O Filho de Francisco
Nas margens de um grande rio,
romeiros a caminhar,
em busca de um casario,
aonde possa habitar.
Por mais desejada água,
insiste em não cair,
as terras de chão rachado,
obrigam todos a partir.
Esperança que mobiliza,
tão bravo sertanejo,
caminhando léguas a fio,
a salvação do vilarejo.
Lamentarias velho Chico,
a perda de um grande filho,
o jeca-tatu sertanejo,
sedento por um lampejo.
Desnudo o teu leito,
não poderias agir,
avistarias talvez,
o seu filho partir
se uma chuva solidária,
se adiante se aproxima,
salvarias! velho Chico,
seu filho da chacina.
Autor: PAULO SANTOS
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