brutalidade alheia.

Já se tornou insuportável quamanha hipocrisia dos agentes da potência ocupante da ensanguentada Palestina. A farsa do judeu-bode vem desde a Segunda Guerra. Aquando do final desta, os vencedores criaram a história oficial demonizando os derrotados na grande confrontação, enquanto os judeus foram santificados na condição que lhes deu a mídia deles mesmos como os maiores e mais sofridos inimigos do demônio. Daí qualquer oposição ao sionismo passou a significar ter parte com o demônio. Isso passou a ser um crime consciencial, um pensamento criminoso, o ferrete de gente inabilitada para o convívio social harmonioso, igualitário, respeitoso aos direitos humanos, à diversidade cultural e ao estado democrático de direito e blablablá...

A autoexaltação sionista fez-se em culto judicialmente inatacável. Templos foram construídos para perpetuar a tradição imposta a todo o mundo, o maior na jerusalém ocupada, o Museu do Holocausto. Da base materia da fé tratam outros tantos zelosos ministros sionistas, lotados nas sedes da banca internacional, de onde recebem dízimos inumeráveis. E a graça vem na forma da prosperidade, das armas, do petróleo da mídia e do poder tão bem justificado. Os ministros da santificação farisaico-sionista pisam solo de um povo genocidado, encharcado de sangue, mas isto decerto decorre como castigo à violação da lei de Deus e dos homens.

Esperava-se de Carta Maior, enquanto “portal da esquerda”, que negasse a judeus o direito ao exercício de censura em suas páginas. Mas não, Emir Sader não se contentou com “apenas” acolheu articulistas identificados com o projeto colonialista de ocupação do Levante e do que mais puder ser ocupado alhures. Esses não se contentaram em defender candidamente o direito de “Israel” existir, o que quer dizer existir em território palestino. Passaram a romantizar a grande máfia de ratos magros que da Europa foram para a Palestina, onde ganharam peso e poder, terra e água, sob a proteção de seus padrinhos europeus, de cujo imperialismo eram agentes entusiasmados, entregues ao saqueio, ao terror e ao genocídio.  

Os convidados “hebreus” de Carta Maior aproveitaram muito bem a oportunidade que lhes deu Emir de coonestar a ditadura mundial sionista em seus artigos extravasantes de pieguice e sonsice em favor da quadrilha internacional ocupada em aviltar e desgraçar a Terra Santa. Em consequência, quem acessa Carta Maior agora lê que o Mossad é uma organização de esquerda e que os palestinos, quando disparam seus foguetinhos contra seus inimigos, fazem-no de forma tal a não ferir os invasores de seu território! Os judeus foram tomando conta de Carta Maior... Mas tudo era ainda suportável. Eles escreviam falando do vovô, do titio, daquele prato que só a mamãe judia fazia, de que gostavam muito dos palestinos etc., e eu lia,  fazendo um esforço, eu lia.  Não lhes bastou a liberdade. Os judeus tinham voz, mas queriam mais, eles queriam calar outras vozes, e conseguiriam. Percebi que estava quase tudo dominado, quando o prof. Robert Sean Purdy exigiu a censura com que calar a voz de Antônio Caleari. E quando Emir Sader lha concedeu, vi que estava tudo dominado.      

O calaboca baixou justamente enquanto caía pesada chuva de mísseis sobre as famílias presas no Campo de Gaza, aquando do último (por enquanto) massacre de palestinos, em novembro de 2012. Emir proibiu qualquer revisão histórica da “verdade” consagrada naquela história oficial do Holocausto. Ou seja, enquanto transcorria o holocausto palestino, de cuja realidade não se duvida, Emir recebia de bom grado dos perpetradores desse morticínio a mordaça com que calaria a boca de qualquer um cuja voz blasfemasse contra o culto do Holocausto judeu. Emir assim impedia o livre-exame do discurso que os sionistas fazem de si mesmos, como se corresse ainda a Idade Média, estando um judeu assentado no Trono de São Pedro.

A operação de infamação e silenciamento que judia de Antonio Caleari deu-se no seguinte contexto: esse bravo acadêmico participou a defesa vitoriosa de sua tese e o lançamento de seu livro a que tal tese dera origem a um professor do USP chamado Robert Sean Purdy. Este não gostou do conteúdo do que escrevera Antônio. Em vez de agradecer a gentileza da informação passada por Antônio, dizendo, por exemplo, “Ô Queridão, muito obrigado! Discordo de você, mas vou prestigiá-lo com a leitura e crítica de seu texto”, assim como faria qualquer homem cordial, Sean passou a atacar o texto e seu autor. Sean arvorou-se em delegado, fez da USP a sua delegacia, tratou Antônio Caleari como um criminoso e a obra deste como o próprio crime, reduzindo o que poderia ser rico debate intelectual de conteúdo político instigante a reles caso de polícia. Na sequência do “indiciamento”, Carta Maior  publicou artigo do covarde Sean Purdy contra Antonio Caleari. Este escreveu artigo em sua defesa, esperando vê-lo publicado em Carta Maior e para tal fim encaminhou o texto a Emir Sader, com solicitação nesse sentido. Emir negou-se a publicar a resposta de Antonio ao ataque de Sean Purdy. O censor, então, numa sinistra, prepotente, desrespeitosa “Nota da Redação”, falou das boas intenções da sua censura feita ao que escreve Antonio Caleari e ao que leem os leitores de Carta Maior.

Naquilo que tem publicado sobre si mesmo no ciberespaço, Robert Sean Purdy evita explicitar a sua origem nórdica. Isso ele faz com razão. Não ficaria bem a ninguém, especialmente em se tratando de um forâneo e operador da mitomáquina de autopromoção judaica, entregar-se a campanhas de censura contra alunos da maior universidade do Brasil. Não basta a Purdy a omissão de sua origem para esconder a alteridade dele. No meio acadêmico a aos olhos de gente esclarecida, o cerceamento do debate, da contradição, do questionamento, da crítica a qualquer interpretação do mundo sempre será a postura de um alienígena. Portando  o escudo do Holocausto, que os agressores judeus usam como lança para sangrar patriotas da resistência palestina, o Torquemada saxônio sente-se protegido para tentar calar seus críticos uspianos. Não pode ser a USP o lugar de alguém cujos ouvidos só toleram ouvir o que sai da própria boca e da boca de seus mentores, amigos, cumpinchas, padrinhos, aliados e cúmplices. O professor Robert Sean Purdy estaria muito mais à vontade na Universidade de “Telavive” (Jafa ocupada).

Em seu vasto e brilhante currículo, Sean Purdy introduz uma nota populista: diz ser corintiano! Aqui a identificação parece ser com os gaviões da fiel, já que o gavião é uma ave de rapina. O pós-doutor, pelo visto, não assimilou as lições de Sócrates, não o da Grécia, mas o Dr. Sócrates, criador da democracia corintiana. Na rede-múndi esse saxão também se apresenta como um homem de esquerda, um “revolucionário”. Ante tal declaração, devo aproveitar o ensejo para assumir minhas posições políticas: sou da extrema-direita.

Quanto ao nosso herói Antonio Caleari, já disse a esse autor que comprarei o livro dele. O título da obra desafiadora é Malleus holoficarum:o estatuto jurídico-penal da revisão histórica na forma do jus puniendi versus animus revidere. Pedi a Antônio Caleari que me mandasse um exemplar autografado do Malleus holoficarum. Esta denominação latina exige tradução. Quem quiser saber o que significa deve perguntar ao Dr. Alfredo Braga.


Autor: Chauke Stephan Filho


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