HANSENIASE: PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE PARIPIRANGA- BA



HANSENIASE: PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE PARIPIRANGA- BA 

Autor (A): Adriana Marquilene Nunes Viana 

INTRODUÇÃO: 

A importância de desenvolver pesquisas que busquem conhecer a problemática de doenças como a hanseníase tem sido de grande relevância.

A patologia analisada é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. Esta bactéria ataca principalmente a pele e nervos periféricos, confere características peculiares a esta moléstia tornando o seu diagnostico simples na maioria dos casos. No entanto, o dano neurológico responsabiliza- se pelas seqüelas que podem surgir.

Desta forma, vale ressaltar que, fazem parte do conjunto de sinais e sintomas os seguintes aspectos como: sensação de formigamento; dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas; geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio; dor e tato; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular; dentre outros.

Esta doença é capaz de contaminar outras pessoas pelas vias respiratórias, caso o portador esteja sendo tratado. Entretanto, segundo a Organização Mundial de Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não desenvolve. Aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Este dura até aproximadamente um abo e o paciente pode ser completamente curado.

Segundo os resultados de indicadores epidemiológicos, o Brasil ainda apresenta altas taxas de detecção de hanseníase, assim como elevados coeficientes de prevalência, ao contrario da tendência global, cujos indicadores de transmissão apontam comportamento decrescente da endemia. Em algumas áreas do país, a hanseníase mostra magnitudes equivalentes ás mais alta do mundo, mesmo quando comparadas com alguns países da África e Ásia.

O principal motivo para trabalhar este tema, justifica-se pelos altos investimentos em pesquisas, devido ao elevado numero de casos apresentados. Por isso, para o estimado problema de uma forma mais próxima de sua real dimensão, a literatura cientifica sugere que as investigações busquem informações junto a outras fontes. Adiante, serão discutidos os pontos principais do problema.

2- OBJETIVOS

- Esclarecer e identificar as principais causas, conseqüências, sinais e sintomas da hanseníase, bem como, suas complicações.

3- METODOLOGIA

      Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo exploratório, o qual tem por finalidade desenvolver, esclarecer, e modificar conceitos e idéias com vistas a formular o problema estimular a criação de hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores, dessa forma, avaliando os fatores de risco da doença.     

 È importante ressaltar que foi realizada uma entrevista com 10 pessoas com o objetivo de colher informações acerca da patologia em questão. No questionário, as perguntas foram bastante simples e coerente como, por exemplo, o que era a hanseníase ou lepra, como também, se conhecia ou que tem ou já teve a doença, dentre outros posicionamentos. Deste modo, poderíamos utilizar esses dados com o intuito de nos informar a respeito dos conhecimentos que a população tem sobre a patologia.

Além disso, utilizamos algumas literaturas como fonte de fundamentação teórica previa

 

4- RESULTADOS

Como foi citada anteriormente, a hanseníase é uma doença crônica granulamotosa, proveniente de infecção causada pelo mycobacterium leprae. Este bacilo tem a capacidade de infectar grande numero de indivíduos (alta infectividade), no entanto, poucos adoecem (baixa patogenecidade), propriedades estas que não são função apenas em suas características intrínsecas, mas que depende, sobretudo, de sua relação com o hospedeiro e grau de endemicidade do meio, entre outros.

A principal via de eliminação dos bacilos é a via superior, sendo que o trato respiratório é a mais provável via de entrada do Mycobacterium leprae no corpo. O trato respiratório superior dos pacientes multibacilares ( Virchowianos e Dimorfos), é a principal fonte de M. leprae encontrada no meio ambiente.

Este estudo tornou-se grande eficácia uma vez que, apesar de ter sido realizado com um número pequeno, demonstraram-se grandificante devido os resultados que encontramos. Como por exemplo, num grupo de 10 pessoas, 40% das pessoas desconheciam a doença, no entanto, o mesmo numero repete quanto à possibilidade de haver algum tipo de tratamento.

            Em virtude do preconceito enraizado desde a antiguidade, ainda hoje vemos que uma grande parte da população possui discriminação. Um fato que comprova este posicionamento seria que 80% da população acreditam que deve afastar o portador do convívio da família como também da sociedade.

De acordo com os entrevistados, o nível de escolaridade variou, pois 60% dos mesmos possuem ensino fundamental incompleto, 20% ensino fundamental completo e o restante possuem ensino médio completo. Quanto a renda familiar, 30% dos entrevistados tem menos de um salário minino, 50% faz uso de um salário e 20%, possui de 1 a 3 salários mínimos.

            Além disso, 60% da população sabem que a doença e contagiosa, 90% sabem dos sintomas e 100% não tem nenhum caso de hanseníase na família.

No entanto, quando o assunto é doença, a população fica curiosa, querendo saber informações a respeito da patologia referida como vimos na entrevista em que, todos os entrevistados conceituam como importante conhecer a doença co caso, a hanseníase.

Outro fator que merece destaque, é quanto ao preconceito da doença referente ao município. Pois, a população torna-se assustada ao saber caso o vizinho seja diagnosticado com hanseníase, por conta disso, os familiares e/ou paciente tenta esconder-se da comunidade. Diante da leitura, “o paciente como ser Humano”, traz uma lição para os profissionais de saúde no que refere-se aos cuidados, pois o profissional deverá ter uma visão holística, ou seja, avaliar o paciente como um todo, e principalmente, sem preconceito ao próximo. 

            5- CONCLUSÃO

            De acordo com a doença abordada assim como, os fatores que podem propiciar a eclosão da hanseníase, podemos destacar que o profissional de saúde deverá ser enquadrado na comunidade com o intuito a informá-los quanto ao risco e a forma de preveni - lá.

            Além disso, este profissional deverá ser um aliado aos gestores de todos os níveis com o intuito de criar projeto em beneficio ao saneamento básico. Pois, segundo estudos a falta de saneamento básico, poderá disseminar doenças infecto-contagiosas.

            6. REFERENCIAS

______BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica. - 2. Ed. rev. - Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 195 p.: il.

ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro, MEDSI, 1993.

Barata RB. Epidemiologia e saber científico. Rev Bras Epidemiol 1998; 1(1): 14-

27.        [ Links ]

Duarte. Elisabeth Carmen  ... et al. Epidemiologia das desigualdades em saúde no Brasil: um estudo exploratório – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 123 p.:

 ARAUJO, Marcelo Grossi. Hanseníase no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 36:373-382, mai-jun, 2003.


Autor: Adriana Marquilene Nunes Viana


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