Administração Virtual



RESUMO: A organização virtual é entendida como uma empresa baseada nas informações em tempo real, desencadeada pela fusão da telecomunicação com a informática.

A administração virtual espelha um poder de informação positivo, ou seja, em tempo real e com confiança nos relacionamentos. Sendo assim, ela exige uma maior participação e um grande espírito de equipe, além de uma excelente interação com o mercado.

 

Palavras-chave: Administração virtual, gestão virtual, modelos de gestão.

 

ABSTRACT: The virtual organization is understood as a company based on the information in real time, unchained for the fusing of the telecommunication with computer science. A virtual administration it is besed one to be able of positive information, or either, in real time and with confidence in the relationships. Being thus, it demands a bigger participation and a great spirit of team, beyond an excellent interaction with the market.

 

1. INTRODUÇÃO

Para DAVIDOW (1993), o controle da empresa é dado por redes internas denominadas intranets, que controlam as entradas e saídas de informações da organização e gerencia suas respectivas funções, fazendo com que fornecedores e clientes que estão se utilizando de seus serviços se sintam satisfeitos; tal controle é conhecido como controle on-line.

 

Existem quatro tipos de administradores virtuais, sendo:

1º: Os Pioneiros: desenvolvem novos produtos e criam mercados completamente novos, tais como comércio eletrônico, softwares específicos.

2º: Os Reformadores: desenvolvem Hardware e Software para dirigir de maneira inovadora mercados preexistentes. Exemplos: Casas de leilão, comércio de automóveis, mediação de empregos.

3º: Os Multiplicadores: caracterizam-se por usar as novas técnicas em relação a novos serviços, como provedores de serviços de Internet.

4º: Os Guerrilheiros do Mercado: através do uso da Internet fazem concorrência para outras empresas já estabelecidas no mercado, no mesmo ramo de atividade destas. Exemplificando-se: Livrarias, Lojas de Vinhos, Lojas de CD´s.

 

Cada um dos itens acima mencionados utilizou-se da mesma técnica, a Internet, podendo usar diversas tecnologias de comunicação, tais como microcomputadores avançados. O que interessa nestes casos, é o fato de todos estarem utilizando formas de comércio virtual, ou seja, estarem negociando algo que se sabe que existe, mas que no momento da transação comercial não pode ser sentido por qualquer dos sentidos. Este mesmo conceito de virtualidade pode ser usado quando relacionado com outras atividades dentro de uma organização. As videoconferências nada mais são do que reuniões virtuais, a execução de tarefas pré-programadas em um computador também é virtual, o simples uso do cartão de crédito é virtual, ou não se estaria usando dinheiro que existe apenas dentro do espaço virtual da conta bancária de cada um, e o acesso de dados remoto 24 horas por dia é apenas mais uma das facilidades oferecidas pela virtualidade mundial.

 

2. A GERÊNCIA DA ORGANIZAÇÃO VIRTUAL

 

O espírito de equipe significa ter pessoas capazes, dinâmicas, podendo trabalhar a qualquer distância e saber lidar com suas funções, obtendo resultados positivos.

O conceito de gestão virtual é a abordagem de pessoas que evoluam para autogestão mediante estruturas simples, adaptáveis, tornando-as sensíveis ao mercado O fato mais importante da administração virtual é que ela envolve todas as inovações de modelos de administração que desenvolveu-se ao longo dos anos nos países onde a industrialização se acentuou com maior força tais como EUA, Alemanha, Japão, etc. A gestão virtual se apresenta como uma mistura de tais inovações, envolvidas no processamento de informações em tempo real.

Uma das características que também merece maior destaque na empresa virtual é que ela visa as necessidades do cliente, assumindo assim um fluxo rápido de informações, permeabilizando, modificando e, consequentemente, movimentando fronteiras, tendo como intenção fazer com que ela pareça menos um empreendimento distinto e mais um nó numa vasta rede de interações e atividades.

 

Um grande fator interessante e caracterizante da gestão virtual é que o procedimento é executado com ambiente de imprevisibilidade e com transformações contínuas, entretanto, na gestão de produção do item a ser vendido, os procedimentos presenciam todas as dificuldades inerentes a tal produção, vez que os produtos e serviços continuam existindo de fato. Portanto, um significativo diferenciador é a rapidez e a proximidade que a administração virtual proporciona.

No que tange à gerência, não se encontra muitas diferenças entre a gerência normal e a virtual, vez que o primordial objetivo de ambas é obter resultados. Porém, na gerência virtual os métodos são diferentes, pois aqui, cabe à gerência, garantir o desencadeamento correto dos processos. Assim sendo, a função da gerência virtual é a de facilitar o trabalho e a de induzir uma maior autogestão e também, proporcionar um espírito de equipe.

 

Neste caso o gerente incorpora um poderio maior de controle. A qualificação profissional e a tecnologia simplificam a estrutura organizacional, ao passo que possibilita, com tomadas de decisões descentralizadas, o controle centralizado. Sendo tal controle o ponto chave da gestão pois está intimamente relacionado com os resultados.

Um "laço on-line" se conecta com as organizações empresariais e os grupos interessados no negócio. O fator principal para a corporação virtual é o controle dos resultados e não necessariamente a propriedade dos processos, sendo assim a empresa virtual pode assumir alianças entre duas ou mais empresas, reforçando a terceirização.

No que aborda a corporação virtual, dois aspectos são dignos de serem destaque, um por parte do cliente que vê a instituição virtual como uma entidade que está sempre pronta em atendê-lo, independente do momento, do lugar e de qualquer outros motivos; e um por parte da empresa que visualiza o negócio baseado nas informações em tempo real, e suas relações com o cliente no mercado.

 

O sistema virtual não extermina o modo econômico antigo, pelo contrário, modifica-o, galgando maior produtividade. O setor primário, como a agricultura, continua e continuará fornecendo seus produtos, assim como a indústria mantém e manterá sua fidelidade à transformação e, cabe à realidade virtual, ofertar produtos e serviços, tradicionais e inovadores, inerentes aos sistemas acima citados. Contudo, alguns negócios serão extintos, outros modificados e outros tantos ainda serão criados, sendo eles todos baseados na nova era tecnológica.

 

3. O QUE É UM PRODUTO VIRTUAL?

 

Produto virtual é aquele que pode estar disponível a qualquer momento, em qualquer lugar e em qualquer variedade, sendo produzido graças ao processamento das informações, à dinâmica organizacional e os sistemas de fabricação.

O Desenvolvimento de produtos virtuais exige uma rede de informações sobre mercados e necessidades de clientes, sua combinação com novos métodos de projeto e processos de produção integrados por computador, unindo funcionários, fornecedores, distribuidores, varejistas e clientes.

Vitrine Virtual

São empresas que dispõem de homes pages na Internet com catálogos de produtos, suas fotos e preços.

 

4. OS MANDAMENTOS DA CORPORAÇÃO VIRTUAL

 

Margaret Duffy (2003), baseada em anos de experiências acadêmica e profissional, identificou alguns aspectos fundamentais, na filosofia administrativa da corporação virtual:

1. Liderar mudanças, ao invés de ser refratário a elas.

2. Promover a necessidade de comunicação e a liderança simbólica, com um zelo religioso.

3. Tornar-se perito em comunicação e ser generalista, ouvindo as opiniões de todos.

4. Eliminar as paredes entre o departamento.

5. Atualizar continuamente os aspectos dos quais a empresa depende para seu sucesso estratégico.

 

5. QUAIS EMPRESAS SE TORNARÃO VIRTUAIS?

 

De acordo com IANNI (1996), qualquer empresa, de qualquer setor, de qualquer porte, potencialmente poderá transformar-se numa corporação virtual, entendida como um negócio baseado em informações confiáveis on line.

Acreditamos que os impactos mais visíveis se farão sentir inicialmente nos sistemas educacionais e nos níveis de emprego. No primeiro caso, porque a corporação virtual exige pessoas mais qualificadas. No segundo caso, porque permite a expansão da automação e aumenta a produtividade dos vários processos, tendendo, portanto, caso não haja ampliação proporcional nas vendas da empresa, a gerar desemprego.

Do ponto de vista das organizações consideradas individualmente, as empresas estão fazendo o que é necessário para a sua sobrevivência no mercado globalizado. As empresas dependem das melhorias na qualidade e produtividade, proporcionadas pelas novas tecnologias, mantendo assim sua competitividade (DUFFY, .

 

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Talvez a grande mudança desta era e a que mais surpreende a percepção das pessoas seja o desafio que a tecnologia representa ao tempo e ao espaço. Se a pouco mais de cem anos uma pessoa poderia levar um mês se deslocando de Paris a Viena para assistir a um concerto, hoje basta um teclado, e instantaneamente você estará em contato com qualquer pessoa no planeta.

Se por um lado, a tendência de humanização generalizada do trabalho já é uma realidade, por outro lado se investe no desenvolvimento da inteligência artificial, tecnologia integrante do quarto ciclo econômico. Dentro de poucos anos, talvez ela possa substituir plenamente os gestores humanos, indo portanto muito além da simples substituição da mão-de-obra em atividades que podem ser automatizadas, conciliando humanização do trabalho com o aumento da produtividade.

As necessidades organizacionais, por uma dinamização do fluxo de informações, têm causado o desenvolvimento de tecnologias diversas, não apenas alterando os tempos de resposta aos estímulos internos e externos, mas mudando todo o nosso método de trabalhar e a estrutura organizacional das mais diversas entidades. Chegamos hoje a um estado tal, que se pode afirmar que o simples ato de viver já faz ficar ultrapassado, caso não se atualizem a uma freqüência periódica as organizações que não forem adotar esta política; justamente devido à dinamização e rapidez crescente do fluxo informativo.

 

A diferença agora é, que não é o mais forte fisicamente que irá sobreviver, e sim, aquele que puder melhor assimilar as mudanças do tempo; mudando junto com elas. No campo individual, surgiram novos empreendedores, que viram neste desenrolar da história novas oportunidades de negócio, colocando a disposição novos produtos para novos mercados. As empresas já existentes nos mais diversos ramos e que estão sobrevivendo, adaptaram as suas estruturas a nova realidade organizacional, fazendo assim nascer à organização virtual e a sua forma de gestão: a administração virtual.

Para uma empresa ser empreendedora, ela deve possuir características especiais, além de ser nova e pequena, criam algo novo, diferente e mudam ou transformam valores.

O empreendedor sempre está buscando a mudança, reage a ela e explora como sendo uma oportunidade, virtual ou não.

 

BIBLIOGRAFIA

 

DAVIDOW, W. H.; MALONE, M.S. A Corporação Virtual. São Paulo: Pioneira, 1993.

DUFFY, Margaret. Ten Prescription for surviving and Thriving in the Virtual Organization. In Public Relations Quarterly. EUA: Summer, 2003.

IANNI, Octavio. Teorias da Globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.


Autor: Sandra Regina da Luz Inácio


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