Num Mundo Com Quase 7 Bilhões De Pessoas, O Que Significa Ser Singular?



A singularidade é o tema do momento...

 

Todos os livros, jornais, propagandas falam que cada pessoa é única. E que todo mundo é importante e especial de uma maneira singular.

 

Mas num mundo com  quase 7 bilhões de pessoas, quem se arrisca a levantar a mão com segurança e dizer que é diferente de todos os outros?

 

E o mais importante: como podemos afirmar que somos diferentes, quando no fundo, no fundo, temos sempre o desejo de sermos iguais a alguém?

 

Queremos ser como os nossos heróis.

Queremos ser incríveis, fantásticos.

E diante disso, será que queremos mesmo ser alguém singular?

 

Não...queremos ser importantes, grandiosos...

Mas não necessariamente únicos.

 

Vivemos numa sociedade onde o anonimato é desprezado...

Onde o pequeno é pouco...

Onde o sozinho é vazio...

Onde o que os olhos não vêem o coração não valoriza.

 

Se não conseguimos fazer muito, então não fazemos nada.

Se não conseguirmos mover o mundo, então nem nos movemos.

 

Ontem, enquanto voltava para casa eu vi uma frase pixada em um muro -  que de tão triste e verdadeira - me fez escrever esse artigo.

 

Ela de dizia:

“Todos se comovem, mas ninguém se move”

 

Porque é tão difícil agir? O que nos impede de fazer –  ainda que pouco – alguma coisa, qualquer coisa extraordinária por alguém? Porque sempre temos a sensação de que não é com a gente? De que não temos o suficiente? Não temos, coragem, tempo, dinheiro, força o suficiente... E com certeza existe alguém incrível que irá fazer isso por nós.

 

Vibramos com os feitos de nossos heróis e esquecemos de que também somos extraordinários para alguém. Isso é singularidade. E esse é o tamanho da importância da singularidade para o mundo de hoje.

 

Não queira ser como a Madre Teresa de Calcutá.

Queira ser quem você é. E faça o que você puder fazer.

Pois a própria Madre Tereza, foi quem tantas vezes afirmou:

Se você não pode alimentar 100 pessoas, alimente apenas uma.

 

Madre Tereza foi uma pessoa singular.

Não foi a pessoa que mais fez.

Mas foi alguém que fez e fez com paixão.

 

Nunca deixe o que você não pode fazer interferir naquilo que você pode.

Não importa quem você é, há sempre alguém que o considera importante.

Existe pelo menos uma pessoa que precisa de você.

Existe um trabalho que nunca será feito se você não o fizer.

Existe um espaço que só você pode preencher.

Isso é singularidade.

 

Todos pensam que para ser singular, único, é necessário fazer alguma coisa extraordinária que afete centenas ou milhares de pessoas. Mas a grande verdade é que para ser grande é preciso pensar pequeno. É mais nobre dedicar-se totalmente a um indivíduo do que doar uma pequena parte de si para a multidão.

 

A própria Madre Teresa não concordava com a maneira abrangente de fazer as coisas: “O amor precisa começar com uma pessoa”. E se você se dedicar a ler a biografia dos principais heróis da humanidade, vai perceber que eram pessoas que compartilhavam desse mesmo principio.

 

E se pararmos para pensar (e o meu comentário é destituído de qualquer influencia religiosa) o indivíduo mais famoso que já existiu, Jesus Cristo, dedicou a sua vida a mudar apenas 12 pessoas. E focando em 12 pessoas, ele mudou o mundo. E efeitos disso ecoam até hoje. Essa é à força da singularidade.

 

Se você quer mudar o mundo, comece mudando a si mesmo.

Mude a sua percepção de grandeza.

Depois se dedique a mudar a vida de uma única pessoa...

E  depois de outra, e de outra, e de outra ...

Porque é só assim que se muda o mundo.

Não existe caminho mais curto, mais rápido ou mais fácil.

 

E quando você fizer isso,

Não vai mais precisar levantar a mão para provar ao mundo que é alguém singular. Porque outros já irão espontaneamente fazer isso por você.

 


Autor: Luiza Cunha


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