Novas Arquiteturas de Tecnologia de Informação



Uma das principais características negativas dos órgãos públicos é a morosidade e a burocracia nos processos administrativos e de atendimento ao cidadão. Por outro lado, a ampliação de fronteiras, para além dos limites tradicionais das organizações, traz uma nova e mais forte demanda por flexibilidade que possibilite o tratamento integrado de organismos de diferentes constituições, arquiteturas e processos operacionais, sem falar nos diferentes sistemas de informações.

Estamos, certamente, vivendo um momento especial na história, em que está em curso uma total reconfiguração dos limites de uma organização. O que parecia, em um passado relativamente recente, ser uma utopia, na qual cadeias completas de valor poderiam ser integradas em processos que transcendem as organizações, agora está se tornando possível, em decorrência, especialmente, das novas arquiteturas abertas e orientadas a serviços (SOA – Servive Oriented Architectures). Muito do que aprendemos sobre gestão está em um profundo processo de mudança, mais ainda quando focalizamos os organismos públicos e seu relacionamento com a sociedade, requerendo uma nova forma de pensar as organizações e seus papéis.

A nova organização, pública ou privada, precisará ter suas operações suportadas por processos inteiros e integrados, na maior parte das vezes transcendendo seus limites, e a desfragmentação de processos passa a ser vital para operar com performance e alto nível de serviços.

Uma das transformações mais profundas que estamos vivendo nas organizações é a mudança do paradigma da estrutura orientada a processos pré-estabelecidos para a necessidade de estruturas orgânicas adaptativas a processos também orgânicos. Segundo Smith & Fingar, estamos agora na terceira onda da gestão empresarial baseada em processos, que se estende além das fronteiras da organização, na qual os processos precisam ser tratados de "ponta-a-ponta" e necessitam ser flexíveis o suficiente para absorver as contínuas mudanças nas demandas do e no público atendido, no corpo de colaboradores, que, ao ser alterado, também traz novos processos decisórios e novas prioridades, porque muda a base de conhecimentos da organização.

A integração, em sentido amplo, exige, hoje, uma abordagem orientada a processos, que, de um lado, é muito mais eficaz e completa, e, de outro, mais simples de ser implementada, com menores custos e prazos, além de maior independência de plataformas. Estamos vivendo a convergência de todas as tecnologias orientadas a processos e integração, que se unem para formar novas e revolucionárias plataformas de processamento, capazes de tornar a integração em larga escala e a automação de processos uma tarefa relativamente simples, suportada por padrões e ferramentas poderosas. Essa nova disciplina que agrega diversas tecnologias específicas é o BPM-Business Process Management, que com ferramentas integradas em BPMS-Business Process Management Systems propõe toda uma nova forma de tratar a organização e suas relações com o seu meio.

Através de tecnologias orientadas a processos, tudo o que for relevante a um processo passa a ser tratado de forma integrada, viabilizando a cobrança automática de ações aos responsáveis pelas mesmas. As tecnologias recentes que viabilizam essa plataforma são, especialmente, BPM-Business Process Management e BAM-Business Activities Monitoring. A possibilidade de integração abrangente de processos que essas novas tecnologias trazem muda completamente as referências que temos hoje dos processos de governo, proporcionando maior transparência, muito mais agilidade, redução de fraudes, desvios e descontrole.

Algumas poucas empresas já têm sua estrutura tecnológica orientada a processos, tendo adotado sistemas para BPM (Business Process Management), o que facilita a automação dos processos de gestão. No entanto, outras companhias ainda vêm no datawarehouse a solução para as informações para gestão, quando, na realidade, as ferramentas para este fim servem tão somente à facilitação no tratamento das informações para gestão, não equivalendo, de forma alguma, a sistemas de informações para gestão. Os componentes básicos sempre podem ser vislumbrados como possibilidades efetivas a serem consideradas, principalmente porque estamos caminhando, rapidamente, para plataformas abertas em que a conectividade de componentes será em muito facilitada.

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Autor: Unicomm Consultoria


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