A Identidade da Vida Religiosa Laical



I. A IDENTIDADE DA VIDA RELIGIOSA LAICAL

Nos dias 15 e 16 frater Henrique Cristiano trabalhou A IDENTIDADE DA VIDA RELIGIOSA LAICAL na Igreja. Fratter Henrique, e membro da congregação dos Fratters de Nossa Senhora da Misericórdia.

Nesses dois dias ele trabalhou os seguintes temas:

1.1.A Identidade da Vida Religiosa Laical - Ao começar trilhando os documentos do Concilio Vaticano II, discorrendo sobre a temática da Vocação e da Laicidade, expressado na Lúmen Gentium, 1 a 9.

1.2.A Fraternidade como ideal evangélico da consagração do irmão – ressaltando a teologia do n. 60 do doc. VC: Irmãos em Cristo profundamente unido a Ele – aceitos e amados intensamente; Irmãos entre si no amor recíproco - os irmãos religiosos são reconhecidos enquanto amarem-se uns aos outros; Irmãos de todos os homens – a universalidade da fraternidade – no testemunho da caridade; Irmãos para a fraternidade na Igreja – O irmão religioso lembra a todos que ser fraterno e marca referencial da pessoa de Cristo;

Ser irmão religioso na igreja hoje constitui um inestimável dom de Deus. Isso deve ser um marco referencial para o discernimento vocacional dos jovens. O religioso irmão deve suscitar o entusiasmo pela vida laical da fraternidade, concluiu fratter Henrique.

II - A EXPERIÊNCIA FUNDANTE DA VIDA RELIGIOSA

Dia 16/01, fratter Henrique trabalhou a dimensão da A EXPERIÊNCIA FUNDANTE DA VIDA RELIGIOSA, desta reflexão, destacou os seguintes pontos:

Experiência fundante da VR: "Só Deus basta".

Experiência Ministerial (Serviço Apostólico) – às vezes finalidade principal da entrada na vida religiosa.

Em busca de uma auto-compreensão da consagração religiosa (Estudo em grupo). Das discussões nos grupos brotaram muitas questões que a medida do tempo foram respondidas e explicadas por frater Henrique.

Dia 17/01 não houve trabalhos! Os participantes, com exceção de fr. Teobaldo, foram a um passeio em Caldas Novas-GO, cidade turística. Este lugar se caracteriza pelas piscinas de "Aguas quentes". Todo o grupo ficou muito lisonjeado pela dedicação da equipe em procurar tão belo espaço para o lazer do encontro. Parabéns aos organizadores: fr. Juracy, fr. Helio Aparecido e fr. Homero.

III. UMA ORDEM DE IRMÃOS MENORES

Dia 18/01 frei Jose Gomes (Prov. SP) abordou o tema franciscano UMA ORDEM DE IRMÃOS MENORES, trilhando o seguinte esquema: a partir de uma leitura histórico-crítica; causas da clericalizacao; recorrer as fontes.

De sua reflexão destacamos os seguintes pontos:

Propôs ao se deter nessa distinção inexistente de irmão clérigo e não clérigo. No pensamento de Francisco não existe essa diferença. Para Francisco, todos somos irmãos menores.

Os Escritos de Francisco foram por muito tempo deixado de lado. Quem primeiro procurou organizar esse documentos foi Bartolomeu de Piza. Somente em 1904 temos um uma organização desses documentos. Graças a Paul Sabatier, pastor calvinista, temos um verdadeiro despertar do franciscanismo. Entre os documentos franciscanos, o Testamento manifesta a grandeza da experiência religiosa de Francisco, o mesmo esta divido em três blocos: recordação, exortação e a bênção.

Dentre os aspectos de conversão, o encontro com o leproso e o episodio que mais toca a pessoa de Francisco. Com o leproso ele descobre o valor do outro e então, sai do século, o que considera como critério, para deixar a lógica do mundo, a fim de poder dedicar-se aos pobres e marginalizados.

Encontro com o Evangelho: "...ninguém me ensinou o que devia fazer, mas o Altíssimo mesmo me revelou o que eu deveria viver segundo a forma do santo Evangelho".

Nossa vida fundamenta-se no seguimento de Cristo. O seguimento sobrepõe o "fazer". O ser deve nos levar a uma profunda identificação.

Segundo algumas obras (Tomas de Celano...) os primeiros frades tinham uma única preocupação: apresentar o grande dom da Fraternidade. Francisco e apenas uma figura motivadora para esta experiência.

Encontro de Francisco e Inocêncio III – período em que a Igreja esta em ruínas. Grande incidência de movimentos heréticos (Cátaros, Valdenses...)– Francisco e seus companheiros se apresentam ao Papa com o intuito de pedir a aprovação da fraternidade.

Características essenciais do Testemunho: renuncia dos bens; a Oração, o uso do habito; o Trabalho como opção de vida.

Causas da clericalizacao: - clérigos e leigos – não e uma questão exclusiva da ordem. Varias causas:

respeito de Francisco ao sacerdote dentro e fora da Ordem;

o aumento progressivo do numero e prestígio dos clérigos;

a pregação doutrinal para qual a própria Regra exigiaespecial aprovação.

O impulso crescente que os papas deram ao impulso pastoral dos frades;

9.5 O trabalho pastoral e a pregação exigiam uma maior preparação intelectual e presença nas universidades;

9.6. A sacerdotalizacao da Ordem e entendida por alguns historiadores, como o pecado mortal da mesma. Por isso definitivamente os irmãos foram impedidos de assumir os serviços de – guardião, e custodio – não podendo mais assumir os serviços de ministro provincial e geral;

Os irmãos passaram a dedicar-se aos trabalhos em função dos irmãos clérigos;

Um outro ponto alto e eleição de Boaventura em 1257, onde foram aprovadas no Capitulo, as Constituições de Narbona, na qual fora reafirmado com mais veemência o aspecto da clericalizacao. Os irmãos foram proibidos de aprender a ler (Rnb 10,8).

O nascimento dos Capuchinhos no interior da observância, com o desejo de renovação. Os capuchinhos compõem-se como uma fraternidade composta de irmãos leigos e clérigos. contemplação e Apostolado.

As ordenações de Albatina 1529: não faz distinção entre os irmãos, acentua o respeito aos mais velhos em idade.

As Constituições de Santa Eufêmia e,m 1525 a 1536 – texto fundamental para perceber a forca inspiradora do carisma. Acentua-se a dimensão da imitação de Cristo.

10. Regulamento provincial de 1594 – Escrito por frei Hipólito de Bergamo.

Da exposição de Frei Gomes, os participantes tiraram algumas impressões, desafios, questionamentos:

vemos luzes na autenticidade dos irmãos leigos como elemento fundamental na preservação do carisma;

diante de toda uma ideologia que nos e passada, o mais importante e o serviço a Igreja, como mãe de todos nos, a qual nosso pai São Francisco tanto amou e venerou. Contudo, os frades não devem almejar cargos altos para engrandecer a si mesmo. O que deve brotar deste encontro e a consciência de uma autenticidade de vida a fim de ajudar aquelas províncias que ainda tem dificuldade de aceitar o irmão;

E fundamental que todos nós, busquemos regatar nossa identidade dentro e fora da fraternidade, os valores pertinentes a ela, a fim de salvaguardar nossa experiência de vida consagrada. Esse encontro vem a reforçar esse ideal e nessa perspectiva;

Como resgatar as grandes figuras de nossa Ordem, como os santos, humildes figuras de testemunho evangélico?

Seria bom que em todas as fraternidades nossas houvesse as duas figuras: o irmão clérigo e o irmão leigo, a fim de enriquecer mais o nosso carisma e nossa pastoral;

AGIR

Durante todo o dia 19/01 trabalhamos na elaboração das Proposições. A equipe organizadora propôs as seguintes linhas motivadoras para a elaboração das mesmas:

Nos acreditamos, estamos convictos que - qual o traço fundamental de nossa identidade?

Ministérios fraternos – o que nos queremos? – (Uma ação em nível provincial, local ou pessoal).

Formação para a nossa vida – as mesma dinâmica.

Pastoral -,....

Profissão – qualificação profissional.

Sonhamos

Outros....

Leitura das Proposições

Paz e Bem!


Autor: Fernancio Barbosa


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