Realidade Desvirtuada



Diariamente tomamos conhecimento de uma realidade que, normalmente, é dura, triste e leva muitas pessoas a criar um sentimento de pessimismo em relação ao futuro. A quantidade de notícias negativas relacionadas à violência, corrupção, miséria, conflitos, entre outros problemas sociais, é tão grande que, geralmente, detém boa parte do conteúdo dos veículos de comunicação de massa, como os jornais, as revistas, os noticiários dos canais de TV e das emissoras de rádios e, como não poderia deixar de ser, as páginas dos portais de notícias da internet.

Essa postura editorial de valorizar as notícias que chocam as pessoas é realizada por uma grande parcela da imprensa – não apenas a nacional. Os objetivos principais são, em boa parte dos casos, atrair ao máximo a atenção dos leitores, comovendo-os e, num segundo momento, criar um elo em relação à problemática, estimulando, de alguma forma, o consumo do produto, seja com a aquisição de um exemplar, seja com a audiência.

Sabendo que essa tática visa estimular as vendas, podemos considerar que, em muitos casos, os critérios utilizados para definir os conteúdos dos produtos editoriais podem nos apresentar uma realidade desvirtuada.

Todos estão cientes da gravidade dos problemas gerados pela violência, pelo crime organizado, pelas desigualdades sociais, pela corrupção, entre outros temas, e que a denúncia e a cobertura jornalística contribuem para que as mudanças aconteçam e, portanto, jamais deverão ser suprimidas. Porém, é necessário que os responsáveis pelos veículos de comunicação tenham consciência para fazer avaliações justas do cenário ao qual estão inseridos, dando a ênfase necessária e compatível com a “realidade real”, abrindo mais espaços para assuntos positivos que geram otimismo na população, buscando atingir um ponto de equilíbrio contrapondo todo o conteúdo negativo que é exposto de forma exagerada.

Assim, com responsabilidade sobre ao conteúdo que é apresentado aos leitores e coerência em relação à realidade, os veículos de comunicação de massa garantirão sua credibilidade e estarão contribuindo para a formação de cidadãos melhores informados e de um mundo mais sensato.

Autor: Bruno Gonçalves


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