E Obama Ganhou...



Hoje (05/11/2008), o mundo acordou mais aliviado. Barak Obama ganhou as eleições majoritárias americanas.

O que uma eleição nos EUA tem a ver conosco e com o resto do mundo? Em meio à crise financeira que assola a economia mundial, a vitória de Obama é um sopro de esperança e um novo alento no sonho americano e mundial.

Um planeta mais justo e humano é o que se espera daí, a partir de uma mudança radical na política externa norte-americana e no arrefecimento nas relações internacionais.

Seria talvez o esboço do celebre discurso de Luther King em 28/08/1963 onde este grande cidadão do mundo expressa "Eu Tenho Um Sonho..."?

Desde quando os EUA emergiram como grande nação líder após a segunda grande guerra, com os preceitos fundamentais da "liberdade de expressão" e da "economia de mercado" até chegar aos dias atuais, aplicando seu poderio bélico e tecnológico sobre um mundo que agonizava de fome de alimento e justiça, o mundo esperava e sonhava impaciente com este dia.

E ele finalmente chegou. A Nação Americana se redime de seu passado sombrio de discriminação racial e pode (quem sabe?) reassumir seu papel de líder na construção de um modelo de civilização mais humana e justa.

Poderíamos, num arrobo de otimismo comparar a chegada de Obama à Casa Branca aos momentos históricos que alçaram ao poder o presidente lenhador Abraham Lincoln e ao jovem John F. Kennedy.

Obama nos passa esta sensação de uma figura predestinada que chega num grave momento mundial para cumprir uma importante missão. Temos com ele o direito de sonhar com uma liderança mundial que ultrapassa as querelas regionais e raciais e convida o mundo a uma nova chance e a um novo modelo de convivência entre os povos.

Só a sua figura simbólica já tem o poder de abrir a boa vontade nas relações internacionais e incitar ao diálogo figuras que se acreditavam inimigos ideológicos.

Com Obama no poder o povo americano sinaliza que busca um novo rumo na sua economia interna e uma nova relação com o mundo.

Talvez superada a fase de desconfiança e arrogância, os americanos tenham resolvido que é hora de dialogar mais e brigar menos, é hora de se impor menos e buscar mais cooperação e que talvez seja a hora também de consumir menos e dividir mais.

Com Obama, o olhar severo e agudo da águia americana, talvez se amenize e se solidarize com os povos que tem sido oprimido pelo avassalador poder da sua economia e da sua maquina de guerra?

Talvez com ele, o valentão do hemisfério norte, quem sabe, não se torne mais responsável e solidário com seus vizinhos mais humildes e menos afortunados.

Quem sabe com Obama os EUA abandonem de vez o seu papel de policial do mundo e dono do destino dos povos?

Que Deus inspire do novo presidente americano a conduzir seu país nos primados que serviram de base ao surgimento da grande nação, e ali onde o sonho da democracia, um dia encontrou terreno para prosperar, que seu espírito encontre e retome sua trajetória interrompida pela teoria da política intervencionista e dominatória.

E mais, que Deus o proteja das forças sombrias que conspiram contra o sonho americano e mundial e que podaram no passado tragicamente seus símbolos e representantes.

Que o sonho de Abraham Lincoln, John Kennedy, Luther King possa finalmente ser o sonho de todos os povos do planeta. Afinal temos este direito e poder, mesmo que seja "o sonho de uma noite de verão".


Autor: João Drummond


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