Espiritismo - Esclarecimentos
Santos, SP, 25 de setembro de 2008.
De: Alamar Régis Carvalho
Para: Jornalistas em Geral
Toda a Imprensa Brasileira
Senhores Jornalistas:
Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalística ético e sensato é o
de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade,
preocupando-se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a
reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que
muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam
cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete
os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou
reportagens.
Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto
apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais
lamentável, sempre enfocado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do
'achismo' e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela
intolerância e a desonestidade religiosa.
Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero
mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo
acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor
informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o
aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta.
Vamos aos assuntos:
Espiritismo não é igreja
Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente
religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se
de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na
razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos
ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa
nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como
se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes,
que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo
muito acima disto.
Não existe 'Kardecismo', existe 'Espiritismo'
O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão 'kardecismo',
para identificar algo que ele imagina ser uma 'ramificação' do Espiritismo,
achando que Espiritismo é um 'montão de coisas' que existe por aí, quando na
realidade não é.
A palavra 'Espiritismo' foi criada, ou inventada, como queiram, pelo
senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi
trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados
próprios.
Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação
'Espiritismo', fora desta que se enquadre nos seus postulados, está
utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude.
Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de 'kardecismo',
verdadeiramente é 'Espiritismo'.
Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar
que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas
espiritualistas é Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando
algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram
relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais
coerente e responsável.
Veja quem adota e quem não adota o quê.
Autor: Claudio Schiavi
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