A Lingua Inglesa Em Ciberespaço



 

A LÍNGUA INGLESA EM CIBERESPAÇO : UMA REALIDADE VIRTUAL.

Paulo Sandro Teixeira de Paula



In the same way that the direction of the wind doesn't determine the sailor's destination, the language we speak will not determine our destiny .

Ricardo Shültz

RESUMO

Este artigo apresenta um relatório sobre o perfil dos usuários de ciberespaços na cidade de Porto Velho, com foco na aquisição da língua inglesa, principal veículo de acesso aos espaços virtuais e expõe também, os resultados obtidos durante a aplicação de um questionário em algumas das principais LAN houses, cyber cafés e laboratórios de informática de nossa cidade, visando levantar informações sobre o nível de escolaridade, o tempo de permanência conectados aos sites mais populares e o nível de compreensão e motivação para aprendizagem da língua inglesa.

PALAVRAS-CHAVE

Internet, aquisição de língua estrangeira, ciberespaço.

ABSTRACT

This article presents a study on internet users at Porto Velho city, focusing on utilization and acquisition of the English Language, which is the main instrument in cyberspaces. In addition, this paper presents the results of a questionnaire applied at LAN house, cyber cafés and Informatics lab in our city, searching for information on school age, time connected on main sites and their knowledge and motivation to learn the English Language.

KEYWORDS

Internet, acquisition of foreign language, cyberspace.




INTRODUÇÃO



O crescente número de ciberespaços na cidade de Porto Velho vem chamando a atenção de diversos segmentos da sociedade para uma realidade cada vez mais emergente no cotidiano de uma boa parte da população local.
Esses espaços abrem muitas oportunidades, não só para o setor comercial, com o surgimento de diversas lojas de produtos ligados à informática, mas também, para o aparecimento de dezenas de LAN houses, laboratórios de informática e cyber cafés, que estão entre os locais mais freqüentados por boa parte da juventude rondoniense.
Esta realidade leva-nos a refletir sobre duas questões de fundamental importância para os professores de idiomas: qual o nível de aprendizagem da língua inglesa e como ocorre a utilização dela pelos internautas na cidade de Porto Velho?
Todavia, o objetivo deste artigo é apenas identificar e avaliar os usuários de ciberespaço de Porto Velho quanto a utilizarem conscientemente a língua inglesa durante o tempo em que eles ficam expostos aos computadores navegando pelos mais diferentes sites e para avaliar o grau de proficiência na língua inglesa que eles possuem. Embora se saiba que “a investigação cientifica não termina com os dados; ela começa com eles. O resultado da ciência é uma teoria ou uma hipótese de trabalho, e não os assim chamados fatos” (G. H.Mead. The Philosophy of Act. p.93).
Para tanto, fiz o levantamento dos principais sites e salas de bate papo por eles utilizados e também cataloguei alguns dos termos mais utilizados em inglês durante o acesso à internet.
Concluído o primeiro passo elaborei um questionário (ver anexo I ) que serve de base para a pesquisa etnográfica onde proponho responder a seguinte pergunta “o que está acontecendo aqui?” E, através da integração com a comunidade alvo, durante as visitas aos ciberespaços em Porto Velho, passei a observar e catalogar o que está acontecendo em nossa cidade, com relação ao grande interesse das pessoas pelo mundo virtual e também para tentar visualizar os usuários de internet para melhor compreende-los e descrevê-los.
Ao identificar o público alvo passei a entrevistá-los através dos questionários, escolhendo aleatoriamente 15 (quinze) internautas, sendo que os dividimos em três grupos com 5 (cinco) pessoas conforme a faixa etária ( 12 a 16, 17 a 21 e acima de 22 ).
Neste questionário focalizei o seguinte: quem são os usuários de ciberespaços em Porto Velho; quais os principais sites e salas de bate papo utilizados por eles e qual sua faixa etária.
Este questionário está dividido em três blocos principais: o primeiro bloco indaga sobre as características pessoais de cada indivíduo, tais como: nome, idade e escolaridade. Estes itens são de grande importância para conhecermos os internautas e principalmente para dividirmos os grupos que são abordados na pesquisa.
O segundo bloco questiona a freqüência com que cada internauta utiliza a internet, as salas mais visitadas e a língua que eles utilizam durante as conexões, pois muitos, apesar de utilizarem a língua inglesa ao lerem, escreverem ou falarem não se dão conta do uso da mesma.
O terceiro bloco procura identificar o grau de conhecimento da língua inglesa, o tempo que o entrevistado estudou ou estuda a língua inglesa e quais dos principais sites, ferramentas e termos da internet utilizadas em inglês e são conhecidos pelo entrevistado.

LINGUA INGLESA, PORTAL DE ACESSO À INTERNET.


Com o passar dos anos e o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais avançadas, percebemos que não há limites quando a palavra chave é comunicação, e nada resume melhor este conceito que a Internet, pois, pela sua própria natureza, permite-nos entrar em contato com muito mais pessoas e obtermos informações em um ritmo cada vez mais acelerado.
Porém, a internet não é a solução para todos os problemas do ensino, transformando todos os nossos alunos em falantes proficientes, mas pode ser uma verdadeira fonte de informações, quando usada de forma sensata, podendo contribuir de forma significativa para o progresso do ensino-aprendizagem.
Como resultado, percebí que cada parte da Internet é uma oportunidade para a aprendizagem e interação com a verdadeira "língua autêntica", sendo a língua inglesa o portal de acesso desse novo conceito mundial, como comenta Celso Luft fazendo referência as acrescente mutações que as línguas têm sofrido com o advento da internet, principalmente devido ao contato delas com a língua inglesa: “Não há duvidas que as línguas se aumentam e se alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes”.( Vestibular de português: textos e testes, 1972.p.20)
Internet é a rede mundial de computadores interconectados. É o sistema de informação global que: a) é logicamente ligado por um endereço único global baseado no Internet Protocol (IP) ou suas subseqüentes extensões; b) é capaz de suportar comunicações usando o Transmission Control Protocol /Internet Protocol (TCP/IP) ou suas subseqüentes extensões e/ou outros protocolos compatíveis ao IP; e c) provê, usa ou torna acessível, tanto publicamente como privadamente, serviços de mais alto nível.
O surgimento da internet tornou necessária a utilização de uma linguagem prática e eficaz, que combine com a facilidade e agilidade que esta pode proporcionar. Da mesma forma que os computadores se comunicam, independentemente de cor e raça, ou melhor, de fabricante e protocolo de comunicação, também os internautas possuem uma linguagem comum: a língua inglesa, que se tornou ao longo das duas últimas décadas, a mais importante do mundo digital.
David Crystall , em recente entrevista a revista Época, afirma que morre uma língua por semana e que apenas a internet é capaz de salvar alguns idiomas da extinção. Prevê ainda, que “o inglês vai se fragmentar, influenciado pela internet e pelos falantes não-nativos”. (edição 289. p 23)
A afirmação de Crystall pode ser comprovada, sobre tudo, devido o crescente interesse do homem pela internet, e faz nos refletir sobre a possibilidade de um número cada vez maior de pessoas entrarem em contato com a língua inglesa. Visto que, a comunicação na Grande Rede, atualmente, é predominantemente feita, por mensagens escritas, enviadas pelo correio eletrônico (e-mail), trocadas por meio do uso de softwares de comunicação, como o mIRC , ICQ , Netmeeting e, principalmente, nas "salas" de bate-papo quando utiliza-se a língua inglesa para quase todas as atividades realizadas na internet, sendo ela peça fundamental no processo de ínclusão digital ou infoinclusão que é a democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a inserir todos na sociedade da informação. Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento.
É claro que nem todos que utilizam a Internet compreendem a língua inglesa. Embora, mais de 80% dos documentos e das comunicações feitas através da Internet, encontram-se em inglês. E seja perfeitamente possível usar a Internet e se divertir muito navegando apenas por sites escritos em português.
Realmente, para se ler, falar, escrever e ouvir com fluência a língua inglesa são geralmente necessários de seis a oito anos de estudo constante. Todavia, para que aprender todas as habilidades se o mais importante é apenas ler? É muito mais fácil dominar alguns dos aspectos de um idioma (como por exemplo, a leitura) do que todas as quatro habilidades simultaneamente (ler, ouvir, falar e escrever).

A Internet possui amplo conteúdo interativo, onde a capacidade de se falar e escrever bem a língua inglesa, certamente é uma grande vantagem, porém o mais importante certamente é saber ler. Ler para utilizar a informação existente na Internet, para aprender, resolver problemas pessoais ou profissionais, se divertir, enfim, para uma infinidade de propósitos.
Todos os propósitos que estão agregados a utilização da internet faz com que o homem moderno seja inserido no processo dinclusão digital que é um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao redor do mundo nas últimas décadas.
Com a internet os povos ficaram mais próximos havendo assim, a oportunidade de interação entre falantes nativos de língua inglesa e outros povos cuja necessidade de aprender o léxico anglosaxônico tem sido cada vez mais emergente, sendo,a língua inglesa um "divisor de águas, sem o qual a história da humanidade não poderá ser escrita”. Valente & Damski (1995: p.1)

O CIBERESPAÇO

Termo criado por William Gibson (1984) em seu romance Neuromancer que trata do conjunto das redes de computadores interligadas e de toda a atividade aí existente. É uma espécie de planeta virtual, em que pessoas (a sociedade da informação) se relacionam virtualmente, por meio eletrônico e definido por Pierre Lévy (1999, p.92) como sendo:
O espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores, inclui o conjunto dos sistemas de comunicação eletrônicos (aí incluídos os conjuntos de redes hertzianas e telefônicas clássicas), na medida em que transmitem informações provenientes de fontes digitais ou destinadas à digitalização.

Serve para faciliatar as relações interpessoais da sociedade em geral. Estes novos ambientes e contextos de comunicação, interação e aprendizagem que se configuram como ciberespaço parecem proporcionar condições favoráveis para ações pedagógicas fundamentadas na concepção interacionista de aquisição da linguagem. Conforme explica Richter (2000: p.27):
(...) adquirir linguagem é: aprender a comportar-se de maneiras socialmente dotadas de sentido - usando, para isso, o sistema de signos que o grupo adota, verbais e não-verbais; e aprender a orientar o comportamento em função do outro (o comportamento humano é inseparável das relações sociais).
Essa definição fundamenta-se na teoria sócio-histórico-cultural do desenvolvimento das funções cognitivas, de Vygotsky , quando “a interação social torna-se um fator crucial para o desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano” (Vygotsky, 1991: p.99).
No entanto, em Porto velho, a língua inglesa é utilizada em ciberespaços de forma, geralmente, sutil. Pois, a grande maioria dos internautas não admite conhecê-la, embora faça uso dela.
Isso acontece, porque o grande número dos termos utilizados nas conexões já faz parte da realidade dos internautas e boa parte deles não percebem que adquirem conhecimento da língua inconscientemente e também devido ao poderio político, econômico e social dos estados Unidos que reinam no mundo Globalizado desde a Segunda Guerra Mundial até nossos dias fazendo com que, o processo de americanização aconteça de forma rápida, mas aparentemente lenta e principalmente fazendo com que a cultura americana e não apenas a língua , faça parte do cotidiano das pessoas introduzindo assim novos rumos a sociedade mundial e consequentemente local..
Crystall assegura que uma língua não se torna global por causa de suas propriedades estruturais, pelo tamanho de seu vocabulário, por ser veículo de uma grande literatura do passado, ou ter sido associada a uma grande cultura ou religião. Ele menciona que uma língua torna-se internacional por uma razão maior: o poder político de seu povo, especialmente seu poderio militar e assegura quanto ao domínio internacional de uma língua que não decorre apenas da força militar. ( Crystall, 1997)
Conclui-se então, que o poder militar de uma nação pode impor uma língua, mas é necessário um poderio econômico para mantê-la e expandi-la, pois, o crescimento dos negócios e de uma indústria competitiva trouxe uma explosão internacional do marketing e do business enquanto que a tecnologia, na forma do cinema e dos discos, canalizou as novas formas de entretenimento de massa, o que teve um impacto mundial. O impulso no progresso da ciência e da tecnologia criou um ambiente internacional de pesquisa, conferindo ao conhecimento acadêmico um grau elevado de desenvolvimento. “Qualquer língua, no centro dessa explosão de atividades internacionais, repentinamente, teria sido alçada a um status global”. (Crystall, 1997).
Infelizmente, porém, sabe-se que para a maioria da população mundial, ter um computador é uma realidade bem distante e no Brasil não seria diferente, embora haja programas em que o Governo Federal incentiva à compra de computadores em longo prazo.
Para Levy “a perspectiva da digitalização geral das informações provavelmente tornará o ciberespaço o principal canal de comunicação e suporte de memória da humanidade a partir do início do próximo século”. (LÉVY, 1999, p.93).
Partindo desta realidade, muitos cursos livres de língua inglesa, escolas de idiomas e até mesmo escolas regulares têm inserido em seus espaços físicos os laboratórios de informática, cyber cafés, LAN houses entre muitas outras denominações que também são consideradas ciberespaços, pois servem para agregar os mais diferentes serviços encontrados no “mundo virtual”.
Estes espaços têm colaborado para tornar as pessoas cada vez mais próximas, e é um dos principais objetivos do processo de globalização atualmente presenciado e até mesmo o Governo Estadual tem colaborado, mesmo que de maneira tímida, para a inserção dos cidadãos neste “novo conceito mundial”.
Na cidade de Porto Velho identifica-se que há mais de 100 (cem) espaços destinados ao acesso da internet, sendo a maioria de características privadas, embora existam bons espaços públicos, como o existente no Shopping Cidadão, onde qualquer pessoa pode acessar a internet gratuitamente.
Por outro lado, entre os principais espaços particulares destinados a conectar o homem ao mundo virtual na cidade de Porto Velho, visitamos os seguintes: Cyber LAN (localizado no centro da cidade), Areal LAN (localizado no bairro Areal), Games Net Cyber (localizado no bairro Areal) e LAN House Conecte-se (localizada no Centro da cidade); pode-se considerar os seguintes itens para a escolha deles:espaço físico adequado, privacidade, localização, número de máquinas, preço por hora cobrada, acesso a jogos virtuais em rede, pessoal de apoio e lanchonete.
Ao visitar estes lugares, um fato chamou a atenção: há um grande número de jovens que freqüenta as LAN houses na madrugada, ou seja, entre meia noite e cinco horas da manhã. Estes internautas, oriundo de quase todos os bairros da cidade e geralmente pertencentes às classes sociais B e C, buscam principalmente mais economia para acessar os ciberespaços, visto que, o grande atrativo é o preço, um real por cada hora e em alguns dos espaços pesquisados, vez por outra, é oferecido um lanche pela manhã.
Estes espaços estão presentes em quase todos os bairros da capital rondoniense, contudo, há determinadas normas estipuladas pelo Juizado da Infância e do Adolescente que precisam ser cumpridas, tais como: alunos usando uniformes não podem permanecer nestes espaços e o uso de sites pornográficos é de responsabilidade do proprietário, caso algum menor os acesse.
Entretanto, não foram encontradas normas com relação à idade para freqüentar as LAN houses e muito menos controle com relação ao nome, endereço ou algo desse tipo, pois, em quase todos os lugares que visitamos perguntam apenas o nome pelo qual a pessoa é conhecida, e não é exigido nenhum tipo de documento, tais como: Carteira de Identidade ou Carteira Estudantil.



AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM OU ESTRAGERISMO?


Para a grande maioria das pessoas aprender uma nova língua geralmente requer muito tempo e esforço. Porém, há aqueles que adquirem um novo léxico sem muito esforço, todavia, existem algumas controvérsias quando tratamos de aquisição da linguagem, visto que, para muitos lingüistas o que na verdade há, não é uma aquisição, mas uma infiltração de termos estrangeiros no cotidiano.
Estrangeirismo é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira no lugar de equivalente vernácula entretanto, Para alguns, a influência do Inglês; presença esmagadora entre os termos de informática, é uma ameaça que gera desconforto e indignação ao nosso bom e velho Português. Enquanto outros acreditam que a Língua sai enriquecida após essa “invasão”, e que idiomas recebem influências de todos os lados, apropriando-se apenas do que lhes é conveniente.
Porém, observa-se que a questão do estrangeirismo tem causado muita polêmica em solo tupiniquim. Tanto, que gerou um projeto de lei que, se aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, proíbe escrever e até falar palavras estrangeiras. A autoria desse projeto que impede o uso de palavras importadas de um modo geral é do deputado Aldo Rebelo (PC do B), que não descansa com tantas expressões made in USA.
O certo é que há milhares de termos em inglês que são utilizados na internet e que já fazem parte do nosso dia-a-dia e essa realidade leva-nos a refletir sobre a questão uma questão; estamos transformando nossa língua vernácula em um novo tipo de idioma ou estaríamos apenas enriquecendo nosso campo lexical?
Bem, responder essas perguntas não é tarefa fácil, Como explica Richter (2000: p.27).
(...) adquirir linguagem é: aprender a comportar-se de maneiras socialmente dotadas de sentido - usando, para isso, o sistema de signos que o grupo adota, verbais e não-verbais; e aprender a orientar o comportamento em função do outro (o comportamento humano é inseparável das relações sociais).
Essa definição fundamenta-se na teoria sócio-histórico-cultural do desenvolvimento das funções cognitivas, de Vygotsky, que considera a interação social um fator crucial para o desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano (Vygotsky, [1978] 1991:99).
Por outro lado, os professores de idiomas poderiam aproveitar a oportunidade para despertar nos internautas a possibilidade de adquirirem a língua inglesa, usufruindo das centenas de expressões que são conhecidas pelos internautas e que fazem parte de uma nova realidade, não só em nossa cidade, mas em todo o planeta. Pois sabemos que para um professor ter sucesso como facilitador na aprendizagem da língua inglesa ele precisa deixar claro que o internauta (aprendiz de uma nova língua) precisa engajar-se em situações e contextos sociais e culturais autênticos na língua-alvo, nos quais ele realmente produza sentidos colaborativamente com seus interlocutores, ou seja, nos quais ele realmente aja socialmente, como afirma Richter (2000: p.28).
A língua-alvo raramente é usada como 'forma de se estar no mundo', como um sistema sociossemiótico que nos possibilita produzir significados relevantes para falantes e ouvintes, escritores e leitores, mas sim como uma disciplina ou objeto de estudo, um sistema de regras abstratas que por serem aprendidas adequadamente não fazem parte de nossa educação global.
Porém, para que os professores de língua estrangeira possam usar de maneira compete o ciberespaço e todas as ferramentas que a internet propicia na aprendizagem da língua inglesa é necessária “uma mudança de mentalidade e de orientações teóricas de ensino a fim de que não se utilizem as ferramentas eletrônicas para reproduzir e reforçar as práticas ditas tradicionais de ensino de línguas”. (Braga, 1999:1).


OS INTERNAUTAS PORTOVELHENSES

Porto Velho é a capital e o maior município, tanto em extensão territorial quanto em população, do estado de Rondônia. Com uma área de 34.068,50 km², o município é maior que os estados de Sergipe e Alagoas, apesar disso a sua população é de 373.917 habitantes, sendo assim, a terceira maior capital da região Norte só perdendo para as cidades de Manaus e Belém. Localiza-se à margem direita do rio Madeira (afluente do rio Amazonas).
Durante as visitações para aplicação do questionário base do projeto, percebí que o número de internautas é cada vez maior e crescente, em um ritmo constantemente acelerado. E também,que não há como relacionarmos que bairros da cidade apresentam maior ou menor número de interessados pela internet, pois em todos os ambientes visitados haviam pessoas de todos os lugares, credos, estilos e nivel social.
Para compreender melhor os resultados da pesquisa faz-se necessario dividir os entrevistados em tres sub-grupos, conforme a faixa etária.
No primeiro grupo de entrevistados (12 a 16 anos) constatei que o número de homens é superior ao das mulheres, visto que poucas foram encontradas nas salas visitadas. Contudo, identificar o sexo dos usuários não é nosso propósito, mas sim o tempo que os internautas utilizam os computadores e a exposição e o conhecimento deles diante de termos em inglês.
Neste bloco foi identificado que 80% dos entrevistados dessa faixa etária estão cursando o ensino fundamental e dizem que pretendem concluir o curso o mais breve possível. Com relação ao acesso da internet, percebí que 60% dos entrevistados freqüentam as salas de bate papo duas ou três vezes por semana e o mesmo percentual diz que procura estes espaços principalmente para utilizar jogos virtuais.
Indagados sobre quando se deparam com alguma palavra desconhecida, 80% dos entrevistados garantem que “descobrem sozinhos” utilizando a própria internet. Porém, quando indagados sobre que língua eles utilizam ao entrarem em salas de bate-papo 60% respondem utilizar sempre a língua portuguesa. Outros 40% dizem misturar termos em português e em inglês. Contudo, 60% dos entrevistados garantem que a maioria das palavras que está na internet é escrita em inglês e 100% destes, dizem que seu nível de entendimento de língua inglesa é regular, embora 80% dos entrevistados já tenham estudado entre 5 e 8 anos de língua inglesa.
Com relação aos sites mais visitados por este grupo de entrevistados, 80% dizem freqüentar Orkut e MSN e que a internet serve principalmente para conversar com amigos e apenas 20% dos entrevistados têm página na internet ou bate papo com pessoas desconhecidas.
Com relação aos termos em inglês que este grupo de pesquisado diz conhecer temos o seguinte: 100% dos entrevistados dizem conhecer o significado da expressão Chat, Site, LAN House, CPU (Central Prosseing Unit). Já 80% sabem o significado de Delete, outros 60% afirmam que sabem o de Home e 40% garantem que sabem o de WWW .
Chegamos à conclusão que 80% dos entrevistados deste grupo, embora tenham tido cinco ou mais anos de estudo de língua inglesa, ainda não estão totalmente seguros de que possuem um conhecimento interno da língua. Mesmo fazendo o uso dela corriqueiramente, ainda não despertaram para a sua funcionalidade e o que lhes falta é exatamente uma motivação que deveria ser feita por seus professores de língua inglesa para que eles desenvolvam uma melhor concepção do que realmente sabem.
O segundo grupo de entrevistados corresponde aos jovens com idade entre 17 e 21 anos.
Neste grupo vimos que 100% dos entrevistados já concluíram o ensino fundamental e estão cursando o ensino médio; 80% deles costumam utilizar a internet quatro ou mais vezes por semana, sendo que 100% de todos os entrevistados freqüentam principalmente as salas de bate-papo e apenas 20% afirmam utilizar a internet para pesquisas.
Com relação aos termos desconhecidos na internet, 60% diz que “procuram alguém para ajudá-los” e outros 40% “descobrem sozinhos utilizando a própria internet”. Já nas salas de bate-papo, 80% dos entrevistados dizem que misturam termos em português com outras línguas e apenas 20% dos entrevistados consideram que a maioria das palavras na internet está em português. O restante dos entrevistados garante que a maioria das palavras está em inglês e 100 % dos entrevistados dizem que seu nível de entendimento de língua inglesa é regular, mesmo que 60 % dos entrevistados já tenha estudado entre 5 e 8 anos de língua inglesa.
Indagados sobre quais os sites mais freqüentados durante o acesso, a internet, temos os seguintes dados: 100% dos entrevistados acessam Orkut, MSN e Hotmail; 80% acessam Yahoo; UOL e Google; 60% acessam Globo e Terra e 20% acessam BOL e Pop.
Detectamos que 100% dos entrevistados fazem parte e/ou freqüentam alguma comunidade de relacionamento; 80% conversam com diferentes pessoas em qualquer lugar; 60% utilizam o MSN para conversar com seus amigos e nenhum dos entrevistados costuma conversar com pessoas desconhecidas.
Com relação às expressões utilizadas na internet, 100% dos entrevistados garantem conhecer as seguintes: Chat, Delete, CPU, WWW, Site, Backspace, Enter, e LAN house. Já 80% dos entrevistados conhecem o significado de blog, home, backup, hackers, laptop, nerd. Para 60 % dos entrevistados, os termos page up, insert e cyber são conhecidos e os termos AVG, Byte e JPG são conhecidos por 20 % dos entrevistados.
Percebemos que neste grupo há um maior equilíbrio com relação aos termos conhecidos e que da mesma forma que o grupo um, eles alegam ter um nível regular de conhecimento da língua inglesa, embora conheçam a maioria dos termos em inglês questionados e tenham passado mais de cinco anos estudando este idioma em escolas regulares ou cursos de línguas.
O terceiro grupo de entrevistados é formado por todos os internautas acima de 21 anos. Esses internautas formam um grupo bastante heterogêneo, visto que 40% dos entrevistados possuem apenas o ensino médio incompleto, outros 40% o superior completo e 20% dos entrevistados possuem o nível superior completo. Com relação à freqüência com que eles utilizam a internet, notamos que 80% deles freqüentam os ciberespaços quatro ou mais vezes por semana. Outros 100% dos entrevistados afirmam que na internet procuram principalmente sites de pesquisa. Ainda observamos que 80% deles dizem que “descobrem sozinhos, utilizando a própria internet” para obter o significado de alguma palavra desconhecida e alegam que sempre utilizam a língua portuguesa nas salas de bate-papo, sendo que apenas 20% alternam o uso da língua portuguesa com a inglesa. Contudo, 60% dos entrevistados deste grupo acreditam serem as palavras na internet, em sua grande maioria, escritas em inglês e 40% em português. Os que reconhecem que as palavras na internet estão na maioria em inglês são aqueles que possuem ou que estão cursando o nível superior. Por outro lado, 80% dos entrevistados dizem possuir o nível de entendimento de língua inglesa regular e apenas 20% consideram “bom” o nível de entendimento da língua inglesa.
Quando indagados sobre “o tempo” que eles têm estudado a língua inglesa, 40% afirmam ter estudado entre 5 e 8 anos; outros 40% entre 1 e 4 anos e apenas 20% mais de 8 anos.
Com relação ao acesso à internet, os sites mais visitados são os seguintes: 100% dos entrevistados utilizam Hotmail, 80% dos entrevistados utilizam Google, Yahoo, 60% Orkut, MSN, UOL, 40% dos entrevistados utilizam BOL e Globo, e 20% dos entrevistados utilizam Terra e sites da região como Rondoniagora, ClubPVH e FestasBrasil.
Ao usar a internet, 80% dos entrevistados deste grupo dizem conversar apenas com pessoas conhecidas, 60% conversam com pessoas diferentes em qualquer lugar e também possuem sua própria página e fazem parte e/ou freqüentam alguma comunidade de relacionamento. Já 40% dos entrevistados utilizam o MSN para conversar com os amigos, 20% possuem seu blog e nenhum dos entrevistados possui seu fotolog.
Com relação às expressões mais utilizadas na internet, obtemos o seguinte: 100% dos entrevistados afirmam conhecer as expressões insert, backup, page up, byte, e LAN house; 80% conhecem as expressões home, backup, delete, CPU, Hackers, laptop, nerd, backspace, insert,page up, enter byte e LAN house; por outro lado, 60% conhecem também o significado de blog, JPG, AVG, cyber.
Ao averiguarmos os números deste terceiro grupo percebemos que há um grande número de termos em inglês que são conhecidos pelos entrevistados e, mesmo tendo uma variação significativa entre os entrevistados com nível superior e nível médio, na mesma faixa etária, não percebemos uma grande disparidade quanto ao entendimento das expressões em inglês.














CONCLUSÃO

Com a análise dos números obtidos através dos questionários aplicados em vários ciberespaços de Porto Velho, percebemos que a grande maioria dos entrevistados possui um bom entendimento dos termos em inglês utilizados na internet. No entanto, sabemos que há uma grande lacuna entre o que muitos dos professores de língua inglesa ensinam em escolas regulares e cursos livres de idioma e os que poderiam ensinar em suas aulas tornando-as mais eficazes.
Poderíamos aproveitar esse gigantesco interesse pela internet como suporte em nossas aulas, mas geralmente o que percebemos é que não há um estudo quanto à utilização destes termos nas aulas de língua inglesa, principalmente porque os livros didáticos, na grande maioria, não trazem um estudo direcionado para essa finalidade.
Precisamos estar cientes de que a língua inglesa nos ciberespaços é uma realidade. Por esta razão, os cursos de Letras, que formam profissionais para o ensino deste idioma como uma segunda língua, deveriam preparar seus acadêmicos para esta realidade. No entanto, não é o que geralmente temos presenciado, pois a maioria dos cursos de graduação carece da disciplina de multimídia, onde os professores seriam capacitados a lidar com as ferramentas que formam a internet, e mais ainda, provocaria uma verdadeira revolução na aprendizagem da língua inglesa, despertando um grande interesse na maioria das pessoas que utilizam a internet.
Podemos observar através dos números e entrevistas feitos durante a visita aos ciberespaços que a maioria dos entrevistados não acredita em seu potencial, em se tratando de entendimento de língua inglesa; eles não se consideram seguros ou não acreditam que realmente conhecem a língua inglesa.
Observamos que, ao serem indagados sobre a utilização da língua inglesa, 80% dos entrevistados afirmam saber que a maioria das palavras na internet está em inglês. Isto demonstra a necessidade de uma conscientização dos alunos para a aprendizagem deste idioma e, seguramente uma oportunidade que não pode ser desprezada no mundo globalizado.

ANEXO I


O QUESTIONÁRIO


NOME: _______________________________________

IDADE: ( ) entre 12 e 16anos.
( ) entre 17 e 21anos.
( ) acima de 21 anos.


ESCOLARIDADE:
ENSINO FUNDAMENTAL
( ) incompleto.
( ) completo.
ENSINO MÉDIO ( ) completo.
( ) incompleto.
ENSINO SUPERIOR ( ) incompleto.
( ) completo.


Você costuma utilizar a Internet
( ) uma vez por semana.
( ) duas ou três vezes por semana.
( ) quatro ou mais vezes por semana.

Na Internet você visita principalmente
( ) sites de pesquisa.
( ) salas de bate papo.
( ) jogos virtuais.



Quando você se depara com alguma palavra desconhecida na internet
( ) simplesmente ignora.
( ) procura alguém para lhe ajudar.
( ) descobri sozinho utilizando a própria internet.

Ao entrar em salas de bate-papo você utiliza
( ) sempre a língua portuguesa.
( )mistura termos do português com outras línguas.
( ) mistura português / inglês.
( ) sempre utiliza inglês.



Ao usar a internet você considera que as palavras estão na maioria em
( ) inglês.
( ) alemão.
( ) português.
( ) outras línguas



Você considera o seu nível de entendimento da língua inglesa
( ) regular.
( ) bom.
( ) ótimo.


Entre as aulas de inglês na escola e outros cursos, há quanto tempo você tem estudado está língua? ( ) entre 1 e 4 anos.
( ) entre 5 e 8 anos.
( ) mais de 8 anos.
( ) nunca estudou.



Ao acessar a internet quais dos sites abaixo você costuma freqüentar?
( ) HOTMAIL ( ) YAHOO ( ) MSN
( ) ORKUT ( ) POP ( ) TERRA
( ) GOOGLE ( ) ALTAVISTA ( ) UOL
( ) BOL ( ) FOLHA DIRIGIDA ( ) GLOBO
( ) OUTROS SITES OU BLOGS:____________________________________

Na internet você ( ) possui sua própria página.
( ) possui seu blog
( ) possui seu fotolog
( ) faz parte e/ou freqüenta alguma comunidade do tipo Orkut.
( ) utiliza o MSN para conversar com seu amigos
( ) bate papo apenas com pessoas conhecidas.
( ) bate papo com diferentes pessoas em qualquer lugar.


Das expressões abaixo utilizadas na internet quais você conhece?
( ) ATM ( ) BLOG ( ) CHAT ( ) HOME
( ) TY ( ) BACKUP ( ) DELETE ( ) CPU
( ) HACKERS ( ) JPG ( ) LAPTOP ( ) NERD
( ) WWW ( ) SITE ( ) BACKSPACE ( ) PAGE UP
( ) AVG ( ) INSERT ( ) ENTER ( ) CYBERSPACE
( )BUTTONS ( ) BYTE ( ) LAN










ANEXO II



GLOSSÁRIO DAS EXPRESSÕES EM INGLÊS INDAGADAS NO QUESTIONÁRIO


1. ATM: (Asynchronous Transfer Mode) - Método para liberar largura de banda. É uma tecnologia projetada para permitir que a informação viaje mais rápido ao maximizar a capacidade disponível na rede.

2. TY: Thank You!

3. HACKERS: Alguém que se diverte invadindo computadores, termo sempre aplicado a pessoas que se aproveitam ilegalmente dessas explorações.

4 .WWW: Muitas vezes confundida com a própria Internet (que abrange muito mais do que a WWW), a World-Wide-Web é um grande sistema de servidores que apóiam entre si documentos especialmente formatados. Como se explicita nas definições abaixo, esses documentos são formatados numa linguagem chamada HTML (Hyper Text Markup Language), que permite conexões para outros documentos assim como para arquivos de gráficos, áudio e vídeo. Abaixo segue uma boa definição da World-Wide-Web para a comunidade não-técnica:

5.AVG : Anti Vírus Alemão

6.BUTTUNS: Botões ou selos ilustrativos que fazem parte da programação visual do website.

7. BLOG:( Weblog ) – Diário on-line. Páginas que podem ser criadas na internet sem nenhum conhecimento técnico sendo atualizadas diariamente. Trazem uma visão pessoal sobre os mais diversos assuntos.
8. BACKUP: - Uma cópia exata de um programa, disco ou arquivo de dados, feita para fins de arquivamento ou para salvaguardar informações.

9. JPEG / JPG (Joint Photographic Experts Group) - Padrão de compressão de imagens, normalmente utilizado para fotografias e aceito por todos os navegadores. Permite alta taxa de compressão e boa qualidade.

10. SITE: É o conjunto de páginas ou lugar no ambiente Web da Internet que é ocupado com informações (texto, fotos, animações gráficas, sons e até vídeos) de uma empresa ou de uma pessoa. É também o diminutivo de website.

11.BYTE: (binary term) - Uma unidade de dados de oito bits. Um byte representa um único caractere, como uma letra, um dígito ou uma pontuação. Como um byte representa apenas uma pequena quantidade de informação, a capacidade de memória e de armazenamento é geralmente expressa em kilobytes (1.024 bytes), megabytes (1.048.576 bytes), gigabytes (1.073.741.824 bytes).

12.CHAT: O IRC (Internet Relay Chat) foi criado em 88 na Finlândia. Rapidamente se estabeleceu uma rede de computadores que dispunham de recursos para o IRC por toda a Internet. No começo o público era principalmente de estudantes que tinham tempo para jogar fora. Hoje se encontra gente de todos os tipos e idades no IRC. O IRC é dividido em canais. Qualquer um pode criar um canal, a qualquer momento e sair conversando. O IRC era adaptado aos usuários que tinham acesso a computadores em universidades e estavam familiarizados com computador. Hoje existe uma variedade de programas que possibilitam a conversa pelo computador. Muitos podem ser acessados diretamente na Web. Isso significa que você nem precisa sair do programa de navegação que usa (por exemplo, Netscape, Mosaic ou Explorer) para conversar.

13. LAPTOP: Pequeno e leve computador portátil. Tem grande espaço de armazenamento e excelente capacidade de processamento.



14.LAN: Local Area Network ( Rede local )
Qualquer rede tecnológica física de comunicações que opera em alta velocidade (0.1 a 100 Mbps) em curtas distâncias. Serve aos usuários dentro de uma área geográfica limitada.

15. HOMEPAGE:é a página de entrada ou página principal de um website. É nesta página que estão os links para as demais páginas do website.

16.CPU: Quer dizer Central Processing Unit ou Unidade Central de Processamento. É a unidade que leva e traz instruções da memória do computador e as decodifica para controlar todas as outras partes do computador.

17.NERD: Pessoa com pouca habilidade de relacionamento, pouco sociável, em geral desajeitada e com alta capacidade de concentração e percepção. Amante inveterado de tecnologia. Prefere aprender sozinho, fuçando ou através de leituras. Aquele que tem intenso desejo de novidades tecnológicas ( Micreiro).

18.CYBERSPACE( CIBERESPAÇO): Um termo inventado por William Gibson em seu romance Neuromancer usado para descrever o coletivo "mundo" de computadores em rede. Agora, costumeiramente utilizado para se referir ao universo formado pelas redes de computadores, acessadas pelas tecnologias de comunicação. Nossa definição favorita é simplesmente "o domínio elétrico".

















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Autor: Paulo Sandro Teixeira de Paula


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