O Livro de Hebreus nos dá a seguinte definição de fé: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se não esperam, a convicção de fatos que se não veem”.

Nos diz ainda o citado livro que “de fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.

Amados, Deus é um ser espiritual, soberano, rico em misericórdia, cuja essência se define em “AMOR” (I João 4:8)

Também somos informados pelas Escrituras Sagradas que o Criador nos fez à sua semelhança. Diante dessa assertiva, porque somos tão diferentes uns dos outros? Uns têm fé, são vencedores e outros desanimam e desistem de perquirir os objetivos e sonhos?

Respostas nos são dadas na palavra de Deus, com um exemplo do inicio da criação dos homens, onde dois irmãos ofertaram a Deus, tendo o Senhor se agradado da oferta de Abel e rejeitado a de Caim.

Davi pecou diante de Deus e segundo nos é informado, esse Homem foi descrito na Bíblia “como um homem segundo o coração de Deus”. O que podemos extrair da palavra de Deus em relação à fé?

Creio, que em primeiro lugar é imprescindível ter convicção da existência do Criador. Em segundo, que devemos buscá-lo por toda nossa existência, certos de que o Nosso Pai jamais nos abandonará.

A forma como vivemos retrata o ser que há em cada pessoa. O Livro de Mateus nos adverte: “São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que há em ti sejam trevas, que grandes trevas serão!”.

O meio em que vivemos influencia-nos a seguir diversos caminhos. No Brasil, temos exemplos de mulheres que foram censuradas por ganharem a vida no teatro, TV, produções fotográficas, filmes pornôs, danças exóticas, produção de programas e vídeos. Hoje, são convertidas, casadas, mães de filhos, profissionais que se moldaram a palavra de Deus, optando por outros caminhos.

Temos também vários casos de homens homossexuais que aceitaram a Cristo como seu único salvador e hoje são casados, pastores, que trabalham na evangelização de outros seres desviados da presença de Deus (Romanos 2:18 a 27).

O maravilhoso de nosso Deus Criador é a misericórdia, pois Jesus e o próprio João pregaram a confissão de erros e pecados a Deus, tendo nos mostrado, por meio do seu Filho Jesus, que seriamos salvos, remidos de todo e qualquer pecado, desde que não permanecêssemos no erro.

Mas, o que tem a ver cometimentos de pecados com a fé? Como a fé nos é dada por Deus, imprescindível é que tenhamos comunhão com Ele, por meio de sua palavra.

Diz-nos a palavra que Jesus falou as seus discípulos: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e é vida” (João 6:63). Logo, deduzimos, que a forma como alimentamos o nosso espírito – para o bem ou para o mal – nos conduz a vitória ou a derrota, a realização dos sonhos ou a tristeza, levando o homem à destruição da própria vida. Já a perseverança gera a fé e o andar com Deus a confiança de que a nossa alma está recebendo o alimento certo.

Disse-nos ainda Jesus: “ Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele... se alguém me ama, guardará a minha palavra; e o meu Pai o amará e viremos para Ele e faremos nele morada”(João 14:21/23).

A missão de Jesus foi despertar o homem do cometimento de pecados e mostrar-lhe todo um procedimento para o processo de salvação. Não nos esqueçamos, todavia, que a salvação nos é dada e confirmada por Deus. O homem não tem a capacidade nem o livre arbítrio de santificar-se porque esta tarefa é do Espírito Santo. E o que está a cargo do homem?

Observar os princípios divinos, os quais deveremos seguir. Por amor a sua criação Deus enviou Jesus para que todo aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Portanto, Jesus não veio julgar o mundo, mas informar que todo aquele que o aceitasse seria salvo. Essa confissão é o inicio do processo rumo à salvação.

Senão, vejamos o seguinte texto Bíblico: “Porquanto Deus enviou o seu filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crer não é julgado; o que não crer já está julgado, porquanto não crer no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois, todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus” (João 3:16-21).

Podemos ver claramente que Deus requer do homem uma conversão à sua Lei. Deus não aprova a mentira, a falsidade, a idolatria, a luxuria, a prostituição, a inveja, a inimizade, discórdias, dissensões, porfias, facções, feitiçarias, lascívias e até glutonarias.

A palavra nos fala que o convertido deverá vigiar e procurar o fruto do espírito, que consiste em se ter: amor, alegria, paz, longaminidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.

A proximidade de Deus vem por ouvir, ler a sua palavra. Por meio da palavra vem à ação do Espírito Santo em nós. Os dons e ministérios nos são dados pelo Espírito Santo, a partir do momento em que o ser humano manifesta o amor e os componentes que formam o fruto do espírito. Portanto, na medida em que nos libertamos das obras da carne, o Espírito de Deus age em nós e somos preparados para o exercício dos diversos dons (curas, libertação, profecias, evangelismo, etc.). 

A fé nos é dada por Deus. Não há fé para ser disponibilizada pelo homem. A medida que vamos tendo confiança em Deus e agimos com boas obras em seu nome  (não é no meu nome), as maravilhas de Deus vão se realizando nos diversos campos de nossa vida. 

Todavia, a nossa jornada cristã, assim como a nossa vida secular precisam ser alimentadas pela palavra de Deus. Daí, a grande máxima de Jesus, em ordenar a todos, a pregação do evangelho, pois aqueles que não o aceitar serão entregues as próprias concupiscências e um dia terão que reconhecer que Jesus Cristo é o Senhor, pois assim está escrito: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a gloria de Deus Pai” (Filipenses 2:9-11).

CONCLUSÃO

Há dois pontos a ser observados com relação à manutenção da fé. Refiro-me as circunstancias adversas em que somos surpreendidos por uma enfermidade, um problema familiar grave, por crises financeiras, tristezas e depressões. Nesses momentos, nem sempre nos lembramos do evangelho, das recomendações de Cristo Jesus. Pensamos o pior e nos achamos perdidos, sem fé, abandonados e injustiçados.

Para recobrarmos as forças, temos que orar. Essa oração não precisa ser longa, mas sincera, dirigida a Deus, como se o Senhor estivesse ao nosso lado em pessoa. Nessa oração, devemos colocar diante do Senhor as nossas angustias e preocupações, fazermos o pedido de solução do problema, da forma em que Deus escolher. Porque muitas vezes, costumamos dar a ordem a Deus e impor-lhe condições para que os problemas sejam resolvidos da nossa maneira.

O segundo ponto refere-se ao ato de agradecer a Deus. A gratidão é um sentimento profundo que vem da alma. Dizer “obrigado Deus” não reflete a gratidão, mas um ato mecânico de falar. Ser grato a Deus significa amá-lo e reconhecer a sua grandeza. A gratidão é algo valiosíssimo na vida de uma pessoa convertida.

Quando existe em nós a gratidão verdadeira ela se estende a outras pessoas, de forma que a fluência dessa gratidão é permanente, espontânea, viva e eficaz,  no que diz respeito a tudo que recebemos de outras pessoas, seja no campo material ou espiritual.

A pessoa que tem gratidão age sempre com o mesmo sentimento, atribuindo a Deus o recebimento de pequenas e grandes coisas. Essa gratidão ou sentimento pode ser comparado a uma fonte inesgotável, que jorra incessantemente. Assim é a mão de Deus sobre todo aquele em que é encontrada essa virtude.

Por fim, podemos entender a fé como uma certeza absoluta de que Deus é justo, piedoso, que nos ama. Por mais que nossos pensamentos reflitam insegurança e sejamos perseguidos por forças ocultas do mal, Deus é Deus e não existe variação quanto ao seu poder onipotente. Ter a certeza de que Deus é conosco gera em nós a fé, a confiança, de que se aquilo que tanto desejamos irá se concretizar, segundo a vontade de Deus.

Por fim, deixo aos queridos irmãos duas sugestões de condutas que irão beneficiá-lo e aproximá-lo do nosso criador:

a)       Reflitam sempre sobre as suas atitudes para com Deus e o próximo. Pergunte-se se você tem agido com gratidão para com o Senhor e o seu próximo, com o seu trabalho secular, por aquilo que seus subordinados colaboram para que tenhas sucesso profissional e na sua família;

b)       Retribuam sempre com atos de bondade, doando aquilo que você deseja receber dos outros, pois esta ação será sempre vista por Deus como ato de amor ao próximo.

Paz seja com todos !

Zenaide Alcântara de Sousa

Irmã em Cristo Jesus


Autor: Zenaide Alcantara De Souza


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