Soneto II



 

Outra rodada, outra estrada
A caminho da perdição e da luxúria
Estufo o peito, respiro a fúria
Sinto na carne a astúcia renovada

Deixo para trás a existência fadada
Das entranhas profiro um grito de injúria
Corro pelas margens, resisto às lamúrias
E faço um brinde à alma mal-tratada

Por um instante sinto um sutil orgulho
Conexo à exposição de todo o entulho
Que agora jaz. Junto à falsa vida

Não há mais promessas nem nada à frente
Apenas algumas lembranças aparentes
De uma história demasiadamente envelhecida


Autor: Gabriel Villas Boas


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