Interdisciplinaridade e Música: Conceito e Prática



Silas Ribeiro1

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Resumo: Esta pesquisa vem nos esclarecer a ligação existente entre a música e interdisciplinaridade. Mostrar realmente a onde ela se concentra dentro da música seus conceitos, a sua prática. E a necessidade de aplicar a interdisciplinaridade como complemento em todas as ciências. Seu conceito surgiu a fim de resolver de forma satisfatória as exigências políticas, sociais, econômicas. Geralmente seu conceito é muito confundido pelos educadores, que geralmente estão bem intencionados, porém profundamente enganados em relação a ele. O artigo fala da confusão que é feita entre os termos: interdisciplinaridade, integração, multidisciplinaridade, explica as suas diferenças. A interdisciplinaridade, na verdade, busca a construção do conhecimento através da interligação de várias outras ciências, saber de qual forma ela se concretiza, como ela se dá, suas limitações e qual será o resultado de seu auxílio na prática pedagógica, nos dará a visão de como poderemos aplicá-la na realidade musical.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Música. Prática. Educação musical.

1.INTRODUÇÃO

Esse artigo vem trazer o entendimento sobre a aplicação da interdisciplinaridade na música e para isso, ao longo do trabalho esclarecemos alguns pontos importantes sobre o termo, como por exemplo, o motivo de seu surgimento, o conceito da palavra, sua finalidade, suas fraquezas, limitações, suas aplicações. Pois é muito comum que o termo interdisciplinaridade cause certa confusão, visto que há falta de consenso técnico sobre o legítimo significado da palavra. A partir daí são documentados vários exemplos práticos de incorporar a interdisciplinaridade a fim de enriquecer ainda mais as aulas de instrumentos, e outras.

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1Pós-Graduando em Teoria e prática da Interpretação Musical - Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações-UNINCOR.

2.A NECESSIDADE DA INTERDISCIPLINARIDADE

Na educação contemporânea muito se tem dito sobre interdisciplinaridade. Este conceito, ainda difuso, é causador de numerosos questionamentos na área musical. Devido ao fato da música ser uma arte multidisciplinar seus educadores pressupõem estar agindo sempre sob bases interdisciplinares, o que nem sempre acontece. Hoje percebemos a necessidade de um ensino voltado para a formação integral da personalidade do indivíduo, seu desenvolvimento intelectual, psicológico, sócio-cultural e ecológico. Pois o mundo está cada vez mais evoluído em tecnologia e a educação deve evoluir junto com o mundo. Contudo, o que existe é uma defasagem exacerbada do ensino em relação às necessidades profissionais e culturais da sociedade. Por isso se torna primordial rever os paradigmas epistemológicos atuais, a fim de criar novas ferramentas para o aprendizado. Capacitando o ser humano para que este possa criar novos conceitos de ética, cidadania e coletividade.

E é justamente neste momento da história que surge a interdisciplinaridade, em uma sociedade que tem como necessidade resolver de forma satisfatória as exigências políticas, sociais, econômicas. Seu conceito surgiu a cerca de cem anos, advindo de uma necessidade científica. Era preciso ter uma dinâmica inter-relação entre as disciplinas para a construção de um novo sistema científico. A palavra interdisciplinaridade não tem nenhuma semelhança com as palavras multidisciplinaridade e pluridisciplinaridade. Sob a ótica de Sônia Albano de Lima, ela consubstancia-se como uma categoria de ação que tem como meta a transmutação humana para um viver futuro plausível em um mundo igualmente transmutado. Em seu artigo Sônia diz que a interdisciplinaridade impõe-se pela exigência de se criar outro método de análise do mundo, uma vez que as disciplinas isoladas não podiam mais responder satisfatoriamente aos problemas da sociedade contemporânea. Um ensino isolado, por exemplo, um músico que apenas saiba ler partituras e não sabe nada de harmonia, sempre será um músico limitado. Para ele ser um músico mais completo, ele deve possuir também conhecimentos de várias outras matérias harmonia, improvisação, contraponto, polifonia, conhecimento de música popular, música antiga e muitas outras. Se ele apenas súber ler a partitura, de nada vai adiantar. Não que um músico não deva ler partitura, isso é obrigação de um músico, mas e se na hora de uma apresentação bater um vento e levar a partitura para longe, o músico que possuir outros conhecimentos como a harmonia, por exemplo, certamente continuará tocando normalmente, como se nada estivesse acontecido. Mas se pelo contrario ele for subordinado à partitura, então ele irá travar e só voltará a tocar depois de recuperá-la.

A interdisciplinaridade busca o desenvolvimento integral do ser humano, adequá-lo na sociedade. De acordo com as pesquisas de Sônia, a interdisciplinaridade contempla três vertentes básicas:

1° Interdisciplinaridade acadêmica, pautada em princípios teóricos, busca uma síntese conceitual, a unificação do saber científico, a super-ciência e promove uma reflexão cognitiva dos saberes disciplinares em interação. Localizada com mais intensidade na França.

2° Esta é uma vertente americana de ordem instrumental, operacional. Busca respostas operacionais para as questões sociais ou tecnológicas sob a perspectiva das proximidades instrumentais, requer uma saber imediatamente útil, promove uma pesquisa funcional.

3° Vertente brasileira que visa construir uma metodologia de trabalho educacional que se apóie na análise introspectiva da própria docência e das práticas de ensino, de maneira a permitir o ressurgimento de aspectos do ensino e da docência que ainda são desconhecidos.

Sônia afirma que essas três vertentes se aplicadas isoladamente descaracterizam uma ação interdisciplinar, visto que são caminhos a serem compartilhados em maior ou menor escala, priorizando sempre uma ação que busca o sentido, a função e a intencionalidade no objeto investigado.

Para Marília Freitas de Campos Pires (1998, p. 177) a interdisciplinaridade se manifesta na educação como a busca da integração para além da troca de informação sobre objetivos, conteúdos, procedimentos e compatibilização de bibliografia entre docentes, pois é uma tentativa de maior integração dos caminhos epistemológicos, da metodologia e da organização do ensino nas escolas.

Durante as aulas de instrumento fala-se sobre percepção dos sons, intervalos dos sons, apreciação musical, análise das partituras, conhecimento de história da música, interpretação, origens da música, suas influências. Quando apenas falamos teoricamente estamos fazendo menção à sua multidisciplinaridade, pluralidade. Mas quando colocamos todas essas multifacetas em prática isso é interdisciplinaridade. Na aula de heavy metal primeiramente aprende-se a tocar o blues e só depois é que o professor irá inserir-lo no heavy metal. A prática dos solos permite a realização da interdisciplinaridade.

Gaudêncio Frigotto explica que o caráter do trabalho interdisciplinar decorre da própria forma do homem produzir-se enquanto ser social e enquanto sujeito e objeto do conhecimento social. Ou seja, a forma que o homem se projeta em uma sociedade. A produção do conhecimento só encontra sua efetiva materialidade histórica no conjunto de práticas e relações que os homens produzem num determinado tempo e espaço. Para que o trabalho interdisciplinar se efetive existe a necessidade de transcendermos a fragmentação e o plano fenomênico.E isso ocorre o tempo inteiro no estudo da música, não é preciso nem dizer.

2.1.O PROBLEMA QUE ENVOLVE A INTERDISCIPINARIDADE

Contudo, Frigotto explana que a interdisciplinaridade se apresenta como problema pelos limites do sujeito de uma determinada realidade e pela complexidade dos fatos históricos. Para a teoria materialista os fatos (a realidade) vêm antes da teoria. Esse pressuposto indica que o processo de conhecimento implica em uma ação ativa, em um trabalho por parte do sujeito. Esse sujeito, porém, é cheio de limitações advindas de sua formação. Frigotto diz que fazer um inventário crítico deste conformismo teórico, ideológico e cultural é necessário para a construção do conhecimento. Entretanto, mesmo que se atinja um grau altamente elevado de capacidade crítica, nenhum sujeito é capaz de exaurir determinada problemática. O conhecimento humano é visivelmente limitado, relativo, parcial, incompleto como afirma o autor. Por isso que é preciso esclarecer, revelar, expor toda a realidade de um fato. Conhecer a realidade é um grande desafio, ela deve ser explicitada na integridade das características e qualidades da totalidade. Para Frigotto é justamente ai que o trabalho interdisciplinar se apresenta como um problema. Frigotto esclarece que esse problema situa-se na forma histórica concreta mediante a qual os seres humanos estabelecem suas relações sociais de produção. Neste plano o homem se produz enquanto ser da natureza, individuais, mas sempre enquanto seres resultantes das relações sociais. Nesta materialidade que produzem suas idéias, teorias e concepções. E sabemos muito bem sob quais condições históricas se tem construído o processo de vida real dos homens, relações de: dominação, exclusão, alienação, desigualdade e divergências entre classes ou grupos sociais. Em todas as épocas as classes dominantes, além da força material, tinham também suas idéias em predominância – força intelectual. E geralmente as idéias das pessoas que dependem dos governantes, que carecem desses meios ficam subordinadas a eles, como afirma Marx e Engels. Esse tipo de relação atrasa, limita e impede o devenir humano. Frigotto é categórico em dizer, que a produção do conhecimento só se dará de forma mais efetiva na medida em que for sendo rompidas as relações sociais que fornecem a base material destes limites. Superação da divisão entre trabalhos manuais e intelectuais, dentre outras, e a superação da sociedade de classes.

3.O PROFESSOR E A PRÁTICA INTERDISCIPLINAR

Ivani Fazenda registrou revelações importantes e interessantes, em pesquisas realizadas entre 1987 a 1989 e entre 1989 a 1991, sobre as características de um professor interdisciplinar, afirmou que ele deve ser um pesquisador, com alto grau de comprometimento para com a aprendizagem dos alunos, que se utiliza, sempre, de novos procedimentos de ensino, etc. Em seu segundo trabalho, desenvolveu uma metodologia de trabalho interdisciplinar e cujo designo principal residia na conscientização do professor como sujeito de sua própria ação. Num primeiro momento, uma prática pedagógica interdisciplinar pode vir a ser utilizada, de uma ação intradisciplinar, ou seja, do estabelecimento de relações entre uma matéria (disciplina-mãe, matriz) e demais disciplinas aplicadas. A intradisciplinaridade corresponde às relações intrínsecas entre a matéria e as disciplinas que derivam da primeira.

Ela é um tipo de abordagem e conduz a uma ordenação específica do processo ensino-aprendizagem, notadamente no plano dos conteúdos e das atividades. Desta forma, os professores podem proporcionar aos alunos uma aprendizagem simultânea dos saberes e dos métodos comuns a várias disciplinas. Neste sentido, a interdisciplinaridade reordena conhecimentos diversos chegando a provocar um conhecimento novo. Segundo Gadottiem termos metodológicos, a prática pedagógica interdisciplinar implica em:

a) "integração de conteúdos;

b) passar de uma concepção fragmentária para uma concepção unitária do conhecimento;

c) superar a dicotomia entre ensino e pesquisa, considerando o estudo e a pesquisa, a partir da contribuição das diversas ciências;

d) ensino-aprendizagem centrado numa visão que aprendemos ao longo de toda a vida (educação permanente)". (Gadotti, 2000, pág. 222).

4.INTERDISCIPLINARIDADE E INTEGRAÇÃO

Cristina d'Ávila Maheu afirma que freqüentemente a interdisciplinaridade é confundida com a idéia de integração. Para ela as duas são complementares, porém não significam jamais a mesma coisa. Maheu diz ainda, que a integração entre os conteúdos de diferentes disciplinas constitui-se como um processo interno, relativamente ao sujeito que aprende, é um processo construtivo, em que o sujeito cognoscente apropria-se dos objetos de conhecimento de modo a perceber as interconexões entre os mesmos, tornando-se assim, capaz de vislumbrar, de compreender a realidade, numa perspectiva de totalidade. A interdisciplinaridade não é uma categoria de conhecimento, mas de ação. Não significa, tampouco, a integração de conteúdos, mas a inter-relação entre as disciplinas, em se considerando seus objetivos e metodologias próprias. Interrelacionar não é integrar, globalizar, perdendo-se de vista a especificidade de cada objeto de conhecimento. Uma ação pedagógica interdisciplinar requer, antes de tudo, uma atitude interdisciplinar. E, no limite, interdisciplinaridade faz-se, antes, entre os indivíduos para, só depois, concretizar-se na inter-relação entre as disciplinas. Através do estudo de qualquer instrumento o aluno percebe facilmente que há integração entre as matérias, ele toma consciência disso, mas a partir do momento que o professor de música acrescenta às aulas de instrumento, aulas de percepção, por exemplo, ai sim ele estará praticando a interdisciplinaridade. Na integração o aluno toma conhecimento da relação entre as matérias, enquanto na interdisciplinaridade ele age, ele põe em prática essas ligações existentes entre elas.

Segundo Maheu a interdisciplinaridade vem para nos trazer a busca de uma ressignificação da idéia de disciplina com seu hipotético objeto formal. Não o nega, mas o fortalece, adquirindo assim uma nova forma de acesso ao real. "Essa nova abordagem é possibilitada ao submetê-la a um tratamento eminentemente pragmático, em que a ação passa a ser o ponto de convergência e partida entre o fazer e o pensar da interdisciplinaridade" (FAZENDA, 1995, pág. 67).

Essa atitude tem em vista o fortalecer a identidade das disciplinas, ela é dependente do seu desenvolvimento efetivo, da sua maturidade em relacionar-se com as demais. E assim desmascara a pretensão de supremacia de certas ciências. A interdisciplinaridade é uma categoria de ação, agir implica em ter uma intenção, assumir uma atitude, em se considerando as condições de espaço e de tempo. É um projeto coeso, coerente, de revisão sistemática e permanente dos seus postulados.

Ivani Catarina Arantes lançou o livro "Práticas Interdisciplinares na Escola" onde apresenta uma coletânea de dezesseis textos de autores que estudaram durante um ano sobre o assunto.Foram escolhidos alguns capítulos para serem expostos neste artigo, a fim de dar ênfase a algumas questões sobre a interdisciplinaridade: No segundo capítulo a autora Maria Elisa de M. P. Ferreira fala sobre "Ciência e Interdisciplinaridade". A autora se refere à interdisciplinaridade como sendo uma questão de atitude, ela diz que é a externalização de uma visão holística de mundo. A autora afirma que hoje, a unidade e a totalidade do universo exigem o repensar da ciência fragmentada e o significado de interdisciplinaridade, considerado o prefixo "inter" como "troca" e disciplina "ciência": daí o ato de troca, de reciprocidade entre as áreas do conhecimento. "Ser interdisciplinar é saber que o universo é um todo [...]". Os compositores modernos como Debussy, Stravinsky tiveram a possibilidade de estudar todos os compositores que os antecederam: os da renascença, barroco, clássico, românticos. A música de cada período envolve diferentes conhecimentos, aí existe uma troca de conhecimento dos vários tipos diferentes de composições e compositores. No quinto capítulo: "Introduzindo a noção de interdisciplinaridade" Sandra Lúcia Ferreira utiliza-se de uma metáfora para conceituar a interdisciplinaridade. Ela disse que o conhecimento é uma sinfonia. E que para a sua execução, muitos elementos devem estar presentes como: os instrumentos, as partituras, os músicos, o maestro, o ambiente, a platéia etc; o projeto é a execução da música; a participação de todos é necessária para que a sinfonia aconteça; a integração é importante, mas não é fundamental; para sua execução é preciso harmonia do maestro e a expectativa dos que assistem. Sandra assegura que a interdisciplinaridade tem a idéia norteada por eixos básicos: a interação, a humildade, a totalidade, o respeito pelo outro e é também marcada pelo sentimento de intenção consciente, clara, objetiva e não apenas pela interação de todos os elementos do conhecimento. Existem muitos outros autores como Paulo Freire, Moacyr Gadotti, por exemplo, que deram o embasamento teórico necessário para que o grupo, através de uma reflexão, tivesse a possibilidade de avanços, deixando de lado os conhecimentos tradicionais, transpondo as barreiras da insegurança, para se tornar capaz de ousar na busca, na pesquisa, na inovação, na construção do projeto interdisciplinar.

5.A INTERDISCIPLINARIDADE NA MÚSICA

Segundo Ivani Fazenda, os primeiros passos são: o diálogo, a troca, o encontro com o outro, pois todo encontro supõe um confronto de idéias; o próximo passo seria a ação: a ação possui natureza ambígua e tem como pressuposto a incerteza, porque trata com a complexidade dos saberes. Portanto, precisa do domínio da interdisciplinaridade como metodologia (conhecimentos disciplinares, culturais, pedagógicos, didáticos e práticos). A ação levará à mudança de currículos, de práticas e de conteúdos; Em seguida fundamentar novas idéias, novas tendências e elaborar uma metodologia que possibilite a vivência da interdisciplinaridade, nas escolas, na música. Contudo, a rigidez das estruturas institucionais e os orçamentos quase sempre precários são obstáculos. Além disso, muitas vezes as metodologias de ensino não dão abertura ao questionamento.

Quanto à música é óbvio que ela envolve a interdisciplinaridade. O ensino do instrumento deve ser acompanhado de percepção musical, história da música, apreciação musical, prática de conjunto e uma série de outras matérias que são complementares. Vários autores concordam que a interdisciplinaridade se caracteriza pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas, no interior de um projeto específico de pesquisa.

O canto coral, por exemplo, assim como em qualquer manifestação musical, pode provocar um desejo pela interdisciplinaridade, uma busca natural de vários tipos de conhecimentos artísticos. Pois, a partir da experiência musical vivenciada, os integrantes do coro podem interessar-se pela literatura, pelas artes plásticas e até mesmo por outras ciências e técnicas, como bem coloca Snyders (1992). Aliás, o conceito da interdisciplinaridade para o canto tem significativa relevância para a compreensão da complexidade do ato de cantar: os fundamentos otorrinolaringológicos, pneumológicos e fonoaudiológicos devem sempre andar junto com o canto, pois problemas advindos de uma má classificação, dentre outros, por exemplo, podem trazer ao cantor sérios riscos para a sua saúde vocal. A presença da interdisciplinaridade ocorre também na prática dos outros instrumentos, mas de formas diferentes.

O guitarrista que resolver estudar violão clássico, por exemplo, terá possibilidade de ampliar significativamente seus conhecimentos de outras culturas e épocas, pois o violão é clássico, o repertório é completamente diferente e as técnicas necessárias para a performance instrumental também são totalmente diferente. Isso enriquecerá a bagagem musical do instrumentista que terá acesso a vários tipos diferentes de técnica e informações valiosas que servirão para complementar seu estudo. A Matemática está presente todo o tempo na música no temperamento dos instrumentos, na escrita das partituras, no andamento, no ritmo, na duração das notas, e muitas outras coisas a mais estão relacionados com os estudos matemáticos. Pode-se dizer ainda que a música está relacionada com razões, curvas exponenciais, funções periódicas e ciências da computação.

CONCLUSÃO

A educação contemporânea precisa da interdisciplinaridade, aliás, a interdisciplinaridade já nasceu com a finalidade de resolver de forma satisfatória as exigências da sociedade, pois as disciplinas isoladas não surtem mais efeito com a evolução do mundo. A prática pedagógica precisa de mudanças no seu paradigma, ela precisa evoluir junto com o mundo. Senão ela não acompanhará o ritmo do homem e perderá seu efeito sobre ele, como acontece na educação no Brasil. Os métodos geralmente são antigos e não funcionam mais, esse e mais um dos motivos na defasagem da educação no país. A pratica interdisciplinar na música é algo que pode ser alcançado facilmente, pois a música assim como todas as ciências, musicais ou não, têm ligações entre si, então é simplesmente associá-las de acordo com o objetivo que se deseja alcançar e colocá-lo em prática

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

LIMA,Sonia Albano de. Interdisciplinaridade: Uma prioridade para o ensino musical.v. 7,n.° 1, São Paulo: Música Hodie, 2007, p. 51-65. ISSN 1676-3939.

FAZENDA, Ivani. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. São Paulo, Ed. Papirus, 1995, 2a edição, p. 67.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org.). Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo: Cortez, 1993

GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artes médicas, 2000.

BOCHNIAK, Regina. Questionar o conhecimento: interdisciplinaridade na escola ... e fora

dela. São Paulo: Loyola, 1992.

FRIGOTTO, Gaudêncio. A interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas ciências sociais. v. 18, n. 2, p.63-72, jul/dez. Porto Alegre:Educação e Realidade, 1993.


Autor: Silas Ribeiro


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