Transformando Estratégias em Resultados



TRANSFORMANDO ESTRATÉGIAS EM RESULTADOS

Não é nenhuma novidade que possuir estratégias claras, compreensíveis e bem definidas é indiscutivelmente a chave para o sucesso de qualquer empresa. No entanto, o primeiro passo para evitar que durante a execução destas estratégias o resultado seja uma verdadeira catástrofe, está diretamente relacionado com a maneira pela qual tais estratégias foram comunicadas.

Além de bem comunicado, o conjunto de estratégias deve ser principalmente compreendido para então ser vivenciado pelas equipes de líderes e gerentes que serão responsáveis pela materialização das estratégias na forma de resultados.

Na seqüência, vem a sistematização dos projetos estratégicos, que é o nome dado às iniciativas, ou conjunto de ações, ou programas que produzirão os resultados tão almejados.

Exemplos de projetos estratégicos:

    • Criar um sistema CRM para melhorar a oferta de produtos para os clientes;
    • Implementar e-commerce para aprimorar a capilaridade de mercado.

Obrigatoriamente, estes projetos estratégicos devem ser devidamente equipados com pessoas e verbas suficientes para que possam ser executados com eficiência. O conjunto de investimentos totais deve estar refletido numa análise de impacto no negócio e também de retorno sobre investimento. Esta análise pode ser mais ou menos tangível conforme a natureza do projeto.

Não caia na conversa de gestores que chamam "abacaxis" de "desafios", com discursos do tipo: "Estamos lhe dando esta responsabilidade porque confiamos no seu potencial. Infelizmente não temos verba para este projeto, mas confiamos na sua criatividade e poder de motivar o time".

Os americanos criaram uma palavra que explica extremamente bem este tipo de atitude contra-produtiva: bullshit.

A ratificação dos projetos estratégicos

A empresa certamente não terá recursos suficientes para investir em todos os projetos estratégicos, portanto é fundamental saber priorizá-los e seccioná-los conforme os recursos disponíveis. Existem várias metodologias que podem ser aplicadas para auxiliar nesta tarefa.

Uma maneira muito prática para entreter o debate e finalmente ratificá-los é dar preferência aos projetos que tenham maior impacto no negócio e melhor possibilidade de retorno sobre investimento. Prefira os projetos que forem tanto criativa quanto analiticamente bem pensados, arquitetados e sistematizados. Entretanto, mesmo com o mais absoluto rigor, na maioria das vezes o cÁlculo do R.O.I. (Return on Investment) não é 100% preciso.

Cabe ao gestor a responsabilidade de identificar o risco, informá-lo a seus pares e superiores e aí, sim, prosseguir com a execução.

Resumindo os passos...

Se sua empresa não possui um plano estratégico compreensível, não invista em nada. Provavelmente estará jogando o dinheiro no lixo, portanto pare e planeje!

Caso sim, ou seja, se sua empresa tem um plano mesmo que ainda rudimentar, tenha certeza de que elencou o grupo de estratégias que melhor representa sua realidade. Use a matriz SWOT para garantir que você não está tentando ser agressivo numa situação de defesa ou vice-versa. Elimine o poder do entusiasmo nesta fase e seja friamente realista!

Desenhe o mapa estratégico (exemplo tabela 1). Não pule esta etapa sob nenhuma circunstância. Ela cria as sinergias necessárias entre diferentes grupos na empresas e garante que caminharão na mesma direção tendo este mapa como guia. Se você não souber como montar um mapa estratégico com B.S.C. (Balance Score Card), busque ajuda, nem que seja comprar um livro de BSC for Dummies!

Elabore e sistematize os projetos estratégicos atenta edetalhadamente. Lembre-se que antes da ação, o grupo deve:

1. Debater abertamente alternativas;

2. Escolher a mais adequada;

3. Sistematizá-las.

Um projeto estratégico sem sistematização é apenas uma idéia. Uma empresa não vive de idéias, mas de resultados.

Priorize os projetos estratégicos que receberão verba e pessoas. Respeite a envergadura do time, o perfil das pessoas, os limites financeiros e de tempo.

Não dê uma mordida maior que sua boca pode mastigar.

Crie um sistema de follow up para remover barreiras e garantir progresso (exemplo tabela 2).

O que não pode ser medido não deve ser executado.

Um time que trabalha junto na mesma sala, e se possível na mesma mesa, pelo menos meio dia por semana tende a ser mais produtivo e mais coeso conforme vai-se progredindo na execução. Este processo auxilia a eliminar os "micro mundos", reduz o impacto das "agendas pessoais" e, principalmente, antecipa surpresas desagradáveis, visto que expõe fatores ocultos de líderes misteriosos.

E, finalmente, have fun!!!

Trabalhe duro, mas não esqueça que tem que ser divertido. Balancear a carga de trabalho e vida fora da empresa é fundamental para a higiene mental pessoal e do time.

 


Autor: Nori Lucio


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