Investigação da Infra-Estrutura do Sistema de Transporte Marítimo de Salvador



INTRODUÇÃO

Apesar de não existir uma única definição de turismo, pode-se observar, a partir dos conceitos trabalhados, que fazer turismo significa deslocamento do homem, voluntariamente para fora do local habitual de residência, sem, no entanto, exercer nenhuma atividade lucrativa. Para LAGE (1998, p. 24), turismo é (...) um conjunto de diversas atividades econômicas, incluindo transporte, hospedagem, agenciamento de viagens e práticas de lazer, além de outras ações mercadológicas que produzem riquezas e geram empregos para muitas regiões e países. Atualmente o turismo é visto como uma estratégia de desenvolvimento econômico e social que serve de alternativa para uma economia local que, muitas vezes, encontra-se estagnada.

O turismo está inserido na economia global e leva a cultura dos brasileiros para os mais distantes países, trazendo a cultura de outras nações. Conhecer novos lugares, novas pessoas e se integrar, são uma antiga paixão e desejo do ser humano e uma característica do homem. Surgindo apartir de então, uma evolução gradativa do turismo no século XXI, como na época das grandes navegações. Foi assim que surgiu o turismo no período do século XIX, com o deslocamento, cujas necessidades principais eram o ócio, descanso, cultura, saúde, negócios ou harmonia familiar.

Com o desenvolvimento da humanidade na sociedade moderna, existem as necessidades de deslocamento, seja ela por meio rodoviário, férrea, aérea ou marítima, como facilitador para movimentar as mercadorias, e as pessoas em férias, viagens de negócios, visitas aos parentes e amigos etc.

Com o auto-índice de crescimento do setor turístico, o turismo se desenvolve de maneira que vão surgindo novas demandas para os segmentos envolvidos, inclusive o de transporte que tem surgido de vários modos e tem se tornado independente, porém inexoravelmente ligados. "A função do transporte na sua qualidade de serviços específicos e separando-o do sistema que integra uma vez imersa no âmbito turístico, permite identificar o serviço e os meios que o realizam".TORRE (2002 p. 7).

O transporte é visto como parte integrante da indústria do turismo, uma vez que proporciona o deslocamento dos consumidores de produtos turísticos, viabilizando à tão esperada viagem. Não existe turismo sem transporte, essa relação é de grande importância para o turista. Com a relação entre origem e os destinos turísticos, eles desejam um relacionamento integral, onde tudo deve estar associado a sua comodidade e rapidez. Eles "exigem redes intermodáis de transportes seguro, confortáveis, acessíveis e eficientes, que possibilitem que períodos preciosos de férias sejam desfrutados em seu potencial máximo". PAGE, (2001). Um dos transportes que satisfação esse desejo é o transporte marítimo que é responsável pelo movimento de mercadorias e pessoas pelo mar em navios. Éusado principalmente para movimentar mercadorias em longas distâncias nos navios de carga ou em viagens turísticas nos transatlânticos.

A procura de serviços de transporte marítimo é uma procura derivada. Efetivamente, a necesidade de tranpostar por via marítima deriva do comércio de mercadorisa entre diferentes países e, por isso, existem tipos de seviços tão diversificados. Para dar satisfação a essas diferentes necessidades, as empresas organizam os serviços de acordo com diferentes fatores: tipos de carga, volumes de carga a transportar, forma de distribuição da carga por parcelas a transportar, local de recepção de entrega, tempo utilizado no percurso entre os dois locais, etc.

Com a oferta de conforto, diversos serviços oferecidos dentre eles:"intensa programação de atividades, possibilidades de relaxar, e desligar-se do cotidiano, opções gastronônicas de qualidade, ambiente refinado e interação social, o cruzeiro marítimo assume uma posição extremamente privilegiada (...), dirijida ao varejo do turismo". AMARAL, (2002, p. 7).

Os turistas descobriram que viajar de navio é vantajoso, pois oferece uma grande variedade de opções de lazer e entretenimento como se fosse um resort flutuante, além de possibilitar a visita a vários destinos cobiçados. A viagem se torna benéfica, pois alia o luxo e conforto dos resorts e hotéis cinco estrelas com a possibilidade de desfrutar de novas culturas, cidades turísticas, atrativos naturais, entre outros.

"Pela variedade de opções de lazer, pelo conforto e pela qualidade das acomodações que oferece, um navio de cruzeiros pode ser definido como um Resort Flutuante". AMARAL, (2002, p. 6).

1. PORTO MARÍTIMO DE SALVADOR (DOCAS)

Na Bahia os portos são criados com equipamentos para navios cargueiros, e não para embarque/desembarque de turistas de viagens marítimas. Por várias ocasiões os passageiros foram tratados como "grãos" nos portos brasileiros, desembarcando em meio a contêineres e mercadorias em geral, faltando-lhes uma atenção maior, segurança, organização e fiscalização. Segundo reportagem CORREIO DA BAHIA, 2007, "a desorganização e o assédio marcam a recepção dos turistas que chegam a Salvador pela via marítima, (...), o porto foi tomado por uma multidão (...), eles se acotovelaram em frente à saída do terminal e disputam passageiros quase às tapas". Essa situaçãonão seria diferente em Salvador.

Durante o período colonial, o Porto de Salvador era freqüentemente denominado "Porto do Brasil", como se não existisse outro ancoradouro em toda a Colônia. A referência traduzia o significado histórico e econômico do porto na vida nacional durante a "Era Mercantilista". Desde meados do século XVI, o ancoradouro funcionou como porto importador de mercadorias procedentes de Portugal e da África e como exportador de produtos tropicais para o Reino. Os produtos exportados pela Bahia, entre os séculos XVI e XVII, para Portugal e as possessões ultramarinas, já era bastante diversificada. Artigos como o açúcar, o pau-brasil, o algodão, o fumo, o couro e a aguardente para lá se destinavam a partir do Porto de Salvador. Mesmo com a transferência da capital da Colônia para o Rio de Janeiro, em 1763, motivada, sobretudo, pela crescente exploração de ouro em Minas Gerais, a importância do Porto de Salvador, não decresceu. A entrada média anual, na segunda metade do século XVIII, foi de pelo menos 90 a 100 navios.

Um porto é um lugar na costa defendido dos ventos, preparado para oferecer segurança aos navios e às operações de transito e armamento. Os portos podem ser naturais ou artificiais. (...) o porto artificial é um porto construído pelo homem, criado com a infra-estrutura necessária. Desse tipo de construções, podemos citar:

- Cais ou dique: construções que contornam e prolongam a beira do mar;

- Molhes: objetivo principal é determinar a entrada dos portos;

- Angras ou enseadas: lugares onde podem ancorar as embarcações;

- Quebra-mar ou dique no mar: sua função é amortecer o choque das ondas e proteger o porto ou a angra;

- Docas: parte protegidas artificialmente que funcionam como fundeadouros e que facilitam a carga das embarcações. TORRE, (2002, p. 32)

Apesar disso, o Porto permaneceu com instalações rudimentares, aproveitando as condições naturais de atracação, por quase 400 anos. Só veio a se tornar um porto organizado a partir do início deste século, depois de longo período de reivindicações destinadas ao melhoramento de suas condições físicas. O Porto de Salvador foi fundado em 1816 sendo que apenas em 1891 a então denominada Companhia Docas e Melhoramentos da Bahia assumiu sua administração, sendo a partir de então responsável por sua operação e obras de melhoria e ampliação.O ano de 1906 assinala o início efetivo das obras de modernização, pouco depois do Banco Etienne Muller e Cia, originário da França, ter aprovado um empréstimo de 75 milhões de francos à Companhia Cessionária do Porto da Bahia. No orçamento aprovado para o projeto das obras, através de decreto federal, incluíram-se as despesas para a construção dos edifícios dos Correios e o do Mercado Modelo, entre outras edificações que hoje marcam indelevelmente a fisionomia do bairro do Comércio.

Em 13 de maio de 1913, inaugurou-se o primeiro trecho do Cais da Alfândega, em solenidade presidida pelo governador Joaquim Seabra. A primeira embarcação a atracar no novo cais foi o paquete "Ilhéus", da Companhia de Navegação Baiana. Imediatamente, foi iniciada a exploração comercial do Porto de Salvador.

Ao final de 1914, o Porto já dispunha de novos trechos de cais implantados e sete armazéns concluídos, com seis em plena operação. Entre os equipamentos, destacavam-se oito guindastes móveis sobre trilhos e três linhas férreas. Abria-se também uma avenida de 20 metros de largura ao longo dos armazéns, numa extensão de 1000 metros, a conhecida Avenida da França. À época, o movimento anual do porto era da ordem de 400 mil toneladas. Ao completar 50 anos de operações, em 1963, foi inaugurada a Estação Marítima Visconde de Cairu, sede da empresa, projetada pelo arquiteto Diógenes Rebouças. O prédio, localizado na Avenida da França, abrigava também o terminal de passageiros. Em 1968, o porto conclui importantes obras, com destaque para o quebra-mar norte, complementando os enroscamentos e aterros de Águas de Meninos e da enseada de São Joaquim. A companhia, no entanto, enfrenta sérias dificuldades financeiras, vindo a ser posta sob intervenção federal em 1970.

Vista aérea do Porto de Salvador.

A inauguração oficial do porto deu-se em 13 de maio de 1913. A publicação do Decreto número 11.236 de 21 de outubro de 1914, especificou as obras a serem concluídas no porto, em prosseguimento aos 750 metros de cais e seis armazéns então inaugurados no ano anterior.

Atualmente, a área do porto organizado está conforme a Portaria – MT no. 239 de 27 de junto de 1996 (D.O.U. de 28 de junho de 1996).

Com tantas transformações e ampliações, hoje o Porto de Salvador apresenta dois tipos de infra-estrutura;

·A marítima que está subdivida em:

Molhes de proteção – área onde os navios ficam aguardando para atracar no porto.

Sinalização e balizamento – sinal para guiar os navegantes, com equipamentos visuais.

Área de manobra – acessos para encostar o navio.

Área de fundeio – onde os navios ficam parados.

Canal de acesso – Canal que liga o alto-mar com as instalações portuárias, dotado de profundidade adequada além de devida sinalização.

Acostagem – encostar o barco no cais.

Dragagem – limpeza do fundo do mar, aumentando a profundidade dos canais de acesso.

Rebocadores - Trata-se de pequenos navios (embarcações), devidamente construídas para auxiliar os grandes navios em suas operações de entrada, saída e manobras nos portos, bem como nas travessias de canais e outras operações de grande porte.

Operador Portuário - São empresas especializadas em realizar as operações de cargas e descargas nos navios. São contratados pelos proprietários dos navios (armadores) ou pelos donos das cargas (embarcadores).

Armadores - Trata-se de empresas que oferecem serviços de transportes aqüaviário (marítimo fluvial e lacustre - podendo ser de LONGO CURSO-INTERNACIONAL ou CABOTAGEM-NACIONAL).

·A terrestre, dividi-se em:

Iluminação; seguranças; sinalização; sanitários; posto médico; ANVISA; Capitania dos Portos; Armazéns; Policia Federal e terminal de passageiros de cruzeiros marítimos.

Ao lado do crescimento do transportes e a demanda por transporte marítimo, o Porto de Salvador deve acompanhar esse crescimento com fatores para contribuir de forma preponderante para o cenário atual – o turismo.

2. O PORTO DE SALVADOR E ATIVIDADE TURÍSTICA

O porto de Salvador é um porto natural pelos seus acidentes geográficos, porém modificado pelo homem. É um porto comercial com a função especial para a economia fundamentada na indústria e no comércio. É um porto de cabotagem e de grande calado que realizam transações comerciais internacionais.

O Porto de Salvador está localizado na Bahia de Todos os Santos, que é uma das maiores do mundo e exibe o título de "Porto de maior movimentação de contêineres do Norte/Nordeste". Com uma grande movimentação de cargas, que cresce ano após ano, no mesmo ritmo cresce o desenvolvimento econômico implementado no Estado. O Porto de Salvador é de grande importância para o turismo e os principais atrativos do Porto de Salvador são as suas características naturais, as mais propícias em todo o Brasil para a atividade portuária. O porto conta com um movimento intenso de navios, porém ainda são poucos os que transportam passageiros, já que a maioria dos que aqui atraca é de carga. A cada ano cresce o número de navios de cruzeiros que acostam no porto de Salvador, criando uma competição com os navios de movimentação de carga.

As operações portuárias são o principal entrave para o desenvolvimento do turismo de cruzeiros marítimo – turismo náutico. O Porto de Salvador tem movimentação intensa de navios, diariamente no período da alta estação nos meses de novembro a março. Tem a capacidade de receber até 7 navios atracados ao mesmo tempo, mais normalmente a chegada é de 2 navios ao dia. A demanda é de brasileiros (Rio, São Paulo, Florianópolis, dentre outros). De 10 cruzeiros que atracam no Porto 3 são estrangeiros, com uma media de 2.000 mil pessoas. Apesar deste grande número de pessoas que circulam dentro do Porto durante a alta estação, o porto não oferece uma infra-estrutura turística adequada, ao qual são encontradas em outros mercados para a atividade que ele proporciona aos turistas.

A Companhia das Docas do Estado da Bahia – Codeba, responsável pelo Porto de Salvador, administrava improvisadamente o receptivo de Navios de Cruzeiros na Estação de Passageiros, para montar a infra-estrutura necessária para o receptivo, a Comissão procurava o apoio da Emtursa, Bahiatursa, Polícias Civil e Militar, SET – Superintendência de Empenharia de Tráfego. A responsabilidade partia do Cais até o portão do Porto. Para tanto, a Codeba instituía, anualmente, uma Comissão de Apoio a Navios de Turismo, composto por seus funcionários e coordenada pelo Setor de Comunicação, para desenvolver atividades voltadas aos turistas durante a alta estação - do mês de novembro a março.No entanto, a Codebaé responsável pela a movimentação de cargas, e não de recebimentos de cruzeiros marítimos e diante disso, em 2002, a Codeba decidiu fazer um convênio com uma instituição, sem fins lucrativos, especializadas na área, para administrar a Estação de Passageiros. No primeiro ano foi feitos um contrato com a ABAV - A Associação Brasileira de Agências de Viagens, e no segundo ano com a SINDETUR – Sindicato dos Guia de turismo, cabendo hoje a Assessoria de Comunicação da Codeba apenas a aparte de divulgação, destacando a importância desse segmento para o mercado turístico.

Recepção de passageiros - agosto 2007.

A partir de 2004 o SINDETUR, Sindicato das Empresas de Turismo do Estado da Bahia, localizado na Avenida Estados Unidos nº. 18-B, Ed. Estados Unidos, Sala 702 Comércioé o representante Legal da categoria no Estado, obteve a administração geral da estação de passageiros. Eles não têm um setor ou comissão especifica de comunicação para trabalhar na área. Dentro da estação marítima no térreo do prédio onde funcionava o escritório do Porto de Salvador, foram realizadas reformas para melhorar o atendimento aos passageiros dos navios de turismo, atracados neste trecho. É onde são montados alguns stands para atender a demanda no período da alta estação, como: joalherias, acesso a internet, câmbio, passeios turísticos etc.

Parte interna da recepção onde são montados os stands – agosto 2007.

Como se pôde observar a atividade ainda engatinha. Não existem instalações especiais para a recepção dos navios e não existe uma estrutura de recepção para os turistas em terra, tudo é improvisado. "É um desapontamento muito grande para o turista fazer um cruzeiro fantástico, mas ao fazer uma excursão, depara-se com (...), terrenos acidentados com buracos (...), ônibus que não possuem uma área apropriada para o luxo de passageiros, taxistas amontoados na saída dos armazéns, ambulantes de toda espécie". AMARAL, (2002, p. 124).

Parte externa em frente à recepção de passageiros, local onde os navios de cruzeiros são atracados – agosto 2007.

Os problemas enfrentados pelo porto apontam a existência de uma lacuna no planejamento regional que coordenasse esforços para a atração do turismo marítimo ao Brasil. Ao lado do conjunto de investimentos em infra-estrutura hoteleira e em serviços, que também será utilizado pelo turista que vem de avião, o porto deveriam examinar a possibilidade de construir terminais especializados para navios de cruzeiro, com as seguintes características:

a) capacidade para receber navios de 200 a 300 metros de comprimento, com 20 a 35 metros de largura e 9 metros de calado;

b) capacidade de atendimento para até 2 mil passageiros, além do embarque de dezenas de toneladas de alimentos para o abastecimento a bordo. Dentre as facilidades necessárias ao atendimento em um terminal turístico especializado destacam-se:

  • Plataformas de embarque e desembarque de passageiro;
  • Instalações para a recepção e o atendimento do turismo (registros de entrada e saída, alfândega etc., ou seja, funções similares às realizadas nos aeroportos);
  • Instalações para os agentes públicos ou privados relacionados ao turismo (estado, prefeituras, autoridades federais, agências de turismo etc.);
  • Instalações para a prestação de serviços de transportes dos turistas para visitas locais (táxis, ônibus, trens turísticos etc.);
  • Instalações para os prestadores de serviços de limpeza e abastecimento de navios, tratamento e disposição de resíduos etc.

O porto prepara todas as programações de navios de cruzeiros marítimos com um ano de antecedência. Nesse período é possível desenvolver projetos para sanar as dificuldades encontradas para satisfazer as necessidades dos turistas, sendo que, o maior número deles são estrangeiros, e por serem estrangeiros tem certo grau de exigência, nos locais onde os navios são atracados. O grande problema do porto de Salvador foi esperar a demanda pelo segmento crescer para se tomar uma iniciativa de melhorias na infra-estrutura turística.

"Em abril deste ano, o Porto recebeu a visita do Porto de Nápoles, na Itália com a intenção de adotar o modelo de gestão do Porto de Nápoles, com o projeto de modernização do Porto de Salvador. A administração dos dois portos firmaram no dia 26 em abril deste ano um acordo de cooperação técnica para troca de experiências. O porto baiano pretende importar o know-how do napolitano, que é considerado um dos mais desenvolvidos da Europa". JORNA TRIBUNA DA BAHIA, 2007.

É neste ritmo, de intensa movimentação, que o porto de Salvador se prepara para novos investimentos em modernização tecnológica e de sua infra-estrutura portuária. "O Porto Pretende liberar dos armazéns 1 e 2 do para execução do Projeto Porto Cidadão, através do qual será criado um novo terminal marítimo de passageiros". Depois disso, a Prefeitura fará uma licitação internacional para exploração da área. Segundo Marcos Cidreira, coordenador do Escritório de Revitalização do Comércio (ERC), "Este é o primeiro passo para a instalação do Masterplan, Projeto de Revitalização do bairro do Comércio, que influenciará na infra-estrutura da área, trazendo melhorias". JORNA TRIBUNA DA BAHIA, 2007.

Atualmente o objetivo do Porto é alcançar uma das melhores posições de destaque dentro do novo mapeamento da infra-estrutura portuária do Brasil, e proporcionar a infra-estrutura necessária para o escoamento de produtos e de cruzeiros marítimos.

CONCLUSÃO

Apesar da procura pelo produto cruzeiro marítimo estar em constante expansão, ainda há muito que se fazer para que o Brasil se torne importante como rota de cruzeiros.

Além disso, a estrutura portuária brasileira dificulta a expansão desse segmento no Brasil. Os portos brasileiros são bastante precários, não oferecem infra-estrutura adequada para os passageiros, sobretudo aos estrangeiros, os quais são mais exigentes. Devido a isso, muitas empresas não incluem o Brasil nas rotas marítimas e quando incluem só ficam atracados um dia nada mais que isso.

Os passageiros que navegam pelo Brasil e desembarcam nos precários portos brasileiros, sem infra-estrutura, provavelmente, não repetirão a experiência, e ainda carregarão consigo uma imagem negativa do país. O problema se tornará ainda mais grave, caso, em algum momento da viagem, o turista for mal atendido.

Para o Brasil se destacar no mercado de cruzeiros marítimos em especial em Salvador, a muito ainda há de ser feito. A procura pelo produto cresce cada vez mais, porém ainda há uma grande carência com relação à estrutura, principalmente portuária.

O empenho na realização deste pode proporcionar um conhecimento e desenvolvimento sobre a importância de uma boa infra-estrutura para receber os turistas, independente do segmento.

REFERÊNCIAS

  • AMARAL. Ricardo. Cruzeiros Marítimos. Mamole, 2001.
  • Jornal Correio da Bahia. Assédio e desorganização irritam turistas no porto. Caderno aqui Salvador, 17/01/2007.
  • Jornal Tribuna da Bahia. Comissão para liberar Armazéns 1 e 2. pág. 13. 17/04/2007.
  • LEAL, Abinael Morais. Dicionário de termos náuticos, marítimos e portuários. Rio de janeiro: José Olympio, 1991.
  • PAGE, Stephen. Transportes e turismo. Porto Alegre: bookmam, 2001.

·Porto de Salvador. Disponível em: www.codeba.com.br . Acesso em: 15, 16 e 17 agost. 2007.

·TORRE, Francisca de La. Sistema de Transportes Turístico. São Paulo: Roca, 2002.


Autor: Andréia Ferreira


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