Promoção do Aleitamento Materno Exclusivo: Dificuldades que Levam ao Desmame Precoce



RESUMO


O leite materno é a primeira alimentação humana e fonte de nutrientes para as funções biológicas, sendo considerado o melhor alimento para lactentes, por ter o papel muito importante na proteção imunológica contra doenças infecciosas, na adequação nutricional e no desenvolvimento afetivo e psicológico. O presente estudo teve como objetivo identificar, a partir de levantamento bibliográfico, os fatores que desencadeiam o desmame precoce. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de artigos indexados nas bases eletrônicas de dados www.bireme.br, www.scielo.br, www.eerp.usp.br/rlaenf, no período de 1999 a 2008, utilizando os descritores Amamentação, desmame precoce, aleitamento materno. Foram selecionados 23 artigos, dentre os quais a complicação mais freqüente refere-se à hipogalactia, que é citada em 7 artigos (30,4%), seguida de primiparidade, abordada em 4 artigos (17,3%) e doenças da mama, referido em 4 artigos (17,3 %). Entre as outras publicações, apresentaram 8 artigos distribuídos nas seguintes complicações: trabalho, escolaridade, profissionais da saúde e apoio psicológico e emocional, perfazendo 35%. Palavras chaves: Amamentação, Desmame Precoce, Aleitamento Materno.

1 - INTRODUÇÃO

1.1– O tema em estudo

O tema proposto para este projeto de pesquisa é a Promoção do Aleitamento Materno Exclusivo: Dificuldades que levam ao Desmame Precoce. O aleitamento materno exclusivo é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, portanto um direito inato. O aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês de vida, e mantido associado a outros alimentos até o segundo ano de vida conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a World Health Organization. O presente estudo tem como objetivo o levantamento das dificuldades mais freqüentes que levam as nutrizes ao desmame precoce.

1.2– Justificativa

O motivo pelo qual nos levou a escolher este tema foi fornecer mais informações a respeito da importância do aleitamento materno exclusivo, favorecendo aqueles que desconhecem o seu verdadeiro significado, bem como as dificuldades enfrentadas pelas nutrizes que levam ao desmame precoce.

1.3 – Problemas / Hipótese

Temos observado a falta de informações materna e familiar a respeito da Amamentação e seus benefícios para a saúde do recém-nascido e da mãe.

Dificuldade materna quanto ao manejo da amamentação e a falta de apoio familiar, profissional e social a promoção e seguimento da amamentação.

1.4 – Revisão de Literatura

O aleitamento materno exclusivo (AME) é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, uma prática natural e eficaz, portanto um direito inato. É uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida. Um ato cujo sucesso depende de fatores históricos, sociais, culturais, psicológicos da puérpera e do compromisso e conhecimento técnico-científico dos profissionais de saúde envolvidos na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno. Por isso, é o alimento ideal não somente para recém-nascidos a termo, como também é o mais indicado para prematuros (1,2).

Dentre os benefícios trazidos pela prática da amamentação, podemos citar: prevenção contra doenças infecciosas e diarréicas; proteção contra alergias; favorecimento no crescimento e desenvolvimento intelectual, entre outros, além de intensificar as relações da mãe com o neonato. Não obstante, notam-se também os benefícios econômicos, que impedem a interrupção da alimentação da criança por dificuldades financeiras, e as vantagens para a mãe, como menores possibilidades de desenvolver câncer de mama, maior rapidez na involução uterina e proteção contra a gravidez nos primeiro meses após o parto (2).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a amamentação exclusiva e sob livre demanda até os seis meses de idade, e sua manutenção, acrescida de outras fontes nutricionais até os vinte quatro meses ou mais (2).

Com o intuito de combater o desmame precoce e contribuir para o crescimento saudável da criança, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), emitiram a "Declaração de Innocenti", estabelecendo um conjunto de medidas para promoção, proteção e apoio ao AM, "Os Dez Passos para o Sucesso do AM" (2) :

1 – Ter uma norma escrita sobre o AM, que deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.

2 – Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar essa norma.

3 – Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do AM.

4 – Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira meia hora após o nascimento.

5 – Mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.

6 – Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico.

7 – Praticar o alojamento conjunto – permitir que as mães e bebês permaneçam juntos – vinte e quatro horas por dia.

8 – Encorajar o aleitamento sob livre demanda.

9 – Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.

10 – Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminhadas, por ocasião da alta do hospital ou ambulatório.

Para implementar os "dez passos" foi criada a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que consiste em mobilizar profissionais da saúde e maternidades para aderirem a esse conjunto de medidas, modificando suas rotinas e condutas que levam ao desmame precoce. Os hospitais credenciados como Amigos da Criança já somam mais de quatro mil em 170 países (2).

O Brasil foi um dos países escolhidos para dar início a essa implementação, que aconteceu em 1992, através do Programa Nacional de Incentivo ao AM (PNIAM), com a ajuda do Ministério da Saúde (MS) e Grupo de Defesa da Saúde da Criança e apoio da UNICEF/OPAS. Para se tornar um HAC, no Brasil, a instituição deve solicitar uma pré-avaliação à Secretária Estadual de Saúde (SES), que será realizada através de um questionário de auto-avaliação (2).

No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), artigo oito e nove, a gestante é garantida a atendimento pré e perinatal, apoio alimentar que necessitem e o direito a condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade. O aleitamento materno é tratado como uma questão de direito à vida e à saúde (3).

Entretanto existem estímulos ao AME por meio de políticas públicas como a licença maternidade com remuneração preservada e estendida até os seis meses, lei que garante alojamento conjunto (4), a lei nº. 11.265 queregulamenta a promoção comercial e o uso apropriado dos alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bem como do uso de mamadeiras, bicos e chupetas (6), Os Bancos de Leite Humano que tem como objetivo coletar e distribuir leite humano visando atender os casos considerados especiais, falta garantir o cumprimento da legislação vigente (7).

2 – OBJETIVO

2.1 – Geral

Identificar, a partir de levantamento bibliográfico, os fatores que influenciam o Desmame Precoce.

3 - MATERIAL E MÉTODO

Foi realizado levantamento bibliográfico de artigos indexados nas bases eletrônicas de dados, no período de 1999 a 2008, presentes nos sites: www.bireme.br,www.scielo.br,www.eerp.usp.br/rlaenf, www.amamentaçao.com Utilizou-se as palavras chaves: Amamentação, desmame precoce e aleitamento materno. A busca ocorreu no mês de setembro de 2008, sendo avaliados 40 artigos, destes 9 foram excluídos, usando como critério de inclusão artigos que abordavam as dificuldades e anseios que levam ao Desmame Precoce.

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quanto à hipogalactia e leite fraco, sete artigos abordam este tema: Spallicci et al. (8) afirma que quanto mais cedo, após o parto, acontecer à primeira mamada, mais chances terá de ser bem sucedida. Tanto a necessidade que o bebê tem de mamar quanto o interesse da mãe pelo filho estão em seu ponto máximo imediatamente após o parto.

De acordo com Ramos e Almeida ( 9) o leite fraco é uma das alegações mais usadas como explicação para o desmame e que neste tipo de alegação verbalizado pelas nutrizes esta um pedido de ajuda frente às dificuldades na amamentação.

Nos estudos realizados por Machado e Larocca (10) mostra que não basta mais questionar os motivos que levam ao desmame como leite fraco ou leite pouco e sim a interação do profissional de saúde, substituindo sua simpatia por uma verdadeira empatia dando mais atenção ao sentimento da nutriz.

As autoras Ichisato e Shimo (11)referem que os tabus, crenças e cultura interferem de forma crucial a prática do aleitamento determinando diferentes significados para a mulher, levando a amamentar ou não o seu bebê. Constatou que nutrizes que fizeram uso de lactogogos/galactogogos frente à hipogalactia, mantinha a crença fundamentada nas informações transmitidas culturalmente através do relacionamento avó-mãe-filha.

Segundo Nakamo e Mamede (12) amamentar é visto pela nutriz como o ideal de maternidade, dever, doação e sacrifício. E na queda da produção láctea, elas sofrem as conseqüências sentindo-se inadequadas ante o modelo de mãe.

Araujo et al. (13) em seu estudo, relata que a "falta de leite" talvez se deva ao fato da mulher atual ter um cotidiano mais ansioso e tenso e que em tempos passados, a avós transmitiam informações em relação ao aleitamento materno.

Borges e Philippi (14) referem que leite insuficiente é uma das razões mais citadas pelas mulheres entrevistadas e depende da equipe de saúde orientações sobre os parâmetros adequados de produção láctea.

Analisando as referências acima, são muitos os fatores que influenciam o desmame, entre eles, a crença caracteriza-se como a maior dificuldade. Praticamente todas as mulheres têm possibilidades biológicas de amamentar e toda nutriz produz leite suficiente para nutrir as necessidades de seu filho. Para isso, ela necessita de tranqüilidade, apoio profissional e familiar, respeitando sua individualidade e transmitindo confiança.

Ramos & Ramos (15) e Vasconcelos et al. (16)acreditam trabalhar fora, sendo informal ou não, são fatores causadores do desmame precoce, pois estas mães sentem dificuldades em amamentar seus filhos já que muitasnecessitam contribuir com seu trabalho para o sustento da família e desconhecem as leis trabalhistas. Sendo considerado um fator de risco para o desmame, a renda familiar apresentou-se como um fator associado à duração do AM. Além do trabalho informal, o desemprego também pode interferir na prática do aleitamento materno, como demonstrou o estudo realizado.

De acordo com Kitoko et al.(17) estudos tem revelado que o trabalho fora do lar é um fator de risco para o desmame precoce e mesmo a licença maternidade sendo útil e usada pela maioria das trabalhadoras para amamentarainda existe fatores que interferem negativamente no início e manutenção da amamentação, como o acesso ao posto de saúde.

Observamos que são poucas as nutrizes que possuem conhecimento sobre os benefícios da Licença Maternidade. Acreditamos que seja importante ressaltar leis que protegem a amamentação e o direito dos períodos para amamentar durante a jornada de trabalho. O período pré-natal é uma ótima oportunidade para conscientizar e orientar sobre seus direitos.

Ramos e Almeida (9), Ichisato e Shimo (11) e Carrascoza et al. (18) relatam que a primiparidade é um fator de risco para o desmame precoce devido à falta de experiência anterior. Essas mães devem receber atenção especial no pré-natal de modo a priorizar as gestantes com alto risco do desmame precoce.

Segundo Fraca et al. (19), Venâncio (20) e Silva et al. (21) identificaram que existe uma relação entre a idade escolar e ou primiparidade, segundo eles esses fatores representam um maior risco de não realizarem a Amamentação exclusiva ate os 6 meses de vida.

De acordo com Faleiros et al. (22) a influência da paridade materna na decisão pelo tipo de aleitamento é um fator bastante discutível na literatura, com alguns estudos sugerindo que as primíparas, ao mesmo tempo em que mais propensas a iniciar o aleitamento, costumam mantê-lo por menos tempo, introduzindo mais precocemente os alimentos complementares, parecendo haver para as multíparas uma forte correlação entre o modo como seus filhos anteriores foram amamentados e como este último será.

Acreditamos que a falta de experiência anterior pode ser compensada mediante uma estrutura que apóie a mulher, dando-lhe voz e compreendendo as suas demandas individuais frente à amamentação. O erro está em considerar que, por serem primíparas, todas aspirem ao mesmo tipo de ajuda e que esta se resolva mediante o repasse de informações

Pereira e Bachion (23) é estatisticamente significante a relação entre a baixa escolaridade e o tempo de AM, constataram que a razão de riscos diminuiu conforme aumenta a escolaridade sendo que as mães com menos de quatro anos de escolaridade apresentaram 2,2 vezes mais chance de interromper a amamentação do que aquelas com ensino superior.

O grau de escolaridade é um fator que pode interferir na duração da Amamentação, ressaltar a importância da instrução e conscientização materna, refletem sobre as práticas que podem prejudicar o AME. Quanto mais contínua a intervenção, maior o impacto e este suporte ao AME devem iniciar durante o pré-natal, continuar nas maternidades, por ocasião do nascimento, com seguimento através da formação de grupos de aconselhamento.

Segundo Mascarenhas et al. (24) a escolaridade paterna esteve também diretamente associada à interrupção do Aleitamento Materno.

De acordo com Faleiros et al. (22) que analisa o papel do pai frente ao aleitamento materno, geralmente se considera apenas sua atitude em relação ao assunto, sem maior caracterização dos indivíduos. A atitude positiva do pai parece exercer um maior efeito na motivação e na capacidade da mãe para amamentar.

Acreditamos que os pais com maior escolaridade estejam mais bem informados e conscientizados sobre os benefícios da amamentação, e que em determinadas situações a influência do pai sobre o processo de amamentação é muito importante. É importante aumentar a informação aos pais sobre as vantagens do aleitamento materno e do seu real significado. Isso ajudaria não só os pais a optarem mais pelo aleitamento materno exclusivo, como também a manejar melhor a nova situação do casal promovendo, inclusive, satisfação e sucesso no aleitamento.

Em estudos realizados por Giugliani (25) e Fernandes & Lara (26) doenças como ingurgitamento mamário, traumas mamilares, bloqueio de ducto lactífero, infecções mamárias e baixa produção de leite constituem importantes fatores que podem predispor ao aparecimento de complicações da lactação. A causa mais comum de dor para amamentar se deve a traumas mamilares por posicionamento e pega inadequados. São problemas que se não resolvidos ou minimizados podem levar ao abandono do aleitamento.

Em estudo realizado por Araújo et al. (13) as mães declaram que desmamou seus filhos devido a enfermidades associadas geralmente a medicamentos utilizados e que este se deva ao fato da mulher atual ter um cotidiano mais ansioso e tenso.

Segundo Percegoni et al.(27) a maioria das puérperas demonstrou desinformação acerca de uma questão habitual na lactação, o ingurgitamento mamário. O desconhecimento das mulheres quanto às formas de prevenir e resolver os problemas comuns no início da amamentação ocasiona o seu insucesso, por não conhecer o que pode vir a acontecer, ou até mesmo por já ter conhecimento das intercorrências mamárias, como "leite empedrado" e "rachaduras no bico do peito", considerando um fato normal do aleitamento materno, acaba sofrendo desnecessariamente.

Nos estudos apresentados acima observamos que embora as nutrizes tenham feito acompanhamento pré-natal, muitas desconhecem as questões sobre a prática de amamentação, o correto posicionamento da mãe e do bebê, os cuidados na higienização das mamas, levando a introdução precoce de outros alimentos e conseqüentemente, o desmame precoce. É importante que o profissional de saúde ofereça um atendimento de qualidade para que a amamentação seja um ato de prazer e amor.

Em relação ao apoio psicológico e emoções da nutriz diante da amamentação, três artigos foram abordados. Poli e Zangone (28) realizou uma análise sobre um dos fatores do declínio da prática do aleitamento materno, como atribuído à mudança da estrutura familiar na sociedade moderna urbana, expõe que "a jovem não tem mais o apoio, a ajuda e o incentivo dos parentes mais velhos (avós, tias, irmãs, etc.), elementos facilitadores do aleitamento materno".

Acreditamos que a família seja facilitadora do processo do aleitamento materno, porém, é necessário que se faça uma análise da cultura familiar existente.

Estudo realizado por Faleiros et al. (22) constatou que o fato de as mães terem uma união estável e o apoio de outras pessoas, especialmente do marido ou companheiro, parece exercer uma influência positiva na duração do aleitamento materno. Tanto o apoio social e econômico, como o emocional e o educacional parecem ser muito importantes, sendo o companheiro a pessoa de maior peso nesses diferentes tipos de apoio. Falhar na amamentação, apesar de um forte desejo de efetivá-la, pode ser devido à falta de acesso à orientação e ao apoio adequado de profissionais ou de pessoas mais experientes dentro ou fora de sua família.

Pesquisas realizadas por Carvalhães e Corrêa (29) mostraram que os profissionais de saúde, por meio de suas atitudes e práticas, podem influenciar positiva ou negativamente o início da amamentação e sua duração. Em particular, as enfermeiras e os obstetras, durante o período pré-natal, e os pediatras e a equipe de enfermagem, no período neonatal, podem incentivar a amamentação e apoiar as mães, ajudando-as a iniciá-la precocemente e a adquirir autoconfiança em sua capacidade de amamentar.

Ciaccia et al. (30) refere que as mulheres que amamentam necessitam de apoio familiar, de profissionais de saúde e da sociedade. A importância do apoio familiar é básica, no sentido de manter nessa fase em que a mulher se desdobra para cumprir seu papel de nutriz.

Observamos que os autores analisam a falta de apoio e de informações referente ao aleitamento materno exclusivo como fator prejudicial à amamentação, contribuindo para o desmame precoce. O apoio da família e do profissional de saúde é muito importante na amamentação, pois ajuda a mãe a superar seus medos, crenças e suas dúvidas, favorecendo um vínculo melhor entre mãe e filho. Mães que eram encorajadas e recebiam um adequado apoio familiar apresentam maiores chances de realizar a amamentação natural com sucesso, pelo menos, até o sexto mês de vida da criança.

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo, verificamos que, embora existam diversos trabalhos sobre o tema, ainda enfrentamos dificuldades em lidar com o assunto, como por exemplo, a resistência por parte da mãe em amamentar, falta de informações durante o pré-natal, ausência de profissionais capacitados em fornecer todo um apoio à mãe no início da amamentação.

Este trabalho teve como objetivo identificar o conhecimento de mulheres quanto à importância da amamentação e os fatores que acabam levando ao desmame precoce, demonstrando que um pré-natal bem estruturado rico em informações sobre assuntos e de importância para o bom andamento do aleitamento materno exclusivo.

Demonstrou, também, que, em algumas situações, ao amamentar, a mãe defronta-se com fatores desfavoráveis diante de sua fragilidade, insegurança e limites, chegando a não compreender as várias facetas da amamentação. Diante de insucessos e dificuldades, essas mães tornam-se apreensivas e inseguras.

Procuramos, no entanto, chamar a atenção para a equipe interdisciplinar, que deve contribuir, com o sucesso da amamentação, através de orientações, promoção e apoio ao ato de amamentar.

"Cabe a equipe multidisciplinar ouvir as queixas e as dificuldades relatadas pelas nutrizes para que possam junto com elas traçar o melhor caminho na busca de uma amamentação eficaz e tranqüila, acolhendo, respeitando sua individualidade e transmitindo-lhe confiança. A comunicação é o principal recurso dos profissionais de saúde para uma amamentação saudável, integrando a nutriz e seu bebê, o que será útil para que possa ter sucesso no processo de amamentação, visando uma assistência centrada nas necessidades bio-psico-espiritual do binômio mãe-filho."

6 - REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Almeida NAM, Fernandes AG, Araújo CG. Aleitamento materno: uma abordagem sobre o papel do enfermeiro no pós-parto. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 03, p. 358-367, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br.

2. Almeida GG, Spiri WC, Juliani CMCM, Paiva BSR. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno em um hospital universitário. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (2): 487 – 494,2008. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000200024.

3. ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8069 de 13 de julho de 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm.

4. Bueno LGS, Teruya KM. Aconselhamento em amamentação e sua prática. Jornal de Pediatria – Vol. 80, Nº.5 (supl), 2004.Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-in/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah. xis&src= google&base=REPIDISCA〈=p&nextAction=lnk&exprSearc=26248.

5. Rezende MA, Sigaud CHS, Veríssimo MLR, Chiesa AM, Bertolozzi MR. O processo de comunicação na promoção do aleitamento materno. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-1692002000200017&script=sci_ arttext&tlng=pt.

6. Ministério da Saúde, Lei nº 11265, de 03 de janeiro de 2006 – Regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=21635.

7. Maia PRS, Almeida JAG, Novak FR, Silva DA. Rede Nacional de Bancos de Leite Humano: gênese e evolução -Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 6 (3): 285-292, jul. / set., 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v6n3/31899.pdf.

8. Spallicci et al; Aspectos Perinatais do Aleitamento Materno. Orientações durante o Pré-Natal. Disponível em: http://latina.obgyn.net/ portugues/default.asp?page=/portugues/articles/aspectos.

9. Ramos CV, Almeida JAG. Alegações Maternas para o desmame: estudo qualitativo. J Pediatr (Rio J) 2003; 79(5): 385-90. Disponível em: www.jped.com.br.

10. Machado LV, Larocca LM. Intercorrências mamárias e o Desmame Precoce – uma abordagem comunicacional. Disponível em: calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/cogitare/article/viewFile/1720/1428

11. Ichisato SMT, Shimo AKK. Aleitamento materno e as crenças alimentares. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-11692001000500011&script=sci_abstract&tlng=pt.

12. Nakamo MAS, Mamede MV. A prática de aleitamento materno em um grupo de mulheres brasileiras: movimento de acomodação e resistência. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v.7, n.3, p.69-76, julho 1999.

13. Araujo OD, Cunha AL, Lustosa, LR, Nery IS, Mendonça RCM, Campelo, SMA.Aleitamento materno: fatores que levam ao desmame precoce. Rev. Bras. Enferm, Brasília 2008 jul-ago; 61(4): 488-92.

14. Borges ALV, Philippi ST.Opinião de mulheres de uma unidade de saúde da família sobre a quantidade de leite materno produzido. Rev.latino-amenfermagem, 2003 maio-junho; 11(3):287-92.

15. Ramos VW, Ramos JW.Aleitamento Materno Desmame e Fatores

Associados. CERES; 2007; 2(1); 43-50 4 1

16. Vasconcelos MGL, Lira PIC, Lima MC. Duração e fatores associados ao aleitamento materno em crianças menores de 24 meses de idade no estado de Pernambuco. Revista Brás. Saúde Matern. Infanti., Recife, 6 (1): 99 – 105, jan./mar.,2006. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS〈=p&nextAction=lnk&exprSearch=432271.

17. Kitoko PM, Réa MF, Venâncio SI, Vasconcelos ACCP, Santos EKA, Monteiro CA. Situação do Aleitamento Materno em duas Capitais Brasileiras.Cad. Saúde Pública vol.16 n.4 Rio de Janeiro Out./Dec. 2000 Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo .php?script=sci_art text&pid=S0102-311X2000000400029.

18. Carrascoza KC, Júnior ALC, Moraes ABA. Fatores que influenciam o desmame precoce e a extensão do aleitamento materno. Estd. Psicol. (Campinas) v.22 n.4 Campinas out./dez. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=_arttext&pid=S0103-166X200500040001 1&...

19. França GVA, Brunken GS, Silva SM, Escuder MM, Venâncio SI. Determinantes da amamentação no primeiro ano de vida em Cuiabá, Mato Grosso. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n5/5802.pdf.

20. Venâncio S I, Escuder MML, Kitoko P, Rea MF e Monteiro CA. Freqüência e determinantes do aleitamento materno em municípios do Estado de São Paulo. Disponível em :http://www.scielo.br/pdf/rsp/v36n3/10493.pdf.

21. Silva MB, Albernaz EP, Mascarenhas MLW. Silveira RB. Influência do apoio à amamentação sobre o aleitamento materno exclusivo dos bebês no primeiro mês de vida e nascidos na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-382920080003000 06&script=sci_arttext.

22. Faleiros FTV, Trezza EMC, Carandina L.Aleitamento materno: fatores de influência na sua decisão e duração. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000500 010&lng=pt&nrm=iso.

23. Pereira SVM, Bachion MM.Avaliação Diagnóstica deEnfermagemsobre fatores de risco para o Desmame precoce – uma revisão da literatura. Disponível em : http://www.furb.br/formularios/ aleitamento/anais/sep/art_sep _04.pdf.

24. Mascarenhas MLW, Albernaz EP, Silva MB, Silveira RB. Prevalência de aleitamento materno exclusivo nos 3 primeiros meses de vida e seus determinantes no Sul do Brasil. Disponível em : http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-75572006000500011&script=sci_art text.

25. Giugliani ERJ. Problemas comuns na lactação e seu manejo. Disponível em: www.scielo.br/pdf/jped/v80n5s0/v80n5s0a06.pdf.

26. Fernandes RAQ, Lara ACL. Amamentação: auxiliando as mães no domicílio, após a alta hospitalar. Disponível em: Online braz j nurs, abr. 2006,vol.5, no.2, p.00-00. ISSN 1676-4285.

27.Percegoni N, Araújo RMA, Silva MMS, Euclydes MP, Tinoco ALA. Conhecimento sobre aleitamento materno de puérperas atendidas em dois hospitais de Viçosa, Minas Gerais Rev. Nutr., Campinas, 15(1):29-35, jan./abr., 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_art text&pid=S1415-52732002000100004.

28. Poli LMC, Zagone IPS. Pratica do Aleitamento Materno: A Cultura Familiar na Transferência de Conhecimentos Família e Saúde em Desenvolvimento. Vol. 01 nº1/2, 1999. http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index. php/refased/ article/viewFile/4875/ 3725.

29. Carvalhaes, MABL, Corrêa, CRH. Identificação de dificuldades no início do aleitamento materno mediante aplicação de protocolo. Jornal de Pediatria.Vol. 79  nº. 01,2003. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-755720030001000 05&script=sci_art text&tlng=pt.

30. Ciaccia, MCC, Ramos, JLA, Issler H. Amamentação e Trabalho da Mulher: Como conciliar? Ver Paul Pediatria, Vol 21, n° 02, junho 2003.

1 - INTRODUÇÃO

1.1– O tema em estudo

O tema proposto para este projeto de pesquisa é a Promoção do Aleitamento Materno Exclusivo: Dificuldades que levam ao Desmame Precoce. O aleitamento materno exclusivo é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, portanto um direito inato. O aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês de vida, e mantido associado a outros alimentos até o segundo ano de vida conforme preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a World Health Organization. O presente estudo tem como objetivo o levantamento das dificuldades mais freqüentes que levam as nutrizes ao desmame precoce.

1.2– Justificativa

O motivo pelo qual nos levou a escolher este tema foi fornecer mais informações a respeito da importância do aleitamento materno exclusivo, favorecendo aqueles que desconhecem o seu verdadeiro significado, bem como as dificuldades enfrentadas pelas nutrizes que levam ao desmame precoce.

1.3 – Problemas / Hipótese

Temos observado a falta de informações materna e familiar a respeito da Amamentação e seus benefícios para a saúde do recém-nascido e da mãe.

Dificuldade materna quanto ao manejo da amamentação e a falta de apoio familiar, profissional e social a promoção e seguimento da amamentação.

1.4 – Revisão de Literatura

O aleitamento materno exclusivo (AME) é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, uma prática natural e eficaz, portanto um direito inato. É uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida. Um ato cujo sucesso depende de fatores históricos, sociais, culturais, psicológicos da puérpera e do compromisso e conhecimento técnico-científico dos profissionais de saúde envolvidos na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno. Por isso, é o alimento ideal não somente para recém-nascidos a termo, como também é o mais indicado para prematuros (1,2).

Dentre os benefícios trazidos pela prática da amamentação, podemos citar: prevenção contra doenças infecciosas e diarréicas; proteção contra alergias; favorecimento no crescimento e desenvolvimento intelectual, entre outros, além de intensificar as relações da mãe com o neonato. Não obstante, notam-se também os benefícios econômicos, que impedem a interrupção da alimentação da criança por dificuldades financeiras, e as vantagens para a mãe, como menores possibilidades de desenvolver câncer de mama, maior rapidez na involução uterina e proteção contra a gravidez nos primeiro meses após o parto (2).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza a amamentação exclusiva e sob livre demanda até os seis meses de idade, e sua manutenção, acrescida de outras fontes nutricionais até os vinte quatro meses ou mais (2).

Com o intuito de combater o desmame precoce e contribuir para o crescimento saudável da criança, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), emitiram a "Declaração de Innocenti", estabelecendo um conjunto de medidas para promoção, proteção e apoio ao AM, "Os Dez Passos para o Sucesso do AM" (2) :

1 – Ter uma norma escrita sobre o AM, que deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.

2 – Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar essa norma.

3 – Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do AM.

4 – Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na primeira meia hora após o nascimento.

5 – Mostrar as mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.

6 – Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico.

7 – Praticar o alojamento conjunto – permitir que as mães e bebês permaneçam juntos – vinte e quatro horas por dia.

8 – Encorajar o aleitamento sob livre demanda.

9 – Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.

10 – Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminhadas, por ocasião da alta do hospital ou ambulatório.

Para implementar os "dez passos" foi criada a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), que consiste em mobilizar profissionais da saúde e maternidades para aderirem a esse conjunto de medidas, modificando suas rotinas e condutas que levam ao desmame precoce. Os hospitais credenciados como Amigos da Criança já somam mais de quatro mil em 170 países (2).

O Brasil foi um dos países escolhidos para dar início a essa implementação, que aconteceu em 1992, através do Programa Nacional de Incentivo ao AM (PNIAM), com a ajuda do Ministério da Saúde (MS) e Grupo de Defesa da Saúde da Criança e apoio da UNICEF/OPAS. Para se tornar um HAC, no Brasil, a instituição deve solicitar uma pré-avaliação à Secretária Estadual de Saúde (SES), que será realizada através de um questionário de auto-avaliação (2).

No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), artigo oito e nove, a gestante é garantida a atendimento pré e perinatal, apoio alimentar que necessitem e o direito a condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade. O aleitamento materno é tratado como uma questão de direito à vida e à saúde (3).

Entretanto existem estímulos ao AME por meio de políticas públicas como a licença maternidade com remuneração preservada e estendida até os seis meses, lei que garante alojamento conjunto (4), a lei nº. 11.265 queregulamenta a promoção comercial e o uso apropriado dos alimentos para lactentes e crianças de primeira infância, bem como do uso de mamadeiras, bicos e chupetas (6), Os Bancos de Leite Humano que tem como objetivo coletar e distribuir leite humano visando atender os casos considerados especiais, falta garantir o cumprimento da legislação vigente (7).

2 – OBJETIVO

2.1 – Geral

Identificar, a partir de levantamento bibliográfico, os fatores que influenciam o Desmame Precoce.

3 - MATERIAL E MÉTODO

Foi realizado levantamento bibliográfico de artigos indexados nas bases eletrônicas de dados, no período de 1999 a 2008, presentes nos sites: www.bireme.br,www.scielo.br,www.eerp.usp.br/rlaenf, www.amamentaçao.com Utilizou-se as palavras chaves: Amamentação, desmame precoce e aleitamento materno. A busca ocorreu no mês de setembro de 2008, sendo avaliados 40 artigos, destes 9 foram excluídos, usando como critério de inclusão artigos que abordavam as dificuldades e anseios que levam ao Desmame Precoce.

4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quanto à hipogalactia e leite fraco, sete artigos abordam este tema: Spallicci et al. (8) afirma que quanto mais cedo, após o parto, acontecer à primeira mamada, mais chances terá de ser bem sucedida. Tanto a necessidade que o bebê tem de mamar quanto o interesse da mãe pelo filho estão em seu ponto máximo imediatamente após o parto.

De acordo com Ramos e Almeida ( 9) o leite fraco é uma das alegações mais usadas como explicação para o desmame e que neste tipo de alegação verbalizado pelas nutrizes esta um pedido de ajuda frente às dificuldades na amamentação.

Nos estudos realizados por Machado e Larocca (10) mostra que não basta mais questionar os motivos que levam ao desmame como leite fraco ou leite pouco e sim a interação do profissional de saúde, substituindo sua simpatia por uma verdadeira empatia dando mais atenção ao sentimento da nutriz.

As autoras Ichisato e Shimo (11)referem que os tabus, crenças e cultura interferem de forma crucial a prática do aleitamento determinando diferentes significados para a mulher, levando a amamentar ou não o seu bebê. Constatou que nutrizes que fizeram uso de lactogogos/galactogogos frente à hipogalactia, mantinha a crença fundamentada nas informações transmitidas culturalmente através do relacionamento avó-mãe-filha.

Segundo Nakamo e Mamede (12) amamentar é visto pela nutriz como o ideal de maternidade, dever, doação e sacrifício. E na queda da produção láctea, elas sofrem as conseqüências sentindo-se inadequadas ante o modelo de mãe.

Araujo et al. (13) em seu estudo, relata que a "falta de leite" talvez se deva ao fato da mulher atual ter um cotidiano mais ansioso e tenso e que em tempos passados, a avós transmitiam informações em relação ao aleitamento materno.

Borges e Philippi (14) referem que leite insuficiente é uma das razões mais citadas pelas mulheres entrevistadas e depende da equipe de saúde orientações sobre os parâmetros adequados de produção láctea.

Analisando as referências acima, são muitos os fatores que influenciam o desmame, entre eles, a crença caracteriza-se como a maior dificuldade. Praticamente todas as mulheres têm possibilidades biológicas de amamentar e toda nutriz produz leite suficiente para nutrir as necessidades de seu filho. Para isso, ela necessita de tranqüilidade, apoio profissional e familiar, respeitando sua individualidade e transmitindo confiança.

Ramos & Ramos (15) e Vasconcelos et al. (16)acreditam trabalhar fora, sendo informal ou não, são fatores causadores do desmame precoce, pois estas mães sentem dificuldades em amamentar seus filhos já que muitasnecessitam contribuir com seu trabalho para o sustento da família e desconhecem as leis trabalhistas. Sendo considerado um fator de risco para o desmame, a renda familiar apresentou-se como um fator associado à duração do AM. Além do trabalho informal, o desemprego também pode interferir na prática do aleitamento materno, como demonstrou o estudo realizado.

De acordo com Kitoko et al.(17) estudos tem revelado que o trabalho fora do lar é um fator de risco para o desmame precoce e mesmo a licença maternidade sendo útil e usada pela maioria das trabalhadoras para amamentarainda existe fatores que interferem negativamente no início e manutenção da amamentação, como o acesso ao posto de saúde.

Observamos que são poucas as nutrizes que possuem conhecimento sobre os benefícios da Licença Maternidade. Acreditamos que seja importante ressaltar leis que protegem a amamentação e o direito dos períodos para amamentar durante a jornada de trabalho. O período pré-natal é uma ótima oportunidade para conscientizar e orientar sobre seus direitos.

Ramos e Almeida (9), Ichisato e Shimo (11) e Carrascoza et al. (18) relatam que a primiparidade é um fator de risco para o desmame precoce devido à falta de experiência anterior. Essas mães devem receber atenção especial no pré-natal de modo a priorizar as gestantes com alto risco do desmame precoce.

Segundo Fraca et al. (19), Venâncio (20) e Silva et al. (21) identificaram que existe uma relação entre a idade escolar e ou primiparidade, segundo eles esses fatores representam um maior risco de não realizarem a Amamentação exclusiva ate os 6 meses de vida.

De acordo com Faleiros et al. (22) a influência da paridade materna na decisão pelo tipo de aleitamento é um fator bastante discutível na literatura, com alguns estudos sugerindo que as primíparas, ao mesmo tempo em que mais propensas a iniciar o aleitamento, costumam mantê-lo por menos tempo, introduzindo mais precocemente os alimentos complementares, parecendo haver para as multíparas uma forte correlação entre o modo como seus filhos anteriores foram amamentados e como este último será.

Acreditamos que a falta de experiência anterior pode ser compensada mediante uma estrutura que apóie a mulher, dando-lhe voz e compreendendo as suas demandas individuais frente à amamentação. O erro está em considerar que, por serem primíparas, todas aspirem ao mesmo tipo de ajuda e que esta se resolva mediante o repasse de informações

Pereira e Bachion (23) é estatisticamente significante a relação entre a baixa escolaridade e o tempo de AM, constataram que a razão de riscos diminuiu conforme aumenta a escolaridade sendo que as mães com menos de quatro anos de escolaridade apresentaram 2,2 vezes mais chance de interromper a amamentação do que aquelas com ensino superior.

O grau de escolaridade é um fator que pode interferir na duração da Amamentação, ressaltar a importância da instrução e conscientização materna, refletem sobre as práticas que podem prejudicar o AME. Quanto mais contínua a intervenção, maior o impacto e este suporte ao AME devem iniciar durante o pré-natal, continuar nas maternidades, por ocasião do nascimento, com seguimento através da formação de grupos de aconselhamento.

Segundo Mascarenhas et al. (24) a escolaridade paterna esteve também diretamente associada à interrupção do Aleitamento Materno.

De acordo com Faleiros et al. (22) que analisa o papel do pai frente ao aleitamento materno, geralmente se considera apenas sua atitude em relação ao assunto, sem maior caracterização dos indivíduos. A atitude positiva do pai parece exercer um maior efeito na motivação e na capacidade da mãe para amamentar.

Acreditamos que os pais com maior escolaridade estejam mais bem informados e conscientizados sobre os benefícios da amamentação, e que em determinadas situações a influência do pai sobre o processo de amamentação é muito importante. É importante aumentar a informação aos pais sobre as vantagens do aleitamento materno e do seu real significado. Isso ajudaria não só os pais a optarem mais pelo aleitamento materno exclusivo, como também a manejar melhor a nova situação do casal promovendo, inclusive, satisfação e sucesso no aleitamento.

Em estudos realizados por Giugliani (25) e Fernandes & Lara (26) doenças como ingurgitamento mamário, traumas mamilares, bloqueio de ducto lactífero, infecções mamárias e baixa produção de leite constituem importantes fatores que podem predispor ao aparecimento de complicações da lactação. A causa mais comum de dor para amamentar se deve a traumas mamilares por posicionamento e pega inadequados. São problemas que se não resolvidos ou minimizados podem levar ao abandono do aleitamento.

Em estudo realizado por Araújo et al. (13) as mães declaram que desmamou seus filhos devido a enfermidades associadas geralmente a medicamentos utilizados e que este se deva ao fato da mulher atual ter um cotidiano mais ansioso e tenso.

Segundo Percegoni et al.(27) a maioria das puérperas demonstrou desinformação acerca de uma questão habitual na lactação, o ingurgitamento mamário. O desconhecimento das mulheres quanto às formas de prevenir e resolver os problemas comuns no início da amamentação ocasiona o seu insucesso, por não conhecer o que pode vir a acontecer, ou até mesmo por já ter conhecimento das intercorrências mamárias, como "leite empedrado" e "rachaduras no bico do peito", considerando um fato normal do aleitamento materno, acaba sofrendo desnecessariamente.

Nos estudos apresentados acima observamos que embora as nutrizes tenham feito acompanhamento pré-natal, muitas desconhecem as questões sobre a prática de amamentação, o correto posicionamento da mãe e do bebê, os cuidados na higienização das mamas, levando a introdução precoce de outros alimentos e conseqüentemente, o desmame precoce. É importante que o profissional de saúde ofereça um atendimento de qualidade para que a amamentação seja um ato de prazer e amor.

Em relação ao apoio psicológico e emoções da nutriz diante da amamentação, três artigos foram abordados. Poli e Zangone (28) realizou uma análise sobre um dos fatores do declínio da prática do aleitamento materno, como atribuído à mudança da estrutura familiar na sociedade moderna urbana, expõe que "a jovem não tem mais o apoio, a ajuda e o incentivo dos parentes mais velhos (avós, tias, irmãs, etc.), elementos facilitadores do aleitamento materno".

Acreditamos que a família seja facilitadora do processo do aleitamento materno, porém, é necessário que se faça uma análise da cultura familiar existente.

Estudo realizado por Faleiros et al. (22) constatou que o fato de as mães terem uma união estável e o apoio de outras pessoas, especialmente do marido ou companheiro, parece exercer uma influência positiva na duração do aleitamento materno. Tanto o apoio social e econômico, como o emocional e o educacional parecem ser muito importantes, sendo o companheiro a pessoa de maior peso nesses diferentes tipos de apoio. Falhar na amamentação, apesar de um forte desejo de efetivá-la, pode ser devido à falta de acesso à orientação e ao apoio adequado de profissionais ou de pessoas mais experientes dentro ou fora de sua família.

Pesquisas realizadas por Carvalhães e Corrêa (29) mostraram que os profissionais de saúde, por meio de suas atitudes e práticas, podem influenciar positiva ou negativamente o início da amamentação e sua duração. Em particular, as enfermeiras e os obstetras, durante o período pré-natal, e os pediatras e a equipe de enfermagem, no período neonatal, podem incentivar a amamentação e apoiar as mães, ajudando-as a iniciá-la precocemente e a adquirir autoconfiança em sua capacidade de amamentar.

Ciaccia et al. (30) refere que as mulheres que amamentam necessitam de apoio familiar, de profissionais de saúde e da sociedade. A importância do apoio familiar é básica, no sentido de manter nessa fase em que a mulher se desdobra para cumprir seu papel de nutriz.

Observamos que os autores analisam a falta de apoio e de informações referente ao aleitamento materno exclusivo como fator prejudicial à amamentação, contribuindo para o desmame precoce. O apoio da família e do profissional de saúde é muito importante na amamentação, pois ajuda a mãe a superar seus medos, crenças e suas dúvidas, favorecendo um vínculo melhor entre mãe e filho. Mães que eram encorajadas e recebiam um adequado apoio familiar apresentam maiores chances de realizar a amamentação natural com sucesso, pelo menos, até o sexto mês de vida da criança.

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo, verificamos que, embora existam diversos trabalhos sobre o tema, ainda enfrentamos dificuldades em lidar com o assunto, como por exemplo, a resistência por parte da mãe em amamentar, falta de informações durante o pré-natal, ausência de profissionais capacitados em fornecer todo um apoio à mãe no início da amamentação.

Este trabalho teve como objetivo identificar o conhecimento de mulheres quanto à importância da amamentação e os fatores que acabam levando ao desmame precoce, demonstrando que um pré-natal bem estruturado rico em informações sobre assuntos e de importância para o bom andamento do aleitamento materno exclusivo.

Demonstrou, também, que, em algumas situações, ao amamentar, a mãe defronta-se com fatores desfavoráveis diante de sua fragilidade, insegurança e limites, chegando a não compreender as várias facetas da amamentação. Diante de insucessos e dificuldades, essas mães tornam-se apreensivas e inseguras.

Procuramos, no entanto, chamar a atenção para a equipe interdisciplinar, que deve contribuir, com o sucesso da amamentação, através de orientações, promoção e apoio ao ato de amamentar.

"Cabe a equipe multidisciplinar ouvir as queixas e as dificuldades relatadas pelas nutrizes para que possam junto com elas traçar o melhor caminho na busca de uma amamentação eficaz e tranqüila, acolhendo, respeitando sua individualidade e transmitindo-lhe confiança. A comunicação é o principal recurso dos profissionais de saúde para uma amamentação saudável, integrando a nutriz e seu bebê, o que será útil para que possa ter sucesso no processo de amamentação, visando uma assistência centrada nas necessidades bio-psico-espiritual do binômio mãe-filho."

6 - REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Almeida NAM, Fernandes AG, Araújo CG. Aleitamento materno: uma abordagem sobre o papel do enfermeiro no pós-parto. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 03, p. 358-367, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br.

2. Almeida GG, Spiri WC, Juliani CMCM, Paiva BSR. Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno em um hospital universitário. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (2): 487 – 494,2008. Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000200024.

3. ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8069 de 13 de julho de 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm.

4. Bueno LGS, Teruya KM. Aconselhamento em amamentação e sua prática. Jornal de Pediatria – Vol. 80, Nº.5 (supl), 2004.Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-in/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah. xis&src= google&base=REPIDISCA〈=p&nextAction=lnk&exprSearc=26248.

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6. Ministério da Saúde, Lei nº 11265, de 03 de janeiro de 2006 – Regulamenta a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=21635.

7. Maia PRS, Almeida JAG, Novak FR, Silva DA. Rede Nacional de Bancos de Leite Humano: gênese e evolução -Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 6 (3): 285-292, jul. / set., 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v6n3/31899.pdf.

8. Spallicci et al; Aspectos Perinatais do Aleitamento Materno. Orientações durante o Pré-Natal. Disponível em: http://latina.obgyn.net/ portugues/default.asp?page=/portugues/articles/aspectos.

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10. Machado LV, Larocca LM. Intercorrências mamárias e o Desmame Precoce – uma abordagem comunicacional. Disponível em: calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/cogitare/article/viewFile/1720/1428

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15. Ramos VW, Ramos JW.Aleitamento Materno Desmame e Fatores

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29. Carvalhaes, MABL, Corrêa, CRH. Identificação de dificuldades no início do aleitamento materno mediante aplicação de protocolo. Jornal de Pediatria.Vol. 79  nº. 01,2003. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-755720030001000 05&script=sci_art text&tlng=pt.

30. Ciaccia, MCC, Ramos, JLA, Issler H. Amamentação e Trabalho da Mulher: Como conciliar? Ver Paul Pediatria, Vol 21, n° 02, junho 2003.


Autor: Thatiana Silva Barbosa Marinho


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