Relatório: SÓ NO BRASIL



 LEMOS, Aila Rodrigues; SILVA, Andressa S.; BERTHOLDO, Bianca Maria; SOUZA, Lucas Matin.

"A impunidade é a matriz e a geratriz de novos e insensatos acontecimentos e o desmoronamento do que ainda resta de bom na alma humana." (Leon Frejda Szklarowsky)

INTRODUÇÃO:

Durante as aulas de filosofia no dia 22/11/12 foi proporcionado o acesso a revistas específicas de filosofia com a supervisão da professora especialista Andressa S. Silva. O grupo escolheu a reportagem “Só no Brasil” de Renato Janine Ribeiro porque o assunto que a reportagem aborda, além de ser atual, é muito bom e de fácil argumentação, pois ela fala sobre impunidade, principalmente em nosso país, e em todas as classes sociais.

SÓ NO BRASIL

“Um dos sentimentos mais deprimentes em nossa nacionalidade é o de que criminosos ficam impunes. Temos esta sensação a respeito de praticamente tudo. Políticos não pagam por atos de corrupção, até mesmo quando transmitidos com áudio e vídeo para o país inteiro.” [...] “Certamente é por isso que há, no Brasil, uma desconfiança tão grande em relação aos homens públicos, imagina-se que não pagarão pelo mal que uns deles fazem” (p. 82). No Brasil por falta da má ação da lei, somos espectadores diariamente dessa impunidade em relação aos homens públicos, isso das nos entender que a lei não existe parar esses homens.

“O curioso está, porém, na passagem da indignação à impunidade. Duas ou três vezes por semana nos indignamos. Um senador que bradava contra a corrupção é pego fazendo lobby para um suspeito de crimes. Um bêbado praticamente mata um homem que teria dirigido gracinhas a sua companheira [...]. Durante horas ou dias são trending topics em nossa conversação e governam nosso imaginário. Mas depois cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado. Não se paga pelo que se fez” (p. 82). O que mais nos impressiona é a falta de caráter dos políticos, que se mostram contra a corrupção, mais são eles que acobertam os seus próprios crimes e de companheiros de poder. Pela grande influência dos políticos os fatos ocorridos com eles são esquecidos facilmente pela mídia, sendo colocado em destaque fatos de pessoas sem poder algum, desviando o foco de suas irregularidades.

“Muitas pessoas estão convencidas que o Brasil se notabiliza pela impunidade, sobre tudo, dos homens públicos. Entendo que não é bem isso. Primeiro também há os impunes de quem se tem pena [...] Nossa característica não é a mera impunidade. É uma impunidade que se segue a indignação. Esta é intensa. A imprensa nos serve matéria cotidiana para nos indignarmos. Às vezes até nos revoltamos sem razão. Certas informações, apressadas levam a opinião pública a condenar inocentes” (p. 82). O Brasil virou sinônimo de impunidade e corrupção, englobando de uma forma geral todo homem que exerce o poder político, mas como em toda regra há uma exceção, no governo não é diferente, onde temos políticos sérios e comprometidos com a população brasileira em exercer suas funções, mas muitas vezes são julgados injustamente e são alvos de denuncias irregulares, pagando o preço pelo erro dos outros, porém esta impunidade não está somente no planalto, pois se manifesta com parte da sociedade pobre, apesar de ser muito raro, pois o governo pensa que por serem pobres eles não merecem pagar por algo que cometeram, pois já sofrem com a indiferença da sociedade e da justiça.

“Mas o que foram as grandes revoluções que mudaram o mundo... senão um sentimento de indignação, e revolta, de “basta”, que conseguiu traduzir-se em atos de milhares ou milhões de pessoas e, depois, conquistar o poder? Ou seja, há casos em que a indignação traz resultados” (p. 82). Quando um fato de corrupção, ocasiona uma indignação em massa, a revolta de todos é inevitável e a exigência por melhoras também, com isso a ação dos poderes públicos em comprimento da lei, é presente com eficiência, mais infelizmente, são casos raros que isso acontece, deveríamos ter uma presença dessa proporção em todos casos colocados na mídia.

“Uma das expressões mais lamentáveis a esse respeito é que “só no Brasil” acontece denominado absurdo... Tudo de ruim que temos também existe em algum outro lugar” (p. 82). A verdade é que em todo lugar há corrupção e injustiça, mas só no Brasil isso se torna escancarado, talvez isso seja pelo fato de que, em outros países, há uma melhor administração por parte dos homens do governo, onde suas funções são muito bem exercidas, ao contrario do Brasil.

CONCLUSÃO

Após a realização do trabalho o grupo aprendeu que, esta reportagem visou abordar um assunto muito popular nos dias atuais, pois abordou a impunidade brasileira e como nós cidadãos agimos mediante isto.  A impunidade é tão grande, e os cidadãos estão indignados com esta situação.

Este tipo de atitude está presente até mesmo nas classes sociais baixas , pois se têm pena de criminosos pobres.

Mas segundo o autor somente indignação não pode mudar o Brasil e muito menos o mundo. Durante várias horas do dia ouvimos notícias que nos causam indignação, mas depois tudo fica esquecido, ninguém paga pelo que fez.

Todos dizem que o Brasil se notabiliza por sua impunidade, mas isto acontece tanto nas classes baixas como nas altas. Ele ressalta que o que mais se destaca no Brasil, não é só a impunidade, mas o fato dela ser seguida de indignação, pois diariamente a mídia nos fornece motivos para ficarmos indignados. Certas vezes a indignação gera resultados, porém isto é raro, pois a população geralmente não age mediante tais informações que nos são fornecidas, porém ele ressalta que não devemos nos esquecer que o Brasil não é o único país onde isto acontece, nenhum lugar está isento de impunidade e injustiça, e todos estamos condenados a viver com isso.

Concluímos que Estamos cercados de pessoas que agem sem pensar no mal que fazem as outras, que o Brasil assim com o mundo todo está tomado por tanta impunidade, que as pessoas não conseguem ver um palmo através do nariz, pois para elas ver informações desse tipo virou hábito, tanto que elas nem se incomodam mais com tudo isso, estamos alienados e não agimos a nosso favor, não exigimos nem lutamos por justiça, pois nos acostumamos a ser ignorados, nos tornamos pessoas sem voz perante os que tem poder, enfim ultimamente ser cidadão não vale nada.

BIBLIOGRAFIA

RIBEIRO, Renato Janine. Só no Brasil. Filosofia Ciência & Vida, ano VI, n° 71. São Paulo: Araguaia, 2012. P. 82.      


Autor: Andressa S. Silva


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