Parte 1 – História e o Significado do Outsourcing



Como todas as novidades e nomenclaturas, na maioria das vezes são copiadas de fora, este termo também veio chegar até nós, e, alguns profissionais ainda confundem sua tradução e aplicação. Então vamos definir, resumindo, este termo e sua funcionalidade.

O Outsourcing é uma prática que data do começo da era moderna. Este conceito não é novo, desde que muitas companhias fizeram dele uma estratégia de negócios.

No começo da era pós-industrial, começa uma grande competição nos mercados globais. O conceito do Outsourcing começa a ganhar credibilidade no começo da década de 70 focalizando, principalmente, nas áreas de informação tecnológica das companhias. Ás primeiras companhias a dar inicio e executar modelos de outsourcing eram gigantes como EDS, ARTHUE ANDERSEN E WATERHOUSE.

Outsourcing é um termo criado em 1980 para descrever a crescente tendência de grandes companhias que estavam transferindo seus sistemas de informação à provedores externos.  Em 1998, Outsourcing alcançou uma cifra de negócios a nível mundial de cem milhões de dólares. De acordo com estudos recentes hoje está alcançando a marca de 282 milhões de dólares.

No final dos anos 90, o Outsourcing, apresentou duas tendências, uma aonde as empresas concentram seus esforços em atividades essenciais e outra onde há uma concentração quanto ao valor da informação. De modo geral, no Brasil, o termo está sempre relacionado com o fornecimento de tecnologia. A mão-de-obra também faz parte do outsourcing, mas não da mesma forma como até então a bem conhecida terceirização de pessoal, onde o trabalho sempre fora puramente "braçal" com pouco uso de tecnologia.

Nos últimos anos, o mercado mundial de outsourcing, tem se expandido muito rapidamente e novos setores aparecem e se transformam em novas possibilidades de negócios para as empresas brasileiras. O outsourcing apresentou duas tendências, uma onde as empresas concentram seus esforços em suas atividades essenciais e outra onde há uma concentração quanto ao valor da informação. Em um modo geral, no Brasil, o termo outsourcing está relacionado com o fornecimento de tecnologia. A mão de obra também faz parte do outsourcing, mas não da mesma forma como na até então já bem conhecida terceirização de pessoal, onde o trabalho sempre fora puramente braçal com pouco uso de tecnologia.

Na União Européia, o termo outsourcing, tem um significado mais próximo do original e é utilizado para designar o recurso de fora da organização; recursos que não possui internamente.

*Outsourcing (em inglês, "Out" significa "fora" e "source" ou "sourcing" significa fonte) designa a ação que existe por parte de uma organização em obter mão-de-obra de fora da empresa, ou seja, mão-de-obra terceirizada. Está fortemente ligada a idéia de sub-contratação de serviços.

Em outras palavras, outsourcing é a transferência das atividades como conhecidas como atividades meio, e nunca as atividades fins (produto final ou serviços), para uma empresa terceirizada.

É fato amplamente conhecido que, nos últimos anos, o mercado de tecnologia da informação vem enfrentando severas pressões, decorrentes de inúmeros fatores, dentre os quais podemos destacar, do lado dos fornecedores, a crescente competitividade entre os diversos players e, do lado dos clientes,a maior exigência por resultados e restrições nos orçamentos de TI.

Com orçamentos mais apertados e cobranças cada vez maiores por investimentos que resultem em retornos rápidos e seguros, *CIOs e Administradores de Tecnologia têm, a difícil missão de gerenciar os conflitos provenientes das diferentes prioridades de sistemas, investimento e tempo. Desta forma, surge uma nova percepção de valor nas empresas usuárias de Tecnologia e Informação, que agora buscam na tecnologia novas formas de redução de custos, melhoria operacional e retorno rápido dos investimentos.
*CIO - Chief Information Officer (Chefe de Tecnologia) ou o nome de um cargo dado ao responsável da área de TI (Tecnologia de Informação) de uma empresa.

Este cenário adverso fez com que profundas mudanças fossem desencadeadas no ambiente competitivo das empresas, sobretudo na área de serviços. Diante de margens cada vez mais achatadas, diversos fornecedores de hardware e software passaram a oferecer também serviços, com o objetivo de diferenciar-se, ampliar suas margens de lucro e reter seus clientes (fidelizar).

Paralelamente, a grande maioria dos pure-players de serviços de Tecnologia da Informação tem procurado rever seus portfólios nos últimos anos, motivada, principalmente, pela nova percepção de valor dos clientes e pelos primeiros sinais de maturidade apresentados por algumas categorias mais tradicionais de serviços, como desenvolvimento integração e suporte.

Mauricio Monteiro: "Analista sênior de mercado e serviços de TI da IDC Brasil, relata que as novas categorias de serviços ganharam importância, com destaque para a de Terceirização, cujos negócios vêm rapidamente se multiplicando, impulsionados pela busca obsessiva das empresas por redução de custos e melhoria da performance operacional de seus ambientes de tecnologia e telecomunicações. Comenta ainda que estes novos serviços, juntamente com as duas categorias tradicionais, formam o chamado Outsourcing de Primeira Geração".

Atualmente, o Outsourcing de Primeira Geração representa praticamente todo mercado de terceirização no Brasil e encontra-se em plena fase de crescimento no ciclo de vida mercadológico

Mais recentemente, entretanto, o Outsourcing "de Segunda Geração" começou a ser difundido pelas empresas líderes do mercado de terceirização. Estes serviços, também chamados de Managed Hosting Services, são representados, por exemplo, pelos serviços de Software as a Service, que constituem o outsourcing tradicional de aplicações oferecido na forma de um gerenciamento flexível e de alto nível, de acordo com a demanda das necessidades de negócio do cliente.

Tal conceito também pode ser aplicado facilmente aos serviços de gerenciamento de infra-estrutura. Finalmente, a evolução natural das primeiras e segundas gerações de outsourcing levará à terceira geração, que forma o chamado Utility Computing, que compreende a oferta de serviços e tecnologia em tempo real e em qualquer lugar, de forma totalmente maleável e de acordo com a demanda, tal qual hoje são utilizadas eletricidade e água.

Embora possa parecer à primeira vista, uma tendência um pouco visionária, o Utility Computing. deverá sem dúvida, tornar-se realidade em longo prazo, à medida em que a virtualização dos ambientes tecnológicos for sendo incorporadas ao dia a dia das empresas pelas demais gerações de serviços de Terceirização e, para que este conceito se torne realidade, alguns paradigmas terão que ser quebrados, sobretudo no que diz respeito a TI é hoje percebida como acelerador/facilitador de mudanças nas organizações.

A legislação no Brasil sobre serviços terceirizados poderá ser diferente para os setores público e privados. Um projeto será apresentado para regulamentar à terceirização no setor público, uma das propostas analisadas, o Projeto de Lei 4330/04, foi duramente criticada por representantes das centrais sindicais, o projeto regula o contrato de prestação de serviços por terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes, entre as normas sugeridas na proposta, está a previsão de responsabilidade subsidiária da empresa contratante dos serviços com obrigações trabalhistas, segurança e saúde do trabalhador.

O projeto ainda prevê que a empresa prestadora de serviços terceirizados deverá apresentar capital social compatível com o número de empregados e ficará proibida de usar trabalhadores em atividades distintas das estipuladas em contrato.

Esta proposta ignora premissas constitucionais e isenta as empresas prestadoras de serviços terceirizados de responsabilidade em relação aos funcionários, uma lei a respeito da terceirização deve conter a proteção ao trabalhador e levar em conta a questão social, a terceirização entrou no Brasila partir da década de 90 e foi um fenômeno novo que alterou as relações de trabalho.

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Autor: NELSON BATISTA DE SOUSA


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