Manejo de Diferentes Herbicidas no Controle da Planta Daninha Comelina Bengalensis na Cultura da Soja Roundup Ready ®



Manejo de diferentes herbicidas no controle da planta daninha Comelina bengalensis na cultura da soja Roundup Ready®

Leal, T. B.

Resumo

O trabalho objetivou avaliar a eficácia do manejo de diferentes misturas de herbicidas no controle da planta daninha Comelina bengalensis (Trapoeraba) sem que ocasione fitotoxidade na soja. O experimento foi conduzido a campo, em área sob sistema de plantio direto, localizada no município de Itiquira-MT, no período de novembro de 2007 a janeiro de 2008. A variedade utilizada foi Valiosa, variedade com a tecnologia Roundup Ready, a densidade de semeadura foi de 12 sementes por metro linear, na profundidade de 2 a 3 centímetros e espaçamento de 0,50 metros entre linhas. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, com 8 tratamentos, sendo realizado sobre os dois sistemas de dessecação. Primeiro foi realizado a dessecação da área para instalação dos ensaios. Foi realizada dessecação em faixas de 12 X 56m, a primeira utilizando 5 litros de glifosato/ha, e a segunda utilizando 3,5 litros de glifosato + 1,0 litro de 2,4D/ha. Após 15 dias da dessecação foi realizado o plantio da soja. E 25 dias após o plantio foi realizada a aplicação dos tratamentos pós-emergentes. O dimensionamento das parcelas foi de 3 X 7 m, totalizando 21 m2/parcela. Os herbicidas que constituíram os tratamentos foram aplicados quando a planta daninha a ser controlada constituía de 2-6 folhas, a soja em seu estágio inicial de desenvolvimento sendo o V1 para V2. Utilizou-se para as aspersões, pulverizador pressurizado a CO2, acoplado a uma barra contendo seis pontas de pulverização XR 110.02, aplicando-se volume de calda equivalente a 200 L/ha-1. Foi realizada uma avaliação de eficiência de dessecação na ocasião do plantio. As avaliações de controle de ervas foram realizadas aos 7, 14 e 30 dias após a aplicação dos ensaios pós emergentes. As avaliações de fitotoxidade na cultura da soja foram realizadas aos 7, 14 e 30 dias após a aplicação. Foram realizadas avaliações de controle de plantas daninhas, usando escala percentual variando de 0 a 100%, significando ausência de controle e morte de todas as plantas, respectivamente. Utilizou se vários herbicidas como glifosato, lactofen, chlorimuron, imazaquin, imazethapyr tendo tratamentos onde houve misturas deles nas suas respectiva dose recomendada, tendo em todas as misturas o glifosato. O tratamento que se teve maior resultado satisfatório foi o que aplicou apenas o glifosato na dose de 1,5 / 1,5 onde não ocasionou problema algum na cultura da soja e sim controlando a planta daninha alvo.

Palavras-chave: planta daninha, herbicidas, fitotoxidade.

ABSTRACT

The variety used was valuable variety with technology Roundup Ready, the density of sowing seed was 12 per metre linear, depth of 2 to 3 centimetres and spacing of 0,50 metres between lines. The trial design used was the blocks, with four repetition, with 8 treatments, being carried out on the two systems drying. First was held drying area for installation of the tests. Drying was held in the 12 x 56 m, the first using 5 litres of Glyphosate / HA, and the second using 3,5 litres of Glyphosate 1,0 2, 4 d / ha. After 15 days of drying was planted soya. And 25 days after the planting was carried out for post - emerging. Scaling parcels was 3 m x 7, 21 / M2 parcel. Herbicides that were the treatments were applied plant weed being controlled was 2 - 6 sheets, soya in its initial stage of development the v1 to v2. Used for the aspersões, sprayer pressure, the CO2 to bar containing six arrowheads XR 110 .02 pulverisation, volume syrup equivalent to 200 l / HA - 1. Has been carried out an evaluation of efficiency of drying at the time of planting. Assessments control herbs were carried out to 7, 14 and 30 days after the application of emerging Pós tests. Evaluations of fitotoxidade culture of soya beans were carried out to 7, 14 and 30 days after the application. Assessments had been made control weeds, using percentage scale ranging from 0 to 100% significand absence of control and death of all plants, respectively. If multiple herbicides used as glycophate, lactofen, chlorimuron, imazaquin, tolerantto imazethapyr herbicide having treatment where mixtures of them in their respective dose recommended, taking into all mixtures glyphosate. The treatment that had more satisfactory result was that you have applied only in the glycophate dose of 1, 5 / 1, 5 where not caused any problem in the cultivation of soya and Yes controlling plant weed target.

Keywords: weed, herbicides, fitotoxidade.

INTRODUÇÃO

O controle químico das plantas daninhas é o principal método utilizado nas lavouras de soja do Brasil, principalmente em extensas áreas de produção, as quais são predominantes no cerrado brasileiro. Grande parte das lavouras de soja dessa região é cultivada sob sistema de plantio direto, sendo o manejo da vegetação presente na área antes da semeadura da cultura realizada com a aplicação de herbicidas, operação designada de "dessecação de manejo". De acordo com Procópio et al. (2006), a aplicação de herbicidas em dessecação de manejo tornou-se pratica obrigatória em cultivos realizados em sistema de plantio direto. Os principais herbicidas utilizados nessa operação são o glyphosate e 2,4 D. O glyphosate é pertencente ao grupo químico dos derivados da glicina, que age inibindo a enzima 5-enol-piruvil-shiquimato-3-fosfatosintase (EPSPs), atuando na rota da síntese dos aminoácidos aromáticos do glyphosate que determinam a sua alta preferência nas aplicações de dessecação de manejo são o controle de diversas espécies comumente invasoras, independentemente do estádio de crescimento; o controle de espécies de propagação vegetativa; e o fato de não deixar resíduos no solo que acarretem problemas ou atraso na semeadura da cultura. Aplicações de glyphosate em dessecação de manejo têm apresentado controle satisfatório de Digitaria sanguinalis, Digitaria horizontalis e Bachiaria decumbens (Barros, 2001; Jakelaitis et al., 2001; Vangessel et al., 2001; Maciel & Constantin, 2002).

O 2,4-D pertence ao grupo químico dos fenoxiacéticos, utilizado no controle de dicotiledôneas, apresentando baixos níveis de intoxicação à cultura (soja), por ser altamente seletivo e sistêmico, 2,4-D é transportado pela planta, sendo acumulado nos tecidos em crescimento das raízes, agindo por inibição do crescimento das ervas.

Além do glyphosate e 2,4 D, outros herbicidas, como chlorimuron-ethyl, imazethapyr, flumioxazin, diclosulan, carfentrazone-ethyl e sulfentrazone, e a mistura pré-formulada de paraquat e diuron são empregados em dessecação de manejo, sejam associados ao glyphosate ou em aplicações seqüenciais, como é o caso do posicionamento da mistura comercial de paraquat e diuron. Procópio et al. (2006) verificaram controle satisfatório e impedimento da rebrota das plantas daninhas Digitaria insularis e Leptochloa filiformisquando o glyphosate foi aplicado cinco dias antes da semeadura da soja ou quando foi realizada aplicação seqüencial de glyphosate e, posteriormente, da mistura pré-formulada de paraquat e diuron.

Com a liberação do plantio de cultivares de soja Roundup Ready (RR) no Brasil, a intensidade de uso do glyphosate na cultura, que já era grande, devido às aplicações de dessecação de manejo, passou a ser ainda maior, com as possibilidades de realizar aplicações em pós-emergência, ou seja, sobre as plantas de soja geneticamente modificadas. Já na segunda safra após a liberação no País, aproximadamente 35% de toda soja cultivada região Centro-Oeste é formada pó cultivares RR (Biotech Brasil, 2007). Foloni et al. (2005) verificaram que a utilização de glyphosate em pós-emergência em soja RR, em área de cerrado, visando o controle de Panicum maximum, Desmodium tortuosum, Eleusine indica, Acanthospermum australe, Tridax procumbens, Chamaesyce hirta, Ipomoea grandifolia e Sida rhombifolia, foi altamente eficiente.

A possibilidade do controle das plantas daninhas em estádio mais avançado, com a utilização de glyphosate, gerou um esquecimento dos conceitos dos períodos de convivência das plantas daninhas com a cultura da soja. Períodos de convivência iniciais entre as plantas daninhas e as plantas de soja podem acarretar perdas na produtividade, mesmo que as invasoras sejam controladas posteriormente. De acordo com Pitelli (1985), o período anterior à interferência (PAI) situa-se entre 20 a 30 dias após a emergência da cultura da soja. Os períodos de interferência podem variar com as características das cultivares de soja, como velocidade de estabelecimento, fechamento do dossel e exploração do sistema radicular, e também com a estrutura da comunidade infestante (espécies ocorrentes, densidade populacional e distribuição na lavoura) (Carvalho & Velini, 2001). A semeadura de cultivares menos suscetíveis à interferência das plantas daninhas é uma pratica extremamente importante no manejo integrado, sobretudo quando associada a um eficiente sistema de aplicação de herbicidas. Segundo Pires et a. (2005), um fator que pode facilitar ou dificultar a eficiência do controle químico das plantas daninhas em pós-emergência é a velocidade de fechamento do dossel da cultura, característica que pode diferi entre os cultivares de soja. Todavia, devido ao pouco tempo de cultivo e de pesquisas, poucas informações sobre a capacidade competitiva das principais cultivares de soja RR, desenvolvidos para cerrado brasileiro, em relação às plantas daninhas, foram geradas.

O presente trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência de diferentes sistemas de manejos de herbicidas no controle da planta daninha Comelina bengalensis na cultura da soja Roundup Ready (RR).

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido a campo, em área sob sistema de plantio direto, localizada no município de Itiquira-MT, no período de novembro de 2007 a janeiro de 2008, em solo classificado como Latossolo Vermelho distrófico - LVd (Embrapa, 1999), com as seguintes características físicas: argila 20%, areia 45%, silte 75%.

Primeiro foi realizado a dessecação da área para instalação dos ensaios. Foi realizada dessecação em faixas de 12 X 56m, a primeira utilizando 5 litros de glifosato/ha, e a segunda utilizando 3,5 litros de glifosato + 1,0 litro de 2,4D/ha. Após 15 dias da dessecação foi realizado o plantio da soja. E 25 dias após o plantio foi realizada a aplicação dos tratamentos pós-emergentes, no esquema abaixo.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, com 8 tratamentos (Tabela 1), sendo realizado sobre os dois sistemas de dessecação. O dimensionamento das parcelas foi de 3 X 7 m, totalizando 21 m2/parcela.

 

TABELA 1.

Trat.

Produtos

Formulação

Igrediente Ativo

Dose

g de ia/ha

Dose de

(L, Kg or g/ha)

DAP

1

Testemunha

-

-

-

-

-

2

Trop

480 CS

glifosato

720

1,5

. Pós1

3

Trop / Trop

480 CS

glifosato

720 / 720

1,5 / 1,5

Pós1/Pós2

4

Trop + Naja

480+240CS

glifosato+lactofen

720+72

1,5 + 0,3

Pós1

5

Trop + Naja

480+240CS

glifosato+lactofen

720+120

1,5 + 0,5

Pós1

6

Trop+ Conquest

480CS+250WP

glifosato+chlorimuron

720+12,5

1,5+ 50

Pós1

7

Trop + Topgan

480+150CS

glifosato+imazaquin

720+105

1,5 + 0,7

Pós1

8

Trop + Vezir

480+100CS

glifosato+imazethapyr

720+ 70

1,5 + 0,7

Pós1

 








·Pós 1 = plantas daninhas 2- 6 folhas

·Pós 2 = 14 dias depois da primeira aplicação

 

 

A variedade utilizada foi Valiosa, variedade com a tecnologia Roundup Ready, a densidade de semeadura foi de 12 sementes por metro linear, na profundidade de 2 a 3 centímetros e espaçamento de 0,50 metros entre linhas. A adubação de base foi constituída da aplicação de 400 kg ha-1 da fórmula 02-18-18.

Os tratamentos foram aplicados utilizando-se um pulverizador costal pressurizado com CO2, acoplado a uma barra contendo seis pontas de pulverização XR 110.02, aplicando-se volume de calda equivalente a 200 L/ha-1.

Foi realizada uma avaliação de eficiência de dessecação na ocasião do plantio. As avaliações de controle de ervas foram realizadas aos 7, 14 e 30 dias após a aplicação dos ensaios pós emergentes. As avaliações de fitotoxidade na cultura da soja foram realizadas aos 7, 14 e 30 dias após a aplicação. Foram realizadas avaliações de controle de plantas daninhas, usando escala percentual variando de 0 a 100%, significando ausência de controle e morte de todas as plantas, respectivamente.

Os demais tratos culturais inerentes da cultura da soja foram realizados conforme os padrões da Fazenda onde ensaio foi conduzido, consistindo em várias aplicações para controle de pragas e doenças, não tendo estas nenhum efeito sobre as características avaliadas no presente ensaio.

Após coleta e tabulação dos dados, estes foram submetidos a analise de variância, sendo as médias das variáveis significativas comparadas pelo teste de Tukey a 5%.

 

Resultados e Discussão

As avaliações do experimento foram realizadas aos 7, 14 e 30 dias após aplicação dos ensaios pós emergentes, onde foi avaliado o controle da planta daninha Comelina bengalensis conhecida como Trapoeraba sendo de muita importância no cerrado e a fitotoxidade dos produtos sobre a cultura da soja.

Após a coleta dos dados das avaliações foi feito o teste de Tukey a 5% com os dados, obtendo resultados importantes.

Avaliações ao 7º dia após aplicação

Com os dados a primeira avaliação teve-se resultados importantes, onde o tratamento 7 foi considerado o pior, usando os produtos Trop + Topgan, sendo os igrediente ativo (ia) o glifosato + imazaquin nas dose 1,5 + 0,7 l/ha, mas estatisticamente não houve diferença entre os tratamentos 7, 2 e 6, no tratamento 2 foi utilizado o Trop sendo assim o ia o glifosato na dose de 1,5 l/ha, já o tratamento 6 foi utilizado o produto Trop + Conquest tendo como ia o glifosato + chlorimuron nas dose de 1,5 + 50 l, g/ha, mas os melhores resultado foram obtidos nos tratamentos 3 e 5 tendo um ótimo controle da planta daninha, os produtos utilizados nos tratamento de melhores resultados foram; tratamento 3 foi usado o Trop / Trop seu ia glifosato na dose de 1,5 / 1,5 l/ha onde foi aplicado 1,5 l/ha na época em que a planta daninha estava com 4 - 6 folhas e os outros 1,5 l/ha foi 14 dias após a primeira aplicação, e no tratamento 5 foi aplicado os produtos Trop + Naja sendo o ia o glifosato + lactofen usando a dose de 1,5 + 0,5 l/ha, mas estatisticamente esses dois tratamentos não houve diferença do tratamento 4 que foi usado os produtos Trop + Naja com o ia glifosato + lactofen com dose de 1,5 + 0,3 l/ha, podendo observar que nos tratamentos 4 e 5 foram usados os mesmo ia mas com dose diferentes assim não tento resultados satisfatório, com analise dos dados ainda houve estatisticamente um resultado intermediário sendo o tratamento 8 que utilizou o Trop + Vezir de ia glifosato + imazethapyr na dose de 1,5 + 0,7 l/ha, podendo ser assim um resultado considerável no controle da planta daninha (Trapoeraba).

Na avaliação de fitotoxidade aos 7º dia após aplicação, o tratamentos 2 e 3 que foram usados Trop e o outro Trop / Trop foram os que obtiveram melhores resultados não tendo nenhuma fitoxidade assim sendo iguais a testemunha estatisticamente, já os tratamentos 7 Trop + Topgan 1,5 + 0,7 l/ha, 8 Trop + Vezir 1,5 + 0,7 l/ha, foram encontrado alguns focos defitotoxidade mas com a recuperação rápida da soja, nos tratamentos 6 Trop + Conquest 1,5 + 50 l, g/ha, 4 Trop + Naja 1,5 + 0,3 l/ha foram encontrado foco de fitotoxidade sendo iguais estatisticamente e o tratamento 5 que utilizou Trop + Naja em 1,5 + 0,5 l/ha foi considerado estatisticamente a pior fitoxidade encontrado na cultura da soja.

Pode-se observar que nessa avaliação o tratamento 3, 4 e 5 foram os que obtiveram melhores resultados no controle da planta daninha Trapoeraba , porem o tratamento 5 teve-se uma alta fitotoxidade na cultura da soja, sendo assim preocupante a utilização dos devidos produtos na cultura, portanto o melhor resultado estatisticamente em vista é o tratamento 3.

Tabela 1: Avaliações no 7º dia após aplicação

 

Trat.

Produtos

Igrediente Ativo

Dose

g de ia/ha

Dose de

(L, Kg or g/ha)

Teste de Tukey 5%

ControleFito

1

Testemunha

-

-

-

0.000000 a1

0.000000 a1

2

Trop

glifosato

720

1,5

60.000000a2

0.000000 a1

3

Trop / Trop

glifosato

720 / 720

1,5 / 1,5

100.000000a4

0.000000 a1

4

Trop + Naja

glifosato+lactofen

720+72

1,5 + 0,3

96.250000a4

40.000000a4

5

Trop + Naja

glifosato+lactofen

720+120

1,5 + 0,5

100.000000a4

50.000000a5

6

Trop+ Conquest

glifosato+chlorimuron

720+12,5

1,5+ 50

62.500000a2

35.000000a4

7

Trop + Topgan

glifosato+imazaquin

720+105

1,5 + 0,7

57.500000a2

10.000000a2

8

Trop + Vezir

glifosato+imazethapyr

720+ 70

1,5 + 0,7

73.750000a3

17.500000a3

 

Avaliações ao 14º dia após a aplicação

Na avaliação do controle da Trapoeraba os melhores tratamentos foram o 3, 4 e 5 sendo todos iguais entre si estatisticamente, já os tratamentos 2, 6 e 7 foram os que obteve piores resultados não diferindo entre si estatisticamente, e o tratamento intermediário estatisticamente nessa avaliação foi o tratamento 8.

Em relação à avaliação de fitoxidade os melhores resultados encontrados foram dos tratamentos 2 e 3 não se diferindo entre si sendo estatisticamente iguais a testemunhaportanto não sendo encontrado nenhuma fitotoxidade na cultura, no entanto os piores resultados encontrados foram nos tratamentos 4 e 5 por terem alto índice de fitotoxidade não houve diferença entre eles estatisticamente, já os outros tratamentos 6, 7 e 8 teve resultado intermediário avaliando a fitoxidade onde houve umadiferença entre eles estatisticamente.

Observa-se então nessa avaliação que o melhor tratamento foi o 3 tendo um bom controle da planta daninha alvo não afetando o desenvolvimento da cultura principal.

Tabela 2:Avaliações ao 14º dia após a aplicação

 

 

Trat.

Produtos

Igrediente Ativo

Dose

g de ia/ha

Dose de

(L, Kg or g/ha)

Teste de Tukey 5%

ControleFito

1

Testemunha

-

-

-

0.000000 a1

0.000000 a1

2

Trop

glifosato

720

1,5

70.000000a2

0.000000 a1

3

Trop / Trop

glifosato

720 / 720

1,5 / 1,5

100.000000a4

0.000000 a1

4

Trop + Naja

glifosato+lactofen

720+72

1,5 + 0,3

100.000000a4

21.250000a4

5

Trop + Naja

glifosato+lactofen

720+120

1,5 + 0,5

100.000000a4

23.750000a4

6

Trop+ Conquest

glifosato+chlorimuron

720+12,5

1,5+ 50

68.750000a2

13.750000a3

7

Trop + Topgan

glifosato+imazaquin

720+105

1,5 + 0,7

71.250000a2

5.000000a2

8

Trop + Vezir

glifosato+imazethapyr

720+ 70

1,5 + 0,7

81.250000a3

5.000000a2

Avaliações ao 30º dia após aplicação

O melhores resultados encontrados após 30 dias a aplicação no controle da Trapoeraba foi os produtos e as doses utilizada nos tratamentos 3, 4 e 5 onde não teve diferença alguma entre eles estatisticamente, já os piores foram os tratamentos 2 e 7 não tendo também diferença entre eles, e os resultados dos tratamentos6 e 8 pode ser considerado intermediários aos outros no entanto eles também não se diferem entre si estatisticamente.

Na avaliação de fitotoxidade os melhores resultados encontrados foram nos tratamentos 1, 2, 3, 7 e 8e os piores foram nos tratamentos 4, 5 e 6 onde o tratamento 6 se difere estatisticamente dos tratamentos 4 e 5. No entanto a fitotoxidade ao longo desse tempo diminui devido a recuperação que a cultura foi tendo durante seu desenvolvimento.

Tabela 3:Avaliações ao 30º dia após aplicação

 

 

Trat.

Produtos

Igrediente Ativo

Dose

g de ia/ha

Dose de

(L, Kg or g/ha)

Teste de Tukey 5%

ControleFito

1

Testemunha

-

-

-

0.000000 a1

0.000000 a1

2

Trop

glifosato

720

1,5

70.000000a2

0.000000 a1

3

Trop / Trop

glifosato

720 / 720

1,5 / 1,5

100.000000a4

0.000000 a1

4

Trop + Naja

glifosato+lactofen

720+72

1,5 + 0,3

100.000000a4

13.750000a3

5

Trop + Naja

glifosato+lactofen

720+120

1,5 + 0,5

100.000000a4

15.000000a3

6

Trop+ Conquest

glifosato+chlorimuron

720+12,5

1,5+ 50

80.000000a3

6.250000a2

7

Trop + Topgan

glifosato+imazaquin

720+105

1,5 + 0,7

71.250000a2

0.000000 a1

8

Trop + Vezir

glifosato+imazethapyr

720+ 70

1,5 + 0,7

85.000000a3

0.000000 a1

Conclusão

Após todas as avaliações feitas concluiu que o tratamento 3 onde foi usado os produtos Trop / Trop de ia glifosato na dose de 1,5 / 1,5 l/ha teve ótimos resultados tanto para o controle da Trapoeraba como na fitotoxidade na soja onde ela se recuperou rapidamente do herbicida não contando influência alguma no seu desenvolvimento, essa aplicação foi feita duas vezes a primeira na época em que a planta daninha estava com 4 - 6 folhas e a outra foi 14 dias após a primeira aplicação, portanto é mais viável fazer duas aplicações com o mesmo herbicida sendo o Trop quem tem como ia o glifosato do que utilizar misturas de dois herbicidas e até mesmo doses diferentes do recomendado assim podendo ter um maior custo de produção.

Referência Bibliográfica

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Autor: Thiago Leal Brito


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